sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dilma, a energia e o vento: ela não aprende nada nem esquece nada!

No dia em que se anuncia um reajuste médio na energia de 23,4% — 60% em um ano —, a presidente Dilma afirmou, durante a inauguração do Parque Eólico de Geribatu, que o aumento da tarifa é necessário, mas passageiro. E — ela nem aprende nada nem esquece nada — aproveitou para atacar o… governo FHC.

Afirmou:
“Quando a água falta no Brasil, e todo mundo tem que saber disso, aumenta o preço da energia sim, porque você passa a pagar por aquilo que não pagava, que é a água e o vento. Qualquer outra forma de energia tem que pagar. Ela funciona como uma espécie de reserva, que você só vai usar quando precisar. Nós estamos precisando. Então, eu quero explicar a vocês que os aumentos de preços da energia são passageiros. Eles estão em função do fato de que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos cem anos. Isso não significa que nós vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica. Não iremos ter porque temos todo um sistema de segurança. Mas isso também não significa que vamos sair por aí jogando energia pela janela e não consumindo de forma racional”.
Ah, bom! Ao menos a governanta assumiu que pode haver alguns probleminhas, né? Fez alusão ao racionamento de 2001, afirmando que, naquele caso, faltavam redes de transmissão. É verdade. Hoje, falta é energia mesmo. Dilma prefere ignorar que, quando veio o apagão de 2001, o país vinha de um crescimento de 4,2% em 2000. Mesmo com o apagão, cresceu 1,4% em 2001 e 2,7% em 2002, ano em que o PSDB perdeu a eleição. Se a economia brasileira estivesse crescendo 1,4% hoje, a energia já teria ido para o pau.
Dilma afirmou ainda que o país enfrenta a pior seca em 100 anos. Na campanha eleitoral de há quatro meses, ela afirmou que o PSDB atribuir a crise hídrica em São Paulo à falta de chuva era conversa mole. Segundo a soberana, o que falta a seus adversários era planejamento.
De resto, não vamos nos esquecer jamais de sua aparição na TV no dia 6 de setembro de 2012 (vídeo abaixo), quando disse coisas como esta:
No dia 6 de setembro de 2012, em pronunciamento (vídeo abaixo, com a íntegra), disse a governanta:
“Na próxima terça-feira (…) vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica dasindústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em vigor no início de 2013. A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão. Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país. A redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, evitando as demissões de empregados.
Encerro
Faz apenas dois anos e meio. Isso é que é um governo que sabe planejar! A propósito: a soberana anunciava ali o início de uma nova fase de desenvolvimento. Não deixa de ser. A nova fase é marcada por dois anos seguidos de recessão! Não pensem ser essa uma obra corriqueira.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-a-energia-e-o-vento-ela-nao-aprende-nada-nem-esquece-nada/

Chamem a PF.., ou melhor, o pessoal do hospício pra levar o demente!

Clube Militar repudia fala demencial de Lula e lembra que o Brasil tem apenas um Exército

Em nota, que endosso da primeira à última palavra, o Clube Militar responde a Lula e lembra que o Brasil só tem um Exército. Eis aí. No dia em que Lula vomitou impropérios naquela patuscada no Rio, já critiquei a sua fala demencial. Leiam a nota do Clube Militar.
O BRASIL SÓ TEM UM EXÉRCITO: O DE CAXIAS!
Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o “direito” da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de “Fora Dilma”.
Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: “ ..também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”. Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.
O que há mais por trás disso?
Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?
Algum recado?
O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/clube-militar-repudia-fala-demencial-de-lula-e-lembra-que-o-brasil-tem-apenas-um-exercito/


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Minha Farsa Minha Vida

Governo suspende o programa “Minha Casa Melhor” para conter gastos

Por Ricardo Della Coletta e Murilo Rodrigues Alves, no Estadão:
Diante do cenário de restrição fiscal, o governo decidiu suspender o programa Minha Casa Melhor, linha de crédito especial para que os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida possam adquirir móveis, eletrodomésticos e eletrônicos a taxas de juros subsidiadas.
Para operar o programa, a Caixa Econômica Federal recebeu do governo uma capitalização de R$ 8 bilhões em junho de 2013. Do valor total, porém, R$ 3 bilhões foram direcionados para os financiamentos do programa – o restante foi usado em outra operação. O Broadcast apurou que esses R$ 3 bilhões foram desembolsados no total de financiamentos que foram concedidos pela Caixa até o fim do ano passado, 18 meses após o lançamento do programa. Não restou ao governo outra alternativa a não ser interromper a distribuição de novos cartões porque não há mais recursos para arcar com o custo financeiro dos juros mais baixos.
“Novas contratações do Minha Casa Melhor estão sendo discutidas no âmbito da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida”, informou a Caixa, em nota. “Os cartões referentes a contratos já realizados continuam operando normalmente”, completou a instituição financeira. Procurado, o Tesouro Nacional informou que somente o banco estatal comentaria o assunto.
Pelo canal oficial de comunicação entre a Caixa e os beneficiários do programa, a atendente afirmou que o Minha Casa Melhor está suspenso desde o dia 20 deste mês. “A Caixa está reavaliando o programa antes de realizar novas contratações no Brasil inteiro”, afirmou.
No lançamento do programa, o governo divulgou que a expectativa era de que 3,7 milhões de famílias fossem beneficiadas, em um total de R$ 18,7 bilhões. O Minha Casa Melhor oferece crédito a juros mais baixos que os praticados no mercado para as famílias atendidas pelo programa Minha Casa Minha Vida comprarem 14 tipos de eletrodomésticos e móveis. Os juros são de 5% ao ano contra 16,5% que o mercado cobra para financiar outros tipos de bens que não automóveis.
Impacto no varejo — O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, lamentou o “congelamento” do programa e o impacto da decisão para o setor varejista. “O Brasil está diante do desafio de fazer funcionar esse novo modelo econômico imposto pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda)”, afirmou. A CNDL, que representa 1,2 milhão de lojistas, estima que o programa injetou R$ 1,4 bilhão no ano passado. (…)
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/122013/

