terça-feira, 30 de setembro de 2014

No colosso ferroviário sem trilhos, só a gastança viaja em alta velocidade

Trecho da Ferrovia Oeste-Leste que aguarda a chegada dos trilhos Foto: Ruy Baron
Trecho da Ferrovia Oeste-Leste sem trilhos: só falta o essencial Foto: Ruy Baron
PEDRO COSTA
Em março de 2010, depois da licitação do trecho baiano da Ferrovia Oeste-Leste, o governo festejou mais uma façanha do PAC2: em pouco mais de três anos, os municípios de Ilhéus e Barreiras estariam ligados por 1.022 quilômetros. Prevista para julho de 2013, a festa de inauguração ainda não desceu do palanque ─ nem descerá tão cedo. Estão prontos apenas 25% da obra administrada pela estatal Valec. Faltam três quartos. Em contrapartida, a gastança esbanja agilidade. Com os R$ 600 milhões em aditivos liberados no ano passado, os custos subiram para R$ 4,9 bilhões.
Como de praxe, a escalada orçamentária foi atribuída a revisões técnicas, mudanças no trajeto e deserções dos construtores ─ a OAS, a Mendes Júnior e a Convap desativaram os canteiros de obras sem maiores justificativas. Previsivelmente, a Valec tenta transferir parte da culpa para o Ibama, que exigiu o cumprimento das cláusulas ambientais, e do Tribunal de Contas da União, que continua cobrando o respeito à lei e ao que se combinou originalmente, além de contestar onerosas mudanças no projeto e nos contratos.
Entre os casos encobertos por sombras figura o trecho entre Caetité e Barreiras. Até que as contas fossem aprovadas “parcialmente” pelo TCU, as obras ficaram paralisadas por dois anos e meio. Isso mesmo: 30 meses foram jogados no lixo. E os 438 quilômetros não se livraram das suspeitas de superfaturamento.
Esses descarrilamentos ajudam a explicar as diferenças existentes entre os dois lotes do trecho baiano. No primeiro, que vai da costa até Caetité, só foram concluídos 47% dos 537 quilômetros. No segundo, até Barreiras, a porcentagem despenca para ínfimos 3%. Classificado com o selo “preocupante”no balanço divulgado em fevereiro de 2014, o traçado final foi promovido inexplicavelmente à categoria “atenção” no balanço de junho.
Só em agosto passado chegaram os primeiros trilhos da Fiol, o que empurrou para abril de 2016 a festa de inauguração. O prazo parece excessivamente otimista, avisam os sucessivos atrasos já registrados e a difícil relação entre as empreiteiras e a Valec. Ainda assim, mesmo depois de concluída, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá de esperar alguns anos para que tenha alguma utilidade.
Concebida para permitir o escoamento do que é produzido no interior da Bahia, a ferrovia só fará sentido quando estiver funcionando o complexo portuário de Ilhéus, que só existe no papel. Orçadas em R$5,6 bilhões, o começo das obras foi autorizado pelo Ibama, na semana passada, após quatro anos com a licença emperrada e agora tem término previsto apenas para 2019.
Não é pouca coisa. E não é tudo. Além do superporto, o colosso sobre trilhos só estará completo depois da conexão com a Ferrovia Norte-Sul, que não chegou sequer à etapa das maquetes. Quando virão ao menos os elementares “estudos de viabilidade”? Ninguém sabe. Mas o balanço do PAC2 garante que o o governo acompanha tudo com muita atenção.

