segunda-feira, 30 de maio de 2016

E se José Dirceu fosse o sucessor de Lula

Uma pessoa inteligente pega um texto inteligente, enxerta trechos inteligentes no texto inteligente e desaparece no anonimato. Por quê? Atos dessa natureza, por mais bem urdidos que sejam, acabam enfraquecendo a ideia central, qual seja, a de enfraquecer o personagem focado no texto. Quando descobertos, funcionam como um tiro pela culatra. 

O leitor minimamente cuidadoso há de se lembrar de ter lido a coluna de Nelson Motta no jornal o Estado de São Paulo, datada de 10 de agosto de 2012. Faz pouco  mais de um ano, mas é uma eternidade se formos levar em consideração a avalanche de informações que diariamente cai sobre o cidadão, principalmente em termos de Internet. Além das notícias em circulação, a gente recebe dezenas de e-mails contendo material de todo tipo, o que inclui artigos de famosos se posicionando a respeito de determinados assuntos. É muita coisa mesmo. 

A despeito desse monumental volume de textos, charges, fotos, vídeos e muito mais compartilhados na rede, alguns ficam na memória e são relembrados facilmente quando vistos de novo, ainda que maquiados. Na rede, há muita maquiagem. O território livre e universal da web favorece esse tipo de coisa. 

O músico *Fernando Gamma, porém, aproveitando o momentoso episódio da prisão dos mensaleiros Dirceu e companhia, relembrou aquela coluna de Nelson Motta, mencionada linhas acima, e acrescentou pontos de vista que a tornam ainda mais saborosa, além de atualíssima. O texto ganhou vitalidade e voltou a circular na web. Não vou sugerir o que pode estar (repito, pode estar) nas entrelinhas, com o acréscimo de Gamma, pois seria desprezar a capacidade de entendimento do leitor. Assim, reproduzo o texto para os amigos da rede esperando, sinceramente, que a leitura abra a porta da reflexão.

fernando_gamma

“Se o mensalão não tivesse existido, ou se não fosse descoberto, ou se Roberto Jefferson não o denunciasse, muito provavelmente não seria Dilma, mas Zé Dirceu o ocupante do Palácio da Alvorada, de onde certamente nunca mais sairia. Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heróico: "Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu". Em 2005, Dirceu dominava o governo e o PT, tinha Lula na mão, era o candidato natural à sua sucessão. E passaria como um trator sobre quem ousasse se opor à sua missão histórica. Sua companheira de armas Dilma Rousseff poderia ser, no máximo, sua chefe da Casa Civil, ou presidente da Petrobrás. Com uma campanha milionária comandada por João Santana, bancada por montanhas de recursos não contabilizados arrecadados pelo nosso Delúbio, e Lula com 85% de popularidade animando os palanques, massacraria Serra no primeiro turno e subiria a rampa do Planalto nos braços do povo, com o grito de guerra ecoando na esplanada: "Dirceu guerreiro/do povo brasileiro". Ufa!

A Jefferson também devemos a criação do termo "mensalão". Ele sabia que os pagamentos não eram mensais, mas a periodicidade era irrelevante. O importante era o dinheirão. Foi o seu instinto marqueteiro que o levou a cunhar o histórico apelido que popularizou a Ação Penal 470 e gerou a aviltante condição de "mensaleiro", que perseguirá para sempre até os eventuais absolvidos. O que poderia expressar melhor a idéia de uma conspiração para controlar o Estado com uma base parlamentar comprada com dinheiro público e sujo? Nem Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Washington Olivetto, juntos, criariam uma marca mais forte e eficiente. Mas, antes de qualquer motivação política, a explosão do maior escândalo do Brasil moderno é fruto de um confronto pessoal, movido pelos instintos mais primitivos, entre Jefferson e Dirceu. Como Nina e Carminha da política, é a história de uma vingança suicida, uma metáfora da luta do mal contra o mal, num choque de titãs em que se confundem o épico e o patético, o trágico e o cômico, a coragem e a vilania. Feitos um para o outro. 