Governo que negocia com black blocs e com truculentos que invadem a propriedade alheia não tem mesmo de negociar com caminhoneiros. Afinal, eles são uma gente muito esquisita: TRABALHAM E NÃO SÃO BASE DO PT!

Curioso este governo Dilma: negocia com bandidos, recebe invasores que partem para a porrada, deixa-se fotografar com seus líderes, mas endurece o jogo com quem trabalha e tem demandas que são, sim, justas.

Explico-me. Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência, confessou em entrevista que se encontrou com black blocs depois das tais jornadas de junho de 2013. Numa das conversas, ele revelou, um deles atirou um rolo de papel higiênico contra a autoridade. Carvalho continuou conversando. Entendo.
No dia 12 de fevereiro do ano passado, uma manifestação do MST na Esplanada dos Ministérios deixou, atenção!, 30 policiais militares feridos. Carvalho foi bater um papinho com eles, e Dilma, ela mesma, os recebeu em palácio no dia seguinte. Afinal, como se sabe, eis um governo que dialoga.
Com os caminhoneiros, que são trabalhadores, a postura é bem outra. São as primeiras vítimas da recessão em curso do governo da companheira. A categoria está na lona. A equação que junta elevação dos combustíveis, preço do frete e queda das commodities quebrou as pernas da turma, que se manifesta Brasil afora bloqueando as estradas.
Já escrevi aqui e já disse no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan: não endosso manifestações que cassam das pessoas o direito de ir e vir. Acho que é possível fazer de outro modo. Mas compreendo a justeza das reivindicações e acho que o governo tem de negociar. Houve, sim, uma reunião com lideranças dos caminhoneiros. Ocorre que são sindicalistas pelegos, que não representam os que estão efetivamente parados.
Jose Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, resolveu endurecer o jogo, a mando de Dilma. Afirmou que os nomes dos motoristas multados por infração de trânsito nos bloqueios de estradas serão enviados aos juízes para viabilizar a cobrança das multas por descumprimento das ordens judiciais de desbloqueio. As multas da Justiça estão fixadas entre R$ 5.000 e R$ 10 mil por hora para cada caminhoneiro. O ministro afirmou, ainda, que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar crimes cometidos ao longo dos protestos, inclusive a suspeita de que empresas estariam por trás das manifestações.
Pois é… Pelo visto, o que falta aos caminhoneiros que estão bloqueando as estradas é um selo de qualidade ideológica. Pertencessem a um dos aparelhos que estão na rede de apoio ao petismo, não estariam sendo perseguidos pelo governo. Ou vocês já viram o MST, liderado por João Pedro Stedile, e o MTST, liderado por Guilherme Boulos, arcar com o peso das ilegalidades que promovem? Ao contrário: Dilma se deixa fotografar ao lado desses patriotas.
No fim das contas, o mal dos caminhoneiros é trabalhar, é pagar impostos. Fossem meros invasores da propriedade alheia, mas com pedigree ideológico, estariam sendo abraçados por Dilma e Cardozo.
Dilma está em maus lençóis. A companheira é hoje a principal promotora do protesto do dia 15 de março.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/governo-que-negocia-com-black-blocs-e-com-truculentos-que-invadem-a-propriedade-alheia-nao-tem-mesmo-de-negociar-com-caminhoneiros-afinal-eles-sao-uma-gente-muito-esquisita-trabalham-e-nao-sao-base/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Os melhores complementos sugeridos pelos comentaristas para a frase “Depois de acusar o ex-presidente de ter criado o Petrolão, Dilma vai revelar que FHC …”