Kaká será o jogador mais bem pago da liga americana

Meia brasileiro receberá cerca de 17,6 milhões de reais no Orlando City

Kaká, 32 anos, será a principal estrela da Major League Soccer na estreia do Orlando City em 2015
Kaká, 32 anos, será a principal estrela da Major League Soccer na estreia do Orlando City em 2015(Divulgação/Orlando City /VEJA)
Kaká ainda não pisou no estádio Citrus Bowl, onde o Orlando City vai mandar seus jogos na temporada 2015 da Major League Soccer - o estádio da equipe estreante na liga começa a ser construído no mês que vem e fica pronto para a temporada 2016. Mas o meia de 32 anos já conseguiu seu primeiro título na terra de Tio Sam: vai ser o jogador mais bem pago na história da maior liga americana, com salário de 7,167 milhões de dólares na próxima temporada (de 17,6 milhões de reais) - cerca de 700.000 dólares a mais que David Beckham em sua primeira temporada no Los Angeles Galaxy em 2007.  O artilheiro da MLS nesta temporada é o inglês de 29 anos Bradley Wright-Phillips, do Red Bulls, com 24 gols, e salário total no ano de 372.500 dólares.
O meia do São Paulo vai estrear na MLS junto com o time, de propriedade do também brasileiro Flavio Augusto da Silva, com planejamento de se tornar um dos maiores do torneio nos próximos três anos, tempo do contrato de Kaká. Na liga americana, cada clube tem pouco mais de 3 milhões de dólares para pagar todos os jogadores na próxima temporada, mas pode contratar até três atletas com salários fora do borderô, chamados de “designated players”, ou DP, geralmente estrelas do futebol mundial que atraem público, imprensa e impulsionam e divulgam o nome de seus times, como ferramentas de marketing. Os salários foram divulgados pelo sindicato dos jogadores da MLS e incluem a premiação prevista em contrato. O inglês Frank Lampard do também estreante na MLS em 2015 New York City FC não entrou na lista e seu companheiro de equipe, o espanhol David Villa, aparece estranhamente com salário de 60.000 dólares na temporada - provavelmente é o primeiro número que o sindicato conseguiu, porque seu contrato deve ter muitas variáveis. O Orlando City e o NY FC ainda estão contratando e não têm a relação final de jogadores.

FHC ironiza Dilma: 'Merece Nobel de Economia'

Ex-presidente afirmou que é difícil "arrebentar tudo ao mesmo tempo". Ele disse ainda que crise política é mais grave que a econômica

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Rodrigo Dionisio/Frame/Folhapress)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, em Fortaleza, ao falar para 1.200 empresários. "Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia", disse para aplausos dos empresários cearenses. Outra crítica a Dilma foi a passagem dela na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. "É triste quando a presidente do Brasil diz que vamos negociar com quem quer degolar", afirmou, referindo-se à sugestão de Dilma de estabelecer um diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.
Acompanhado do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), FHC pediu votos para o presidenciável Aécio Neves, mas admitiu que é muito difícil ele ir para um 2º turno. "Se fosse pelas qualidades dele, iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte", destacou. FHC disse que "infelizmente, o que vale agora nas eleições é o marquetismo que confunde tudo e acaba elegendo presidente".
O ex-presidente fez referências à corrupção como mal maior hoje no país. "Temos que abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que a dificuldade econômica ". FHC esteve em Fortaleza para participar do Fórum Brasil em Debate, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) e pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE).
(Com Estadão Conteúdo)

O que é o que é? Faz a Bolsa desabar, o dólar subir e o mercado suspirar?

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O petróleo é deles!