 

O "chefe" sempre foi José Dirceu. Combativo, inteligente, universitário - não sei se completou o curso - fala vários idiomas, treinado em Cuba e na Antiga União Soviética, entre outras coisas. E com uma fé cega em implantar a Ditadura do Proletariado a "La Cuba". Para isso usou e abusou de várias pessoas e, a mais importante – pelos resultados alcançados - era Lula. Ignorante, iletrado, desonesto, sem ideais, mas um grande manipulador de pessoas, era o joguete ideal para o inspirado José Dirceu. Lula não tinha caráter nem ética, e até contava, entre risos, que sua família só comia carne quando seu irmão "roubava" mortadela no mercado onde trabalhava. Ou seja, o padrão ético era frágil. E ele, o Dirceu, que fizera tudo direitinho, estava na hora de colher os frutos e implantar seu sonho no país. Aí surgiu Roberto Jefferson... e deu no que deu.”

*Fernando Gamma é músico e mantém página no Facebook

http://fg-news.blogspot.com.br/2013/11/e-se-jose-dirceu-fosse-o-sucessor-de.html?m=1

JOHN BRAMBLITT - O talentoso pintor cego que nunca enxergou nenhuma de suas obras

As cores vibrantes e intensas compõem imagens do dia a dia, como um casal que caminha abraçado, um cachorro ou um músico. As telas do norte-americano John Bramblitt estão presentes em mais de 20 países, ele é protagonista de dois documentários e tem diversos livros escritos sobre arte. Bramblitt perdeu sua visão há 13 anos, devido a uma complicação em suas crises de epilepsia. Apesar de ter em seus olhos o buraco negro da cegueira, o artista carrega em seus dedos a capacidade mágica de trabalhar com cores e formas na tela.

O incidente, que aconteceu quando tinha 30 anos, deixou Bramblitt depressivo, sentindo-se distanciado da família e dos amigos. Ele nunca havia pintado antes, mas foi ao tentar brincar com o pincel e com a tinta que descobriu sua nova razão de ser. “Para mim, o mundo é muito mais colorido agora do que era quando eu enxergava“, afirma ele na entrevista cujo vídeo está disponível logo abaixo.

Bramblitt descobriu ser possível enxergar através do tato, usando a chamada visão háptica. Com uma tinta de secagem rápida, ele consegue sentir na ponta dos dedos a forma que compõe na tela e, com o auxílio de etiquetas em braile nos tubos de tinta, consegue fazer a mistura certa das cores. Ele descobriu, inclusive, que cada cor possui uma textura diferente e, hoje, consegue sentir e enxergar à sua maneira cada quadro que pinta.
Além de pintar com frequência, Bramblitt trabalha ainda como assessor no Metropolitan Museum of Art de Nova York, nos EUA, onde coordena projetos que garantem acessibilidade à arte. Confira algumas de suas incríveis obras:


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Todas as fotos © John Bramblitt

PLACAS DO MERCOSUL A PARTIR DE 2017

Carros zero km, transferidos de município ou de propriedade deverão adotar o novo padrão já no ano que vem