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… abriu uma loja de picaretas ao lado do Muro de Berlim em 1989
… afundou o Titanic
… ajudou Henrique Pizzolato a fugir para a Itália
… apresentou Rosemary Noronha a Lula
… arquitetou a chacina do Charlie Hebdo
… assaltou o Banco Central
… articulou o golpe militar de 1964
… causou o tsunami na Indonésia
… colocou fogo em Roma (e espalhou que foi Nero)
… come o brigadeiro antes do Parabéns em todas as festas de aniversário
… convenceu Eva a comer a maçã
… dedurou Tiradentes
… desencadeou a Revolução Farroupilha
… deu a primeira punhalada em Júlio César
… é o chefão do “Estado Islâmico”
…  emprestou dinheiro para a construção do porto de Mariel, em Cuba
… encomendou à FIFA aqueles 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil na Copa de 2014.
… escondeu o petróleo brasileiro debaixo do pré-sal
… está por trás da trama contra o Comendador José Alfredo
… faliu a lojinha de R$ 1,99 da Dilma
… financiou a compra do primeiro carrão de Eike Batista
… foi o responsável pela equipe médica que cuidou de Tancredo Neves
… foi o responsável pela separação dos Beatles
… foi o responsável pelo atentado ao Papa João Paulo II
… foi o responsável pelo fracasso da Missão Apolo 13
… foi o responsável pelo meteoro que eliminou os dinossauros
… foi professor de português e matemática de Dilma Rousseff
… fundou o Foro de São Paulo
… fundou o PT
… grafitou a cara de Hugo Chávez nos Arcos do Jânio
… lançou a bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki
… liderou a greve dos caminhoneiros
… matou a mãe do Bambi
… matou Abel
… matou o prefeito Celso Daniel
… matou o prefeito Toninho do PT
… matou Getúlio Vargas
… matou John Kennedy
… matou John Lennon
… matou Laura Palmer
… matou o Mar Morto
… matou o promotor argentino Alberto Nisman
… matou Odete Roitman
… matou PC Farias
… organizou os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001
… organizou o tour de Al Bendine e Val Marchiore por Buenos Aires
… planejou a seca no Sudeste
… roubou o cofre do Ademar de Barros
… subornou a Portuguesa para escalar o Héverton no campeonato brasileiro de 2013

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Caminhoneiro protesta: “Nós agora somos anti-PT”

Corruptos
Os protestos dos caminhoneiros que pararam rodovias federais em mais de dez estados brasileiros na terça-feira não são apenas contra o aumento do diesel, como o Jornal Nacional e a maior parte da imprensa querem fazer crer.
São também contra o governo do PT.
Captura de Tela 2015-02-25 às 02.39.40O caminhoneiro Gilberto Eliker, do Paraná, estado onde o litro da gasolina chega a 5 reais, resume a insatisfação da categoria:
1) “Hoje, pra encher o tanque de um caminhão, custa 2.500 reais (…) num frete que dá 2.000 reais. Enfim, hoje nós estamos pagando pra trabalhar, na verdade.”
2) “Pedimos a saída dele: um governo corrupto, desleal, acabou com a nossa nação brasileira. (…) É a situação atual do Brasil que nos leva a fazer esse tipo de tratamento com os governantes.”
3) “Quem se sentir lesado, quem não estiver bem, quem está pagando luz cara, quem está pagando combustível alto como os agricultores, que se mobilize conosco. Esse é o momento (…). Hoje não é só o caminhoneiro que está mal. A indústria, o comércio…”
4) “Nós queremos uma reposta do governo. O governo vai ter que nos explicar o porquê do aumento do combustível, nos explicar o aumento do pedágio, nos explicar por que é que não aumenta o frete (…).”
Os caminhoneiros vão aderir também ao ato pró-impeachment de 15 de março?
5) “Sem sombra de dúvida. Esse é o nosso objetivo principal. Nós, como cidadãos brasileiros, não importa quem votou ou não votou a favor do governo, mas se [ele] não está agindo corretamente, é um direito do cidadão [protestar]: nós vivemos numa democracia. Esse governo atual, se nós avaliarmos, foi o governo que mais greve fez no mundo. O PT é que comandou as greves no nosso país. Então nós agora somos anti-PT. Nós também vamos criar um movimento de greve. E eles têm de entender que é um direito do cidadão brasileiro: se pronunciar, se defender das coisas que estão acontecendo no nosso país.”
COMENTO: Sem sombra de dúvida, o feitiço da greve e do impeachment virou contra os feiticeiros do PT. “Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, escalado para negociar com os caminhoneiros e evitar prejuízos ainda maiores à economia.
Claro que não está na pauta. A alta de R$ 0,15 por litro deverá reforçar o caixa com R$ 12,18 bilhões em 2015, curiosamente um sétimo do prejuízo da Petrobras com a roubalheira petista. Como era mesmo a frase do cartaz lá de cima? “Não vamos pagar pelos corruptos”. Pois é. Essa aí deveria ser repetida diariamente por todos os brasileiros.
Captura de Tela 2015-02-24 às 23.51.20
* Veja a quantidade de caminhões parados em Santa Catarina:
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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Nosso almoço de domingo está em cima de um caminhão', diz senador

Blairo Maggi participa da reunião promovida pelo governo para tentar pôr fim à paralisação. E alerta: se faltar comida, pode haver desestabilização social