A Petrobras, líder mundial em negociatas profundas, anunciou que acaba de descobrir uma gigantesca jazida de mar de lama na camada do pré-sal
A Petrobras, líder mundial em negociatas profundas, anunciou que acaba de descobrir uma gigantesca jazida de mar de lama na camada do pré-sal
Você me conhece! Sou o jornalista Agamenon Mendes Pedreira. Ao contrário da seleção brasileira, que pagou o maior mico, saí vitorioso da Copa e hoje estou de volta a VEJA para alegria do gerente do banco e dos meus dezessete leitores e meio (não esqueça do anão). Como diria o ERei Roberto Carlos, o maior censor romântico do Brasil: “Eu voltei, voltei para ficar!”. Por algum tempo, eu e a Isaura, minha patroa, estávamos na Pindaíba, morando de favor na Rua da Amargura, fundos. Mas, agora que fui recontratado a peso de ouro por este combativo órgão da mídia golpista, resolvi estacionar de vez a minha residência, o Dodge Dart 73 enferrujado, em São Paulo. Bem na frente do prédio da Editora Abril, na Rua do Sumidouro, que fica na Marginal Pitta, quer dizer, Marginal Maluf, quer dizer, Marginal Quércia… ah, sei lá. São Paulo tem muito marginal.
Caio de paraquedas no meio da corrida presidencial, onde a coisa está feia. Aliás, muito feia, medonha, afinal de contas a disputa é entre a presidenta Dilma Mocreff e a senadora Magrina Selva. É só a gente olhar bem as duas candidatas pra perceber que ainda não vai ser desta vez que o Brasil vai ter uma mulher na Presidência. Mas elas querem é poder e passam o dia inteiro se xingando. Daqui a pouco o debate na TV vai ser substituído pela luta de candidatas na lama, daquelas com muita baixaria, unhada e puxão de cabelo. Na sua propaganda política, Dilma acusou Marina de ser igual ao Collor. Na verdade, a candidata do PSB se parece muito mais com o ET do Spielberg. Por sua vez, Marina não deixou o insulto barato e disse que a Dilma, na verdade, é o cartunista transformista Laerte fantasiado de homem.
E não é só na campanha presidencial que a coisa está feia. A Petrobras parece um filme de horror estrelado por Dilma Karloff, DesGraça Foster e o pavoroso Nosferatu Cerveró. Hollywood já está de olho nessas três monstruosas criaturas porque nunca houve uma atuação tão arrasadora em toda a história do cinema e da indústria petrolífera. Se a Petrobras está perdendo dinheiro no ramo petroquímico, ela pode recuperar seu valor de mercado realizando produções cinematográficas milionárias: Eu Sei o que Vocês Fizeram no Governo Passado, Aperte o Cinto, o Seu Dinheiro Sumiu, A Refinaria Fantasma da Ópera, Se a Minha Diretoria Falasse, Um Dilma de Cão e O Poderoso Checão.
Graça Fofoster continua apavorando investidores e acionistas da empresa e já prometeu que vai fazer uma plástica para acalmar o mercado. Para melhorar sua imagem, “Graça” Foster também pretende ir na Ana Maria Braga ensinar receitas de poções mágicas em seu caldeirão. Em sua defesa, “Graça” disse que faz questão de ir todo dia de vassoura pro trabalho e, assim, dar exemplo de economia de combustível.
E na semana passada a situação ficou ainda mais horripilante! Quem também está tirando o sono da diretoria da PTbras é o ex-diretor Paulo Roberto Gosta. Em troca da deduração premiada, o X-9, com seu dedo nervoso, prometeu que agora vai dar nome aos Fribois. Paulo Rouberto revelou que era da diretoria de Abastecimento porque abastecia com muitos bilhões a conta de políticos da base criminal do governo. Num depoimento à PF, esse sinistro personagem confessou seus malfeitos: estava envolvido na compra da refinaria de Passagrana, pagou o milionário implante capilar do Renan Calheiros e também superfaturou a tintura de cabelo do ministro Lobão, autor deVida Bandida.

domingo, 28 de setembro de 2014

Hipocrisia, trapaça, mentiras.., populismo, demagogia.., tem futuro um governo, seja de que partido for, construído em cima de mentiras? Cedo ou tarde vai ruir! Não há mal que dure para sempre! Vale citar o jornalista e escritor austríaco Karl Kraus(1874 - 1936): "O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele."