por Diego Dias •  • Atualizado em 
De acordo com a Resolução 590 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), todos os veículos em território nacional deverão ter placas de identificação no padrão Mercado Comum do Sul (Mercosul) até 2020. Antes previsto para o início desse ano, o novo padrão de placas agora será obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2017 para os veículos zero quilômetro, assim como modelos em processo de transferência de município ou de propriedade (venda particular), ou quando houver a necessidade de substituição.
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Semelhante à placa utilizada na União Europeia, o modelo do padrão Mercosul terá fundo branco com a parte superior com uma faixa azul, com o lado esquerdo possuindo o logotipo do Mercosul, o lado direito a bandeira do Brasil e, na parte central, o nome do país. A cor das letras e dos números também muda: preta para veículos comuns, verde para os em teste, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais e dourada para veículos diplomáticos.
Antes com três letras e quatro números, a placa inverterá essa ordem e possuirá quatro letras e três números, dispostos agora de forma aleatória (com o último caractere sendo sempre numérico para não interferir nos rodízios municipais). Isso, provavelmente, acabará com a possibilidade de personalização de chapas.
No padrão atual de placas, existem 175 milhões de combinações possíveis enquanto que, no novo, esse número subirá para mais de 450 milhões. Além do Brasil, o novo padrão de placas de identificação do Mercosul será adotado pelos países integrantes do bloco: Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. A iniciativa vai facilitar a circulação e a segurança entre as nações do bloco, além de assegurar a existência de um banco de dados conjunto.
Além disso, não haverá mais um padrão de letras correspondente a um estado ou ao país. Hoje, é possível saber de onde vem um carro apenas pelo início da placa - São Paulo, por exemplo, costuma ter veículos emplacados de C a H - mas isso acabará com as novas placas.
Muitas medidas de segurança e novidades tecnológicas foram adicionadas a nova placa para inibir falsificações e facilitar a fiscalização nas fronteiras. Além da marca d'água com as palavras “Mercosur Brasil Mercosul”, haverá também uma faixa holográfica semelhante à das notas de R$ 20,00 e um QR code com dados do fabricante, data de produção e número de série da placa.

sábado, 28 de maio de 2016

Os pobres e miseráveis que sumiram do Brasil Maravilha já são quase 75 milhões no Brasil real

Números divulgados pelo próprio governo implodem a mágica malandra de Lula e Dilma

Lula jura que acabou com a pobreza. Dilma jura que erradicou a miséria. E os devotos da seita repetem que, nos últimos 13 anos, 45 milhões de excluídos foram incluídos na classe média. Faltou combinar com os responsáveis pelo Cadastro Único para Programas Sociais, à disposição dos interessados no site oficial do Ministério de Desenvolvimento Social (e Agrário, depois da recomposição do primeiro escalão do governo Michel Temer).
A vigarice inventada pelo padrinho e expandida pela afilhada é implodida pelo cadastro que “reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda ─ aquelas com renda mensal de até meio salário mínimo”. Como constatou o jornalista Clóvis Rossi em sua coluna na Folha, “famílias de baixa renda é um piedoso eufemismo para pobres ou, até, para miseráveis, conforme se pode ver quando se separam os cadastrados por faixa de rendimento”.
Atualizados em janeiro de 2015, os números confirmam aos berros que Lula e Dilma mentem mais do que piscam. São quase 39 milhões os que ganham de R$0 até R$77. Estão perto de 15 milhões os que juntam mensalmente entre R$77,01 e R$154. Passam de 19,5 milhões os situados na faixa que vai de R$154,01 até meio salário mínimo. Tudo somado, os pobres e miseráveis oficialmente desaparecidos eram, há pouco mais de um ano, exatamente 73.371.179.
A imensidão de excluídos que sumiu do Brasil Maravilha ficou maior no Brasil real. Os números do próprio governo provam que a dupla de mágicos malandros apenas escondeu o que nunca deixou de existir. Haja cinismo.

"Bolsa Fraude".., dilapidaram, saqueram, roeram, corroeram todos os programas e instituições..,

Bolsa Família perdeu R$ 2,6 bilhões com fraudes

Levantamento inédito mostra o volume de recursos desviado do programa. Funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha estão entre os beneficiados