Gabriel Castro, de Brasília
O senador Blairo Maggi (PR-MT)
O senador Blairo Maggi (PR-MT) (Antonio Cruz/ABr/Divulgação)
O governo realiza na tarde desta quarta-feira uma reunião com caminhoneiros e empresários na tentativa de encontrar uma solução para a paralisação de caminhões que atinge boa parte do Brasil. Os ministros dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, da Agricultura, Kátia Abreu, e de Relações Institucionais, Miguel Rossetto, participam do encontro.
O senador Blairo Maggi (PR-MT), que é um dos maiores produtores de soja do mundo e também participa da reunião, fez um alerta ao chegar ao Ministério dos Transportes, onde acontece a reunião: "Nosso almoço de domingo está em cima de um caminhão. Se não chegar a gente não almoça", disse ele, sobre os riscos de desabastecimento.
O senador também reafirmou o que havia dito na tribuna do Senado, nesta terça-feira: a manutenção da paralisação é perigosa para o governo por causa da chance de faltar comida nas prateleiras. "O movimento pode criar uma desestabilização social muito rápida. No Chile, quando o Allende perdeu o cargo, começou com uma greve de caminhoneiros", afirmou. Apesar disso, Maggi disse acreditar em uma solução rápida para o problema. 
O governo estaria disposto a ceder em dois pontos. Um deles é a garantia de que não vetará a Lei dos Caminhoneiros, que estabelece, dentre outras regras, uma quantidade mínima de horas de repouso para a categoria. A outra é a prorrogação do Finame, um programa de financiamento de longo prazo para a aquisição de caminhões. 
Mas Ivar Schmidt, um dos caminhoneiros que participam do encontro, disse que só uma medida pode motivar a interrupção imediata do protesto: uma redução, mesmo que temporária, de 50 centavos no preço do diesel. O abatimento valeria pelo menos enquanto o governo elaborasse uma proposta de valor mínimo para o frete, o que hoje não existe. "Nessas condições, se nós trabalharmos o lucro é zero e se nós ficarmos parados, o lucro também é zero", explicou ele nesta quarta-feira. 
A sugestão apresentada por Schmidt, que é líder de uma das muitas associações de caminhoneiros em atividade, é de um valor de 70 centavos por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.  Contudo, o governo descarta abater o preço do diesel e os empresários não aceitam a criação de um frete mínimo. Eles alegam que não é possível fixar o preço, já que o valor de muitos produtos transportados, como a soja, varia ao longo do ano.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FHC - ‘Três letras que incomodam o PT’

Cordel de Raimundo Cazé: ‘Três letras que incomodam o PT’

RAIMUNDO CAZÉ
Que nunca faltem três letras
Nas lamúrias do PT
Embora haja vinte e seis
Pra quem aprendeu a ler.
Refiro-me concretamente
A apenas três: FHC.

São três letras que abreviam
Fernando Henrique Cardoso.
É o pesadelo de Lula,
Um político mafioso
Que usa o adversário
No sofrimento e no gozo.


Em dois mandatos seguidos,
Lula nunca apurou
Os erros de FHC
Que tanto denunciou.
Houve momentos em que
Ele até o elogiou.

Dizer que FHC
Arruinou a Petrobras
Num tempo já tão distante
(Quase quinze anos atrás)
Não deixa de ser bizarro
E duvidoso demais.

Durante seus dois mandatos
Lula não soube de nada
Ou então guardou silêncio
De forma premeditada,
Como quem quisesse andar
Tranquilo na mesma estrada.

Agora que está perdido,
Vendo o caminho estreitar,
Lula não faz um discurso
Sem as três letras citar:
É FHC aqui,
É FHC acolá.

Até uma CPI
Voltada pro Petrolão
Teria que retroagir
No tempo e na vastidão
De forma a intimidar
O grosso da oposição.

De repente FHC,
Por Lula sempre citado,
Teria que reviver
Todo o seu longo passado
Devendo então responder
Pelo que estivesse errado?

Impeachment para o PT
Seria golpe de estado.
Mas o de Collor não foi,
Eis que por ele pregado.
Só a Dilma é que não pode
Ter seu mandato cassado?

A petezada defende
Respeito ao eleitor,
Mas finge que não entende
O que Dilma aprontou,
Praticando tudo aquilo
Que em campanha condenou.

Ameaça retirar
Do pobre trabalhador
Aquilo que a duras penas
O coitado conquistou,
Coisa que nenhum governo
Algum dia imaginou.

Maltrata o aposentado
Como se fosse o demônio,
Fitando com desagrado
Seu suado patrimônio
Qualquer que seja a fortuna
Fruto de um longo sonho.

Aumenta o custo de vida
Nas alturas do avião,
Encarecendo a comida
Desde o arroz com feijão
Sem aumentar os salários
Na devida proporção.

Foi o PT que ensinou
Malandro a se rebelar,
Invadir propriedade
Quebrar tudo, espraguejar
E depois cair no mundo
Sem a despesa pagar.

Quem está na oposição
Jamais deve protestar:
É acusado de golpe.
Tem que sofrer e calar.
Caso contrário é golpista
Do regime militar.

Liberdade de expressão,
Para o PT, é golpismo.
Pensa em controlar a mídia
Como faz o comunismo
E não quer que as pessoas
Tenham medo desse abismo.

Manda dinheiro pra Cuba
E deixa faltar no Brasil.
Sobe o litro de gasolina
Sem que aumente o barril
E mente todos os dias
Como em primeiro de abril.

O PT que tanto prega
A igualdade social
Vende ilusão e entrega
Ruína descomunal.
Nivela tudo por baixo,
Maldizendo o capital.

Enquanto ataca a elite,
Igualada à burguesia,
O petista não consegue
Abrir mão da regalia.
Acumula patrimônio
Vinte e quatro horas por dia.