Leiam o excelente texto:
‘O caráter fica’, de J.R. Guzzo

Publicado na edição impressa de VEJA
J.R. GUZZO
Uma das vantagens mais interessantes da hipocrisia, talvez o vício preferido das campanhas eleitorais, é seu baixo custo. A rigor, fazendo a conta na ponta do lápis, a hipocrisia não custa nada, quando se considera que o hipócrita jamais pretende cumprir suas promessas, nem se comportar com as virtudes que atribui a si mesmo diante do público — encerrada a disputa, volta a ser o que sempre foi, e dá por zeradas todas as dívidas que parecia estar contraindo quando tinha de pedir voto aos eleitores.
Disputas pela Presidência da República, é claro, não são a oportunidade mais adequada para o público assistir a exibições de boa conduta. Assim mesmo, a campanha eleitoral de 2014 parece superar tudo o que já foi feito neste país, até agora, em matéria de embuste; só deverá ser superada, talvez, pela próxima corrida, em 2018.
Não há inocentes nesta rixa de terceira classe, mesquinha, desonesta e sem o menor vestígio de vida inteligente; desde o primeiro dia de campanha, ainda não apareceu nada que pudesse ser descrito pela palavra “ideia”. Mas o pior desempenho, de longe, fica com a concorrente mais forte até agora, Dilma Rousseff, porque ela não é apenas a candidata oficial – antes disso, é a presidente da República, e esse cargo lhe impõe obrigações formais perante todos os brasileiros, sem exceções. A primeira delas é o respeito.
Dilma, pela posição que ocupa e pelo juramento que fez ao assumir a Presidência, não tem o direito de tratar os eleitores como uma manada de ignorantes que não dispõem da capacidade de pensar com um mínimo de independência — e por isso não precisam ouvir argumentos, explicações e raciocínios que façam nexo, ou respeitem fatos. Vale tudo aí. Se Dilma não for eleita, garante sua campanha, a comida vai sumir das mesas. As crianças passarão a receber livros em branco. Os banqueiros vão ordenar demissões em massa, fechar escolas e acabar com o Bolsa Família.
Por ser negra, magrinha e de origem paupérrima, ou por lembrar que passou fome na infância, a concorrente Marina Silva é acusada de ser uma “coitadinha” — e uma pobre-diaba como ela, segundo Dilma, não tem condições de ser presidente. Só Lula, o seu principal patrocinador, tem o direito de se apresentar como operário e receber diploma de herói. Marina é igual a Fernando Collor — embora a candidata oficial não explique por que isso seria tão ruim assim, já que o mesmo Collor é hoje um dos seus aliados mais valiosos. Só Deus sabe o que ainda vai dizer até o dia da eleição.
O resultado prático de toda essa insensatez é que a campanha eleitoral da suprema magistrada do Brasil, que deveria ser a mais sóbria e mais fiel à verdade dos fatos, acabou sendo a mais hipócrita de todas. Um cavalheiro, segundo o ensinamento de Oscar Wilde, nunca deve trapacear quando está com boas cartas na mão. Dilma tem um jogo lindo – até agora sempre esteve à frente nas pesquisas, tem seis vezes mais tempo que Marina na televisão e usa todos os dias a máquina do governo para caçar votos. Mas sua campanha tornou-se um monumento à trapaça.
Não existe nenhuma disputa de “classes” na eleição, como pretende a propaganda oficial, em que a opção seria escolher o lado dos pobres, o dela, contra o lado dos ricos, o dos outros. A única coisa realmente em jogo é o interesse material: mais de 20 000 cargos ocupados pelo PT e amigos, a manutenção de um convívio de doze anos com empreiteiras e as oportunidades de negócios junto a empreendedores como o homem atômico da Petrobras e atual presidiário Paulo Roberto Costa, o doleiro Youssef e por aí vai.
Não existe a mais remota sinceridade nos alertas de que um Banco Central independente vai tirar as grandes decisões financeiras “das mãos dos brasileiros” – como se no governo Dilma eles decidissem alguma coisa a respeito. Não existe motivo para acreditar nas promessas de “limpeza” na Petrobras, quando Lula diz que a empresa é vítima de “ataques” de tubarões imaginários — e não dos tubarões de carne e osso mantidos lá dentro durante todo o seu governo e o de Dilma.
A complicação que o Brasil vive hoje vai além da falta de decência, de lucidez e de bons modos da campanha. Campanhas eleitorais são transitórias, mas os seres humanos que participam delas são permanentes. É uma pena, mas Dilma não vai mudar de caráter quando a campanha acabar — continuará sendo exatamente a mesma. Se ganhar, não vai fazer um ato de contrição e se arrepender da hipocrisia de uma disputa deformada pela falsificação da realidade; não se transformará numa pessoa que nunca foi.