NA FILA - Sem fiscalização eficiente, o dinheiro do contribuinte deixa de ir para quem precisa: é o “bolsa fraude”
NA FILA - Sem fiscalização eficiente, o dinheiro do contribuinte deixa de ir para quem precisa: é o “bolsa fraude”(ALEXANDRO AULER/VEJA)
Daria para fazer quase 30 000 casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Somente entre 2013 e 2014, pelo menos 2,6 bilhões de reais do total da verba reservada ao Bolsa Família foram parar no bolso de quem não precisava. A informação é resultado do maior pente-fino já realizado desde o início do programa do governo federal, em 2003. Feito pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Social com informações de órgãos como Receita Federal, Tribunais de Contas e Tribunal Superior Eleitoral, o exame detectou mais de 1 milhão de casos de fraude em todos os estados brasileiros. O Bolsa Família, um valor mensal a partir de 77 reais por pessoa, é destinado exclusivamente a brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. A varredura mostrou, no entanto, que entre os que receberam indevidamente o auxílio no período estão funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha (veja o quadro na pág. ao lado).
Só de funcionários públicos foram 585 000 os beneficiários ilegais. Em todos os casos, os contemplados ganhavam ao menos um salário mínimo (piso da categoria) e, segundo apurou o estudo, pertenciam a famílias com renda per capita acima de 154 reais - situação que os impediria de receber o benefício. O fato de esses funcionários serem majoritariamente servidores municipais reforça a tese do Ministério Público de que esse tipo de fraude não dispõe de um comando centralizado. "Nasce daquele microcosmo do município em que o cadastrador conhece quem está sendo habilitado e não tem interesse em realizar uma fiscalização correta sobre suas condições de pobreza", afirma a procuradora Renata Ribeiro Baptista, que coordenou a pesquisa.
Os doadores de campanha ocupam lugar de destaque no ranking das categorias de fraudadores identificadas no estudo. O Ministério Público encontrou 90 000 beneficiários do programa que, em 2014, doaram a políticos ou partidos valores iguais ou superiores aos recebidos do programa naquele ano e casos de grupos de dez ou mais beneficiários que transferiram verbas para um mesmo candidato.
O levantamento achou ainda beneficiários sem CPF ou com mais de um CPF, além de 318 000 beneficiários que eram donos de empresas. Abrir uma empresa não significa necessariamente que alguém seja um sujeito de posses (o processo para constituir uma firma pode custar pouco mais de 200 reais), mas o Ministério Público acredita que poucos dos contemplados nessa situação conseguirão provar que vivem abaixo da linha da pobreza.
Os 2,6 bilhões desviados correspondem a 4,5% do total investido no programa no período e estão abaixo da média internacional, apontada pelo Banco Mundial, de 10% de desvios em programas sociais. Para a procuradora Renata Baptista, porém, a estimativa do MPF é "conservadora". Segundo ela, muitas fraudes ficaram de fora do levantamento. "Apenas servidores com quatro ou menos familiares entraram no estudo." O prejuízo ainda vai aumentar.
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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Confianças do comércio e da construção têm alta em maio, diz FGV

No caso da construção, índice atingiu o maior nível desde dezembro do ano passado; já o comércio teve o melhor resultado desde junho de 2015



Consumidores lotam a rua 25 de março, centro de comércio popular de São Paulo, durante a manhã deste sábado (19), último final de semana antes do Natal
No comércio, a alta foi generalizada e atingiu 12 dos 13 segmentos investigados pela FGV(Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress)
O Índice de Confiança da Construção avançou 2,1 pontos em maio na comparação com abril, para 69,1 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse é o maior nível do indicador desde dezembro de 2015, quando ficou em 69,4 pontos. Já a confiança do comércio subiu 4,3 pontos na passagem de abril para maio, também na série com ajuste, atingindo 70,9 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (72,6 pontos).
De acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado na construção. "Em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão", observou.
Na opinião de Ana Maria, os empresários se tornaram menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. "No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses", disse.
No comércio, a alta foi generalizada e atingiu 12 dos 13 segmentos investigados pela instituição, à exceção de veículos. "A alta mais expressiva em maio capta a redução do pessimismo no setor, mas ainda deve ser interpretada com alguma cautela", pondera o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.
"Primeiro, porque o nível da confiança ainda está muito baixo. Segundo, porque a alta do índice em 2016 tem ocorrido em função de uma leitura gradualmente mais favorável em relação às chances de melhora do ambiente econômico nos meses seguintes do que devido a uma efetiva melhora das vendas ou da lucratividade no presente", justifica.