O exemplo de pobreza
Era o Lula operário.
Vivendo na esperteza,
Ludibriando o otário,
Hoje vive na riqueza
Como um grande milionário.

O fato é que neste mundo
O diabo tem os seus.
O PT segue à risca
A doutrina de Mateus,
Enquanto o povo humilhado
Entrega tudo pra Deus.

Mas chegará o momento
Em que o povo, maltratado,
Usará de um instrumento
Até hoje mal usado:
O voto como castigo
A quem o tem enganado.

Talvez tenha sido bom
Que o PT governasse,
Para que o povo entendesse
Como a maldade nasce
E assim sobrevivesse
Ao fanatismo de classe.

Se em tantos anos de mando
O PT só se queixou
Dos ricos e da elite
Que a ela se juntou,
Em ninguém mais mete medo:
Seu mundo desmoronou.
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/cordel-de-raimundo-caze-tres-letras-que-incomodam-o-pt/

GREVE: “Estamos dispostos a ficar 30 dias se for necessário” diz caminhoneiro que deu início ao protesto em Santa Catarina



Ele não pertence a sindicato, tem apenas um caminhão, mas foi quem desencadeou as manifestações que estão bloqueando as rodovias catarinenses. Vilmar Bonora, 37 anos, que mora em São Miguel do Oeste, e o primo Junior Bonora, decidiram colocar os caminhões na beira da BR-282, no trevo que dá acesso à cidade e à SC-163. Passaram a convidar os colegas ao protesto que já reúne cerca de 700 caminhoneiros somente em São Miguel do Oeste, além de bloqueios em outros 15 pontos do estado. Bonora disse que o movimento está forte e pode ficar até um mês no local, se for necessário.


Como vocês decidiram iniciar o movimento?
Vilmar Bonora:  Tivemos contato com motoristas de Rondonópolis-MT e Cuiabá-MT. Eles iniciaram o movimento lá e eu liguei para eles. No domingo passado conversei com o meu primo e decidimos que na quarta-feira iríamos colocar os caminhões no trevo. Conseguimos mais um caminhão e fomos atacando o pessoal e pedindo apoio. E eles foram parando.
Você esperava que o movimento tomasse essa dimensão?
Bonora: No início não, mas depois o pessoal foi parando, motoristas de outras cidades começaram a ligar. Aí fomos buscar o apoio dos agricultores e outras categorias.
Como é a organização?
Bonora:  Aqui temos uma comissão de seis ou sete pessoas. Em cada cidade tem uma comissão.
Mas vocês já foram em reuniões no Paraná também, certo?
Bonora: Fomos em duas reuniões em Marmeleiro e Barracão. O pessoal do Rio Grande do Sul também deu apoio. Nós vamos decidir em conjunto.
Vocês estão obrigando os motoristas a pararem?
Bonora: No início tinha gente que não queria mas acabou concordando em ficar. A gente conversa e convence eles a ficarem.
Vocês liberaram as cargas vivas e leite com a adesão dos agricultores, como está isso?
Bonora: Liberamos, mas tem muitos que não estão transportando pois não tem como sair com a produção da indústria.
O que vocês querem exatamente para liberar as rodovias?
Bonora:
O principal é a redução do imposto sobre o combustível. Foram aumentos seguidos e o transporte está falindo. Queremos que o aumento seja vinculado ao barril de petróleo. O petróleo baixou e o combustível aumentou. Atualmente sobra menos de um real por quilômetro. E esse aumento reflete não só para nós. Quem paga aluguel e tem família não consegue se sustentar com esse aumento da energia e dos combustíveis.
Com quem vocês estão negociando?
Bonora: Passamos nossas reivindicações para deputados, chamamos os prefeitos para uma reunião, queremos que o ministro dos transportes ou da agricultura venham para cá ou então que nos recebam para uma audiência em Brasília.
Vocês vão sair com essa audiência?
Só vamos sair com papel assinado, não só com promessas. Estamos dispostos a ficar 30 dias se for necessário. Isso não é uma greve, é uma questão de sobrevivência.
Fonte: Diário Catarinense
http://blogdocaminhoneiro.com/2015/02/greve-estamos-dispostos-a-ficar-30-dias-se-for-necessario-diz-caminhoneiro-que-deu-inicio-ao-protesto-em-santa-catarina/ 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Qual a diferença entre piratas, corsários e bucaneiros?

No fundo, no fundo, todos são piratas. Corsários e bucaneiros são, portanto, tipos de piratas. Os piratas, versão marítima dos saqueadores que atacam caravanas comerciais desde que os povos negociam entre si, existem desde que existe o comércio marítimo. Os mais antigos registros vêm dos gregos. Em 730 a.C., eles já pilhavam navios fenícios e assírios, segundo relato de Homero, em Odisséia.