sábado, 27 de setembro de 2014

Sem noções unidas

Ahamenon Ugente - 25-09
Em seu discurso na ONU, a presidenta-gerenta Dilma Roskoff afirmou que seu governo acabou com a fome no Brasil e que, se for reeleita, vai criar o Bolsa Lagosta
A presidenta Dilma Mocreff, em discurso na ONU, se cobriu de auto-elogios a si mesma. Além de dizer que o seu governo é o melhor do mundo, a delirante candidata ainda afirmou que é muito mais gostosa que Marina. E, para provar, começou a tirar a roupa no plenário. Felizmente, foi retirada a tempo pelos seguranças das Nações Unidas.
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Na ONU, Dilma Karloff fez questão de criticar o bombardeio dos americanos à Síria. Orientada pelo seu assessor Narco Aurélio Garcia e pelo marqueteiro João Sacanna, Dilma disse que é favorável ao diálogo com os terroristas do Estado Islâmico. Dilma, talvez por não ter nada na cabeça, se ofereceu para trocar uma ideia com os decapitadores muçulmanos.
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Desfalcada de Nosferatu Cerveró e Paulo Rouberto Costa, a Petrobrás abriu concurso para preencher 8 000 vagas. Vou estudar bastante e fazer essa prova porque o meu sonho sempre foi arrumar um emprego de corrupto concursado.
http://veja.abril.com.br/blog/agamenon-urgente/

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Marina sobre Dilma: “Quando a pessoa com o cargo mais importante da República se dispõe a mentir, passa uma péssima mensagem aos brasileiros”

Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, rebateu nesta quinta-feira os ataques da campanha da adversária Dilma Rousseff (PT), segundo quem ela deve sua carreira política ao PT. Em visita à sede da Central Única das Favelas (Cufa), em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a presidenciável também alfinetou a presidente-candidata ao dizer que não era correto o governo se apropriar do esforço das pessoas.  ”Não é correto qualquer governo se apropriar do esforço das pessoas e tentar passar a ideia de que tudo que se conquistou foi porque o governo deu. Isso não educa nem ao governo nem à sociedade. É a visão patrimonialista da Casa Grande e da Senzala”, afirmou.
“Dia desses ouvi pessoas dizendo que tudo que sou devo a um partido politico, como se nada do meu esforço tivesse nenhum significado, inclusive o esforço de ajudar a criar esse partido. Essa é a visão mais atrasada e velha da política”, acrescentou, em referência ao PT. Na chegada ao local, Marina foi levada a uma quadra de basquete, onde tentou acertar a cesta, mas errou três vezes.Terceira presidenciável a visitar a Cufa, ela assistiu também a uma apresentação de dança. Arriscou alguns passinhos timidamente – sua filha Shalom dançou capoeira. 
Depois de ouvir à apresentação do livro “Um País chamado Favela”, um discurso dos autores Celso Athayde e Renato Meirelles, ela falou a líderes comunitários sobre histórias de sua infância e a importância de ter sonhos. Declarou que chamá-la de “sonhática” é uma forma de constrangê-la: “Sou considerada uma sonhática. Sempre que digo alguma coisa falam: ‘mas e de concreto?’ É como uma forma de constranger”.
“Mentiras”
Mais tarde, Marina também fez comício em uma praça no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O evento havia sido marcado para a última sexta-feira, mas foi adiado por questões de segurança já que Dilma havia agendado comício a poucos metros do local. Em discurso, Marina voltou a atacar a petista por disputar a eleição com “mentiras”. “Quando a pessoa com o cargo mais importante da República se dispõe a mentir, passa uma péssima mensagem aos brasileiros”, discursou.
Ela também voltou a cobrar que Dilma e Aécio Neves (PSDB) apresentem seus programas de governo.”Dilma e Aécio deveriam respeitar o povo brasileiro. Dizer como vão fazer para a inflação não voltar”, criticou. Marina também voltou a pedir à militância que a defende dos ataques do PT nas redes sociais. “Eles têm milhares de pessoas nas redes sociais para mentir.”
A presidenciável do PSB seguiu do Rio de Janeiro para Minas Gerais. De acordo com o candidato a vice, Beto Albuquerque, o objetivo é reforçar, na última semana de campanha antes da eleição, a presença na região Sudeste para recuperar potenciais votos perdidos nas últimas pesquisas eleitorais. “Temos uma estratégia de manter presença forte no Sudeste. Minas Gerais e São Paulo são nossas metas principais.”
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/marina-sobre-dilma-quando-a-pessoa-com-o-cargo-mais-importante-da-republica-se-dispoe-a-mentir-passa-uma-pessima-mensagem-aos-brasileiros/