O vídeo prova que Lula, Dilma e Jucá continuam juntos no time que arrasou a Petrobras e quer derrotar a Lava Jato

A trinca que conviveu harmoniosamente entre 2005 e 2012 merece ser reunida num banco dos réus pelas tentativas de obstrução da Justiça



Entre março e julho de 2005, período em que chefiou o Ministério da Previdência, Romero Jucá conviveu em perfeita harmonia com o presidente Lula e com Dilma Rousseff, então acampada no Ministério de Minas e Energia. A volta ao Congresso do pajé do PMDB de Roraima, forçado por novas anotações no prontuário a deixar o primeiro escalão, não afetou o exemplar entrosamento com a dupla do PT.
Em 2006, com Lula no segundo mandato e Dilma na chefia da Casa Civil, a promoção de Jucá ao posto de líder do governo recompôs o trio que jogaria no mesmo time até 2012. As mudanças de posição ocorridas não afetaram a notável afinação. Vitoriosa na eleição presidencial de 2010, Dilma manteve Jucá na liderança do governo e Lula continuou mandando nos dois. Oficialmente desfeita em 2012 pela partida do senador, a trinca acaba de ser recomposta.
Eles agora jogam juntos contra a Operação Lava Jato, atesta o áudio que agrupa trechos de conversas telefônicas que escancaram a conspiração forjada para paralisar a devassa do maior esquema corrupto da história. São três falatórios irretocavelmente cafajestes. São três tapas na cara do Brasil decente. São três afrontosos pontapés no artigo do Código Penal que trata do crime de obstrução da Justiça.
O primeiro deles, grampeado pela Polícia Federal em 4 de março e divulgado 12 dias depois, registra o boçal destampatório de Lula durante uma conversa com Dilma:
“Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado, somente nos últimos tempos o PT e o PCdoB começaram a acordar e começaram a brigar, um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido, não sei quantos parlamentar ameaçado, sabe… sabe… e fica todo mundo no compasso achando que vai acontecê um milagre e que vai todo mundo se salvá. Eu estou, sinceramente, estou assustado é com a república de Curitiba”.
O segundo trecho revela o repulsivo diálogo entre o padrinho e a afilhada interceptado em 16 de março e divulgado no mesmo dia. Para colocar o antecessor sob as asas do foro privilegiado antes que o camburão estacionasse diante do Instituto Lula, a presidente avisa que acabara de enviar o termo de posse do chefão do bando na chefia da Casa Civil. Descontrolado pelo medo de cadeia, o ex-presidente não diz sequer “obrigado” antes ou depois do hoje famoso “Tchau, querida”.
Dilma: Alô.
Lula: Alô.
Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
Lula: Fala, querida. Ahn?
Dilma: Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?
Lula:  Uhum. Tá bom, tá bom.
Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
Dilma: Tá?!
Lula: Tá bom.
Dilma: Tchau.
Lula: Tchau, querida.
O terceiro trecho foi pinçado do diálogo bandido com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que transformou Jucá em ex-ministro do Planejamento do governo Temer. A certa altura, para tranquilizar o comparsa metido até o pescoço na roubalheira do Petrolão, Jucá mergulha de cabeça no pântano:
“Nós temos que encontrar uma maneira, você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.
A menção à mudança de governo foi imediatamente transformada por Dilma na prova definitiva de que impeachment é um golpe com sotaque inglês. Errado: a troca de ideias imbecis com Sérgio Machado só mostra que medo de cadeia faz mal à cabeça. Por que trocar o governo se o poste e seu fabricante adorariam jogar uma bomba atômica sobre a república de Curitiba?Jucá tampouco entendeu que a ruptura com os antigos cúmplices jamais se consumou.
Eles estiveram juntos no Petrolão: o senador foi um dos atacantes do time que Lula montou e Dilma manteve em campo. Deveriam ser julgados juntos por obstrução da Justiça. E despachados juntos para a mesma gaiola.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Não tinha como dar certo uma estrovenga dessas..,