Porém a imagem que hoje temos dos piratas (e que aparece reproduzida aí ao lado) é a dos bandidos europeus dos séculos 17 e 18. Nessa época, a exploração das colônias na América e na África havia se tornado a principal atividade econômica mundial. Uma fortuna em ouro, prata, madeira, escravos e marfim, entre outras coisas, atravessava o Atlântico todos os anos. E é aí que aparecem os corsários. Países que não tinham suas próprias colônias (ou as tinham em número insuficiente para proporcionar grandes lucros), como Inglaterra, França e Holanda, incentivavam os ataques aos navios de outros países.
Para dar um ar oficial a esses atos de sabotagem, eles usavam a Carta do Corso, documento que liberava um capitão de navio e sua tripulação para perseguir e atacar qualquer embarcação que levasse a bandeira de um país inimigo. O saque deixava de ser crime, tornando-se uma atividade legal e tributável – desde que fosse em cima dos outros.
Bucaneiros, outro nome utilizado para esse tipo de atividade, é a forma como eram chamados os piratas franceses que aportaram na região da ilha de Hispaniola, atual Haiti, por volta de 1600. O nome vem do termo francês bucan, que designava a grelha com a qual defumavam carne. Esses piratas logo se apossaram da então colônia espanhola e criaram suas próprias regras, sem obedecer a ninguém – o que acabou atraindo gente de todo tipo para a região, incluindo ex-presidiários, escravos fugitivos e perseguidos da Inquisição Católica. Os bucaneiros foram expulsos em 1620, quando a Espanha resolveu dar um basta no que já estava se transformando em uma verdadeira terra de ninguém. Os piratas franceses escolheram então a ilha de Tortuga como novo destino. Lá, continuaram a praticar a pirataria, tendo as embarcações espanholas como alvo predileto. Toda a região das Antilhas ficou famosa pela violência bucaneira.


Rede pública de ensino do Paraná começa mais uma semana sem aulas

Trabalhadores do setor estão em greve desde o dia 9 de fevereiro.
Nova reunião com o governo pode acontecer nesta segunda-feira (23).

Os alunos da rede estadual do Paraná começam mais uma semana sem aulas, em meio à greve dos trabalhadores da educação pública do estado. Após duas reuniões entre sindicato e governo, ambas as partes admitem que houve avanços nas negociações, mas a categoria ainda possui exigências não atendidas. Há expectativa de realização de uma terceira reunião no fim da tarde desta segunda-feira (23).
A categoria entrou em greve no dia 9 de fevereiro, quando iniciaria o ano letivo de quase um milhão de estudantes. Desde então, vários servidores estão acampados no Centro Cívico, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.
O último encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e representantes do governoBeto Richa (PSDB) durou mais de seis horas, na sexta-feira (20). Dentre os acordos estabelecidos nesta reunião, foi confirmada a contratação de mil professores e pedagogos aprovados em concurso público, mas que não haviam sido chamados.
Um dos principais entraves, porém, são os pagamentos de promoções e progressões de carreira que estão atrasados. Enquanto os trabalhadores exigem pagamento imediato, o governo quer postergar. “Não vamos assumir despesas sem que haja perspectiva de receita”, afirmou o secretário chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra.
Outro ponto reivindicado pelos professores é a retirada de projetos que constavam no “pacotaço” enviado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa. Segundo o governo, o item que tratava da fusão dos fundos de previdência dos servidores foi reavaliado, e será reapresentado na próxima semana.
Manifestação professores Paraná (Foto: Daiane Baú/G1)Professores invadira uma das entradas do
Tribunal de Contas (Foto: Daiane Baú/G1)
Segundo o presidente do sindicato, Hermes Leão, outros temas ficaram pendentes para as discussões desta segunda: "Licença prêmio que tinha sido cancelada, programa de PDE que está previsto para agosto, nomeação de 463 pessoas, além dos que já foram anunciados, licenças para mestrado e doutorado que ainda não tem uma orientação, redistribuição de aula dos PSS, abertura de novas turmas e liberação de programas e projetos que estao pendentes", resumiu.
Reunião de quinta-feira
Representantes do sindicato e do governo estadual se reuniram na quinta-feira (19). Mesmo após alguns avanços, como o pagamento do terço de férias dos servidores que será depositado em duas parcelas, nos meses de março e abril, a categoria optou por manter a greve geral. No encontro também ficou acordado que os profissionais contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS), que tiveram o contrato encerrado em dezembro, deverão receber a remuneração no dia 24 deste mês.
Quanto ao pacote de medidas de austeridade apresentado pelo governador Beto Richa (PSDB), o chamado "pacotaço", a administração estadual anunciou que os itens relacionados à Educação vão ficar fora dos projetos. Eles estão sendo revisados e devem voltar a ser apresentados na Assembleia nesta semana. O “pacotaço” gerou uma série de manifestações, além da ocupação da Assembleia Legislativa na semana passada. Entenda o "pacotaço" apresentado pelo Governo do Paraná.
Ocupação da Assembleia
Na terça-feira (10), depois que os deputados estaduais aprovaram – com 34 votos favoráveis e 19 contrários – o requerimento que instituiu Comissão Geral para a apreciação do pacote de medidas, os manifestantes ocuparam o Plenário da Assembleia.
A Comissão Geral é um mecanismo previsto no regimento interno da Casa que permite os deputados votarem em um projeto de lei, em um único dia, sem que a proposta passe por comissões específicas.
Pátio da Alep ficou lotado após invasão (Foto: Sabrina Coelho/G1)Pátio da Alep ficou lotado após invasão dos
professores (Foto: Sabrina Coelho/G1)
Na quinta e na quarta-feira (11), as sessões foram realizadas no restaurante da Casa, pois o Plenário estava ocupado pelos manifestantes. Durante a sessão de quinta, que iria votar o requerimento de Comissão Geral, apresentado pelo líder do governo na Assembleia, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), para apreciar o "pacotaço", os manifestantes invadiram o pátio da Alep.
Policiais militares que isolavam a Assembleia fizeram o uso de bombas de efeito moral e de balas de borracha. Mesmo assim, os trabalhadores seguiram em frente e só deixaram o local quando foi anunciada a retirada do pacote de medidas.
No mesmo dia, depois da polêmica envolvendo o pacote de medidas, o govenador Beto Richa (PMDB) se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto. Richa classificou como “absurda e violenta” as manifestações dos trabalhadores. Em nota publicada no site do governo, Richa afirmou que o tumulto foi provocado por “um grupo de baderneiros infiltrado no movimento dos professores”.