PIB do Brasil cai mais que o de países europeus em crise; compare

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É de se esperar que economias conhecidas como “emergentes” cresçam em um ritmo mais rápido que os mercados maduros. Mais ainda se os tais mercados maduros estão em crise.
Mas não é isso que está acontecendo neste ano. O PIB (produto interno bruto) do Brasil no segundo trimestre foi 0,6% menor do que no primeiro e 0,9% menor do que no segundo trimestre do ano passado, como informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os resultados foram piores que o da maior parte dos países ricos que estão em crise.
Na comparação com o primeiro trimestre, a retração de 0,6% foi mais intensa do que a de qualquer dos países da zona do euro que já divulgaram seus números. Na Alemanha e na Itália, a queda foi de 0,2%. Na França, o PIB ficou estagnado.
A Grécia, que sofre para se recuperar de uma crise, não divulgou os dados do segundo trimestre em comparação com o primeiro. Informou, apenas, a variação em relação ao segundo trimestre do ano passado: uma queda de 0,2% – mais branda, portanto, que a do PIB brasileiro, de 0,9% no mesmo tipo de comparação.
Entre as grandes economias, o Japão foi a única que apresentou uma retração maior que a do Brasil, quando se compara o segundo trimestre com o primeiro. A economia japonesa encolheu 1,7% no período.
Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e o período equivalente do ano passado, o PIB do Brasil encolheu mais do que o de qualquer grande economia, entre as que já divulgaram seus resultados, como aponta o gráfico abaixo.
pib 2t2014 yy
Entrevista
O professor de economia Otto Nogami, do Insper, concedeu ao blog a entrevista abaixo, a respeito do assunto.
O que a variação do PIB do Brasil significa em comparação com a de outros países?
É um resultado péssimo. Se compararmos com o contexto das principais economias mundiais, incluindo os emergentes e América Latina, a nossa performance é a pior [entre os países que já divulgaram os dados], excetuando-se o Japão, que está em uma crise que já dura 20 anos.
Esses números reforçam uma característica da maneira como o governo vem conduzindo a politica econômica nos últimos quatro anos. O governo age de maneira muito pontual, sem ações de médio e longo prazo que possam dar sustentação a um processo de crescimento.
Que ações poderiam levar ao crescimento de longo prazo?
Reduzir gastos públicos para diminuir a necessidade de financiamento do deficit e, consequentemente, ter mais recursos para o setor privado investir.
Blog Achados Econômicos

Que acham da idéia do "iluminado" senador cantor?