Com o fim da política externa da canalhice, o Itamaraty recuperou a vergonha e o Brasil se livrou do papel de grandalhão idiota subordinado aos anões da vizinhança

A drástica mudança de rota anunciada pelo chanceler José Serra implodiu a opção preferencial pela infâmia que envergonhou o país decente por mais de 13 anos


maduro - lula - dilma
Lula com o iraniano Ahmadinejad em 21 de novembro de 2009 e Dilma Rousseff com o venezuelano Maduro em 9 de maio de 2013
O pedido de socorro remetido por Dilma Rousseff à comunidade internacional foi ouvido por cinco países da série D ─ Cuba, Nicarágua, Bolívia, Venezuela e Equador ─ e duas organizações regionais: Alba e Unasul. A isso se resumiu a aliança com a qual a presidente de férias no Palácio da Alvorada pretendia neutralizar o golpe imaginário e voltar ao emprego: uma ditadura caribenha, uma irrelevância centro-americana, três vizinhos bolivarianos e duas siglas inúteis. Sete anões. Com a adesão de El Salvador, segundo baixinho da América Central a meter-se em assunto de gente grande, os sete viraram oito. Ou sete e meio.
Dilma viu no punhado de pigmeus insolentes a perfeita tradução da “indignação internacional diante da farsa aqui montada”. Governantes de nações civilizadas, que têm mais o que fazer, só conseguiram ver um tedioso esperneio de cúmplices da nulidade demitida com a aplicação de normas constitucionais. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, viu um bando de embusteiros insones com a suspeita de que uma das primeiras vítimas da troca de governo seria a política externa da cafajestagem. E decidiu mostrar com quantas palavras se desfaz um desfile de bravatas.
Bastaram duas notas oficiais e meia dúzia de declarações para calar o coro dos cucarachas. Nesta quarta-feira, em seu discurso de posse, o chanceler concluiu o desmonte da usina de falsidades. Como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o país que presta não vai mais envergonhar-se com a submissão do Itamaraty aos velhacos da seita lulopetista e aos matusaléns do Foro de São Paulo. “A política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não do governo e jamais de um partido”, resumiu Serra ao anunciar a prioridade número 1.
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A prioridade número 2 formalizou a retomada da defesa sistemática dos direitos humanos, da democracia e da liberdade “em qualquer país e qualquer regime político”. Que se cuidem, portanto, os gigolôs da diplomacia do cinismo, nascida do acalamento incestuoso de stalinistas farofeiros do PT e nacionalistas de gafieira do Itamaraty — uns e outros ainda sonhando com a Segunda Guerra Fria que destruirá para sempre o imperialismo ianque. Em janeiro de 2003, acampado na cabeça baldia de Lula, o aleijão que pariram subiu a rampa do Planalto.
Nos oito anos seguintes, fantasiado de potência emergente, o Brasil acanalhado pela revogação de valores morais eternos não perderia nenhuma chance de reafirmar a opção preferencial pela infâmia. O governo Lula acoelhou-se com exigências descabidas do Paraguai e do Equador, suportou com passividade bovina bofetadas desferidas pela Argentina, hostilizou a Colômbia democrática para afagar os narcoterroristas das FARC, meteu o rabo entre as pernas quando a Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de gás, .
Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, nunca fez a escolha certa. E frequentemente se curvou a imposições de parceiros vigaristas. Quando o Congresso de Honduras, com o aval da Suprema Corte, destituiu legalmente o presidente Manuel Zelaya, o Brasil se dobrou às vontades de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar no poder o canastrão que combinava um chapelão branco com o bigode preto-graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos, Chávez obrigou Lula a transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa na Pensão do Zelaya.
Para afagar Fidel Castro, o governo deportou os pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia Federal quando tentavam fugir para a Alemanha pela rota do Rio. Entre a civilização e a barbárie, o fundador do Brasil Maravilha invariavelmente cravou a segunda opção. Com derramamentos de galã mexicano, prestou vassalagem a figuras repulsivas como o faraó de opereta Hosni Mubarak, o psicopata líbio Muammar Kadafi, o genocida africano Omar al-Bashir, o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad e o ladrão angolano José Eduardo dos Santos.
Coerentemente, o último ato do mitômano que se julgava capaz de liquidar com conversas de botequim os antagonismos milenares do Oriente Médio foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. Herdeira desse prodígio de sordidez, Dilma manteve o país de joelhos e reincidiu em parcerias abjetas. Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o reprodutor de batina. Juntou-se à conspiração que afastou o Paraguai do Mercosul para forçar a entrada da Venezuela. Rebaixou-se a mucama de Chávez até a morte do bolívar-de-hospício que virou passarinho. Para adiar a derrocada de Nicolás Maduro, arranjou-lhe até papel higiênico.
Ao preservar a política obscena legada pelo padrinho, a afilhada permitiu-lhe que cobrasse a conta dos negócios suspeitíssimos que facilitou quando presidente, sempre em benefício de governantes amigos e empresas brasileiras bancadas por financiamentos do BNDES. Disfarçado de palestrante, o camelô de empreiteiras que se tornariam casos de polícia com a descoberta do Petrolão ganhou pilhas de dólares, um buquê de imóveis e a gratidão paga em espécie dos países que tiveram perdoadas suas dívidas com o Brasil. Fora o resto.
Enquanto Lula fazia acertos multimilionários em Cuba, Dilma transformava a Granja do Torto na casa de campo de Raúl Castro, também presenteado com o superporto que o Brasil não tem. Ela avançava no flerte com os companheiros degoladores do Estado Islâmico quando a Operação Lava Jato começou. Potencializada pela crise econômica, a maior roubalheira da história apressou a demissão da mais bisonha governante do mundo.
Os crápulas que controlavam o Itamaraty hoje descem ao lado da chefe a ladeira que conduz ao esquecimento. “O Brasil vai perder o protagonismo e a relevância mundial”, miou Dilma nesta quinta-feira. O que o país perdeu foi o papel que desempenhou desde 2003: o de grandalhão idiota e obediente aos anões da vizinhança. A recuperação da altivez há tanto tempo sumida vai antecipar a colisão entre o Brasil e os populistas larápios, os ditadores assumidos e os tiranos ainda no armário que prendem quem discorda, assassinam oposicionistas e sonham com a erradicação do Estado de Direito.
O compadrio vergonhoso acabou. Os incomodados que se queixem ao bispo. Ou a Dilma, caso a desterrada do Alvorada esteja por lá. Ou a Lula, se o parteiro da Era da Canalhice ainda estiver em liberdade.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Pintor deficiente visual utiliza toque em texturas para criar belas imagens.