Greve dos caminhoneiros continua hoje, sem previsão de terminar

A região Sudoeste está com pelo menos 13 pontos de bloqueio, e o número pode aumentar nos próximos dias. Alguns setores começam a se queixar de desabastecimento. Os grevistas estão organizando um grupo para ir negociar em Brasília

O governo federal não deu, por ora, qualquer indício de que pretende negociar amplamente com os caminhoneiros. Com isso, os manifestantes também continuam bloqueando as estradas do país, sem sinal de que a greve irá parar logo.
Grande parte dos estados já aderiu aos protestos. No Paraná, há piquetes na região central, no Sul, nos Campos Gerais, em acessos a Curitiba, e no Sudoeste eram pelo menos 13 pontos de parada. Em Santa Catarina, também há bloqueios nas regiões Norte e Oeste, assim como em grande parte do Rio Grande do Sul.
O movimento visa melhores condições de trabalho a motoristas autônomos e empregados, regulamentação do preço do frete – que em muitos casos mal cobre os custos operacionais –, renegociação de financiamentos de caminhões por meio do BNDES, e criação de regras que impeçam o desmantelamento do setor pelos embarcadores, entre outras soluções.
Segundo o secretário do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Francisco Beltrão e Região (Sinditac Francisco Beltrão), entidade que cobre toda a região Sudoeste, Idair Parizotto, a manifestação é coordenada pelos sindicatos, mas conta com o envolvimento de transportadoras, cooperativas, autônomos e empregados. “O setor como um todo está descontente”, afirmou.
Sudoeste
Algumas mudanças ocorreram no último final de semana em relação aos bloqueios. Por recomendação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes abriram o piquete na BR 163 sobre a ponte do rio Iguaçu entre Realeza e Capitão Leônidas Marques – uma vez que o local é considerado perigoso. O grupo que estava no local foi dividido em dois, que piquetearam a PR 281 em Capanema, e a PR 182, em Realeza.
Além disso, foram criadas barreiras também em Pato Branco e Mariópolis – locais que antes não contavam com piquetes.
O objetivo de criar várias barreiras menores, ao invés de poucas muito longas, é organizar melhor o movimento. Segundo Parizotto, os manifestantes não estão bloqueando todo tipo de mercadoria, para não desabastecer as cidades, mas cada caso é avaliado individualmente. Nessas circunstâncias, um bloqueio menor é mais prático. “Então estamos abrindo mais pontos, e assim fica mais fácil o acesso de postos (de combustível), comércio e coisas assim. Porque se tivermos que atender 10 km de fila em um único ponto, não atende nunca”.
Abastecimento
Alguns setores da região começam a se queixar de desabastecimento; em especial, os postos de combustível. Apesar disso, os manifestantes garantem que tentam manter um fluxo razoável de produtos na região.
“Não estamos deixando de abastecer, não estamos deixando de tratar os animais, de recolher o leite do produtor. Isso tudo está acontecendo”, afirmou o representante do Sinditac.
 “A gente não está liberando o transporte de safra, alguns produtos. Mas a gente preserva bastante a comunidade. Tudo o que o comércio está nos ajudando e apoiando, a gente não tem como não ajudar e não apoiar o comércio local. Então o que a gente pode fazer para ajudar, a gente faz”.
Negociação
O maior representante do movimento dos caminhoneiros no país é a União Nacional dos Caminheiros (Unicam). No entanto, não existe uma liderança centralizada e, por isso, por todo o país os sindicatos estão escolhendo representantes que irão a Brasília negociar com o governo federal.
Na noite de ontem estava marcada uma nova reunião do Sinditac Francisco Beltrão para a escolha dos representantes locais. “Nós temos 68 líderes de comunidade. Durante a reunião, dessas 68 pessoas vamos filtrar e tirar essa comissão, que irá a Brasília essa semana”, destacou Parizotto.

FHC: Dilma adere à tática de quem rouba e grita ‘pega ladrão!’.