Ele não estava brincando, não! Suplicy quer que os jovens que cometeram crimes hediondos deem aulas de português e alfabetização e trabalhem como enfermeiros

Sempre considerei que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), no cargo há estonteantes 24 anos, faz o marketing do bobalhão. Ninguém sobreviveria por tanto tempo na vida pública sendo tão sonso, tão bocó, tão zé-mané. Então, a melhor coisa que tenho a dizer sobre ele é isto: essa estupidez sempre foi falsa. Isso sempre lhe conferiu um certo ar de inocência que o tornava também politicamente inimputável. Entendo. As pessoas olham pra ele e pensam: “É, ninguém seria louco de fazer uma maracutaia com Suplicy”. Sabedor disso, ele usa a “honestidade” como seu único ativo eleitoral. Ou por outra: o que é uma obrigação de todos nós se transforma, na sua propaganda, num diferencial.
Ocorre que o substantivo “honestidade” pode abrigar qualificativos, não é? Digamos que ele realmente nunca tenha enfiado a mão no bolso de ninguém — até porque sempre foi um homem rico, e daí deriva parte do seu suposto charme… Mas pergunto: e intelectualmente honesto, ele é? Quando resolveu se perfilar com alguns facínoras, como Cesare Basttisti e um grupo de sequestradores, cabia-lhe, ainda assim, o distintivo de “honesto”? Sigamos.
Nunca caí, pois, nessa conversa mole de que ele é uma espécie de maluco-beleza de terno e gravata. Depois de tomar conhecimento do vídeo abaixo, no entanto, confesso que já não tenho tanta certeza de sua sanidade mental. Parece que a possibilidade de ser demitido do Senado pelo povo, depois de 24 anos, o tirou mesmo do eixo. O ainda senador por São Paulo, acreditem, defendeu em entrevista à jornalista Maria Lídia que jovens infratores, mesmo os que cometeram crimes hediondos — latrocínio e estupro, por exemplo — cumpram penas alternativas, como “dar aula de português e de alfabetização” e “trabalhar como enfermeiros em hospitais”. Assistam.
Maria Lídia, a gente nota, ainda tenta dar uma ajudazinha, sugerindo, por meio da interrogação, que ele restrinja a proposta apenas àqueles que cometeram infrações leves. Mas Suplicy também pertence àquela escola dos que não se deixam intimidar pelo mundo real. Que nada! Ele quer o benefício para todo mundo. Assim, o “jovem” que, eventualmente, estourou os miolos de um inocente pode, daí a algum tempo, ensinar análise sintática. Assim: “Eu matei um homem”. Sujeito da frase: “eu”; “matei”: verbo transitivo direto; “um homem”: objeto direto…
Chega a ser asqueroso. Na sequência de sua resposta, a gente nota, ele aproveita para voltar a seu samba de uma nota só: a defesa da renda mínima — que ele chama de “renda básica da cidadania”. É aquele exotismo que concederia uma pensão mensal a todos os brasileiros, a quem precisa e a quem não precisa também. Seríamos todos iguais diante da bondade do Estado… Pior: ele relata o dia em que foi falar com jovens infratores, aos quais teria dito: “Eu tenho a convicção de que, se houvesse a renda básica de cidadania para vocês e todos os de sua família, vocês não teriam cometido os delitos que os fazem estar aqui presos”. No fim, parece, eles cantaram juntos.
Suplicy, como a gente nota, acha que é a pobreza que leva as pessoas a cometer crimes. Dito de outro modo: Suplicy acha que os pobres estão mais sujeitos a delinquir, o que é de um preconceito escandaloso.
Para encerrar: certamente não foi a miséria que levou à cadeia a cúpula do seu partido, não é mesmo, senador? No máximo, trata-se de um caso de miséria moral.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ele-nao-estava-brincando-nao-suplicy-quer-que-os-jovens-que-cometeram-crimes-hediondos-deem-aulas-de-portugues-e-alfabetizacao-e-trabalhem-como-enfermeiros/

Mais perdida do que cego em tiroteio.., A "presidenta competenta" e sua proposta de “diálogo” com os terroristas decapitadores.