Pintor deficiente visual utiliza toque em texturas para criar belas imagens
Antes de ficar cego aos 30 anos devido à epilepsia, John Bramblitt nunca tinha pintado antes. Agora, ele já publicou dois livros sobre pintura,dá palestras no Metropolitan Museum of Art e ganha a vida com suas pinturas coloridas. Ele afirma ver mais cor, agora que ele é cego do que durante seus 29 anos de vida anteriores.
Perder sua visão foi um ponto de virada na vida de Bramblitt que ele se refere como "o mais profundo buraco negro", e ele sabia que a arte era o seu caminho. Ele começou a desenhar o contorno de suas pinturas com tinta de secagem rápida para que ele pudesse traçar as linhas em relevo com as pontas dos dedos. Ele então começou a preencher os espaços com cor. Sobre o curso de pintura, ele percebeu que todos os tons de uma cor tem sua própria textura especial. Ele usa braille em seus tubos de tinta, mas sabe como misturar cores para encontrar o seu tom perfeito.

Assista Bramblitt contar sua história fascinante no vídeo abaixo. Você pode ler a entrevista completa com o artista de inspiração em CreativeCow.net. Você pode adquirir cópias do seu trabalho em seu site.


Pintor deficiente visual utiliza toque em texturas para criar belas imagens

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