Comento sua reação às declarações da presidente

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu na tarde desta sexta-feira às declarações matinais da atual, Dilma Rousseff, que lançou “indevimamente” sobre ele as “responsabilidades pelo escândalo da Petrobras”. FHC afirmou que a presidente deveria “fazer um exame de consciência” sobre supostos erros que cometeu na gestão da estatal. Comento a introdução e os itens de sua nota, como fiz no post anterior com Dilma:
Introdução: “Até agora, salvo lamentar o caráter de tsunami que a corrupção tomou no caso do ‘Petrolão’, não adiantei opiniões sobre culpados ou responsáveis, à espera do resultado das investigações e do pronunciamento da Justiça. Uma vez que a própria Presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vitima, rouba e sai gritando “pega ladrão”!”, sou forçado a reagir.”
É o mínimo que FHC tem de fazer para não ser um idiota.
1. O delator a quem a Presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu corruptor; somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?”
É simples: Dilma não é “séria”, ao menos no sentido de “intelectualmente honesta”. Ou não contrataria o marqueteiro João Santana para escrever seus discursos.
2. do mesmo modo, a delação do empreiteiro da Setal Engenharia reafirma que o cartel só se efetivou a partir do governo Lula.”
…sob a coordenação de Ricardo Pessoa, da UTC, amigo de Lula que ele agora, por meio de reuniões secretas com os advogados da empresa, tenta impedir de partir para a delação premiada, oferecendo garantias econômicas.
3. no caso do ‘Petrolão’, não se trata de desvios de conduta individuais de funcionários da Petrobras, nem são eles, empregados, em sua maioria, os responsáveis. Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da Presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e Ministra de Minas e Energia) e do ex-presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários.”
Eu desenho de novo parte do esquema para ajudar o leitor. A explicação está aqui.
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4. diante disso, a Excelentíssima Presidente da República deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor.”
Aécio exige um “mea culpa” de Dilma. FHC exige um “exame de consciência”.
Os dois têm de aprender que Dilma é moralmente incapaz disso. Os dois têm de aprender que fazer oposição ao PT não é exigir atitudes honrosas dos petistas, mas dizer justamente que eles são moralmente incapazes de tais coisas.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Greve dos caminhoneiros ganha adeptos em todo o Brasil

greve dos caminhoneiros (2)
Nas últimas semanas, se falando do transporte, as notícias sobre a greve foram o tema principal. O Blog do Caminhoneiro tem tentado noticiar tudo o que acontece em cada paralisação, e tem recebido muitas mensagens de apoio a greve, pedidos de informações e outros.
Nesses dias foram centenas de e-mails e mensagens via e-mail, Facebook e Whatsapp, com fotos das paralisações, vídeos e etc, mas um texto chamou mais a atenção. Ele foi enviado por Daniel Oliveira, que é engenheiro e filho de caminhoneiro.
Por mais que seja um movimento que a cada dia tem ganhado mais força nas estradas, as paralisações dos caminhoneiros não tem chamado a atenção da grande mídia (TV), e ainda não houve nenhum pronunciamento sobre atender as reivindicações ou não por parte do governo federal.
No seu texto, Daniel nos falou sobre a sua visão da greve, e deu uma ideia para fazer com que o movimento dos caminhoneiros seja ouvido por toda a população, sem a necessidade de bloqueios de rodovias e sem que o caminhoneiro, principalmente o autônomo, fique sem a renda por não poder trabalhar, visto que com os ganhos já baixos por conta dos custos do transporte e o valor reduzido do frete, qualquer tempo parado acaba se tornando prejuízo para os próprios caminhoneiros.
Abaixo a integra do texto:
Estamos passando por um momento na história de nosso pais que infelizmente nos coloca entre os anos de 1985 à 1992-4, quando havia uma estagnação e problemas políticos e econômicos enormes e de difícil solução.
Considerando este momento passado estamos ouvindo constantemente rumores de protestos e paralisações, como as de 15 de março. Que afinal não sinto a mesma mobilização do tempo de fora Collor.
Sabendo da abrangência do seu blog e da influência que possui sobre a classe lhe peço um favor, quase que em forma de parceria. Sou filho de caminhoneiro, infelizmente não segui a profissão, mais a acompanho de perto pois meu pai ainda trabalha na área.
O assunto então é, estamos passando por uma fase extremamente difícil para o transporte e enfim acho que desta vez o clima para mobilizar a todos é propício. Não vejo efetividade em fechar rodovias ou até mesmo de deixar de trabalhar, afinal somos 60% de uma classe que se trabalhar come se não passa fome e ainda entra nesta conta que a prestação não faz greve.
É triste ver que a grande maioria dos autônomos não pensam desta forma. Então qual seria a solução?
Em 1996 ou 1998 os produtores rurais, com dívidas que não paravam de crescer devido a planos de incentivo ao financiamento agrário mal feito a ao resultado de uma economia que vinha se estabilizando pararam Brasília e exigiram um basta na situação. Não pararam de produzir pois esta ação prejudicaria somente a si mesmos. Estamos agora realizando justamente o oposto, estamos parando de trabalhar, e quem é prejudicado nesta empreitada somos nós. A minha visão é que devemos incomodar os responsáveis diretos, e isso só será feito se os caminhoneiros chegaram aqui na capital federal.
Trazer milhares de caminhões para o planalto resultaria uma notícia de dimensões épicas, o Brasil pararia para assistir e ai estaríamos realmente trabalhando para modificar nossa situação.
Daniel Oliveira
Essa pode ser uma das formas de resolver o impasse da greve, e se fazer ouvidos pelos governantes.