A postura de Dilma diante do terror bárbaro do chamado “Estado Islâmico” é uma vergonha para os brasileiros de bem

(Foto: Ballesteros/EFE)
Dilma na ONU: “dialogar” com monstros que estupram, decapitam, escravizam pessoas? Quem se habilita? (Foto: Ballesteros/EFE)
Como brasileiro, estou coberto de vergonha, uma vez mais, por outra iniciativa da política externa do lulopetismo que contraria os cidadãos de bem. Já mencionei o assunto antes, mas não basta — preciso continuar batendo na tecla de que é espantosa e inacreditável a posição expressa pela presidente Dilma Rousseff ante a reação dos principais países do Ocidente de atacar os terroristas sanguinários e decapitadores do chamado “Estado Islâmico” nas áreas do Iraque e da Síria que esses bandidos assassinos têm sob seu controle.
Em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, como se sabe, a presidente “lamentou profundamente” a iniciativa dos Estados Unidos e uma penca de aliados de bombardear instalações, equipamentos e agrupamentos de militantes da organização de assassinos. Ontem, ela levou ao plenário da Assembleia Geral — cuja sessão anual é tradicionalmente aberta pelo Brasil — sua opinião, especialíssima, de que “o uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos”. Não mencionou os decapitadores hediondos, mas é claro, é óbvio que os tinha em mente.
Será que ela acha que Hitler poderia ser contido de outra forma, que não pela força — para ficar apenas em um exemplo?
Santo Deus, o que é que ela, do alto de sua sapiência notória, acha que pode deter esses criminosos que pregam a morte de ocidentais e a aniquilação da civilização tal como a conhecemos, que espalham o terror e a morte nas áreas que ocupam, que submetem meninas a estupros punitivos a menos que se convertam à sua versão delirante do Islã, que vendem como gado as jovens convertidas a seus “soldados”, que degolam até crianças de famílias que julgam “infiéis”?
De criminosos insanos que já provocaram a fuga de 1,5 milhão de pessoas e executando, extorquindo ou escravizando as que ficaram para trás?
Dilma propôs, na catastrófica entrevista que concedeu antes de falar ao plenário da ONU, que a “melhor forma” de enfrentar esse terror medieval seria “o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU”.
Diálogo? Acordo? Com criminosos fanáticos que, diante das câmeras e com divulgação para todo o planeta, vêm degolando a sangue frio pessoas inteiramente alheia a qualquer conflito — dois jornalistas, um voluntário que fazia trabalho humanitário, um turista pai de família?
Diálogo? Será que ela se habilita?
Quem disse tudo, em uma frase, foi o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama:
– A única linguagem entendida por esses assassinos é a força.
É claro, é óbvio que a presidente quis aplicar uma canelada a mais nos Estados Unidos.
(Foto: Reprodução/YouTube)
O jornalista norte-americano James Foley, o primeiro a ser decapitado, com uma faca, em vídeo que os monstros criminosos postaram na internet (Foto: Reprodução YouTube)
E justamente no dia em que o Conselho de Segurança da ONU, por iniciativa de Washington, e por unanimidade — o que incluiu até a Rússia, que é contrária aos bombardeios ao território de sua aliada Síria –, aprovou uma resolução que obriga os Estados-membros da organização a garantir, em suas legislações internas, que seja considerada crime a associação de seus cidadãos a grupos terroristas internacionais, inclusive para aqueles que viajem a outros países com o propósito de “cometer, planejar, preparar ou participar de atos terroristas” ou ainda “oferecer ou receber treinamento terrorista”.
É evidente que, pelo antiamericanismo primitivo, há quem apoie essa pouca vergonha de nossa política externa — como vêm sendo outras atitudes do lulopetismo, tais quais a intimidade indecorosa com a ditadura de Cuba, o passar a mão na cabeça da Venezuela, o tapete vermelho estendido ao regime pária do Irã, a cumplicidade com o tirano russo Vladimir Putin, as sucessivas omissões, desde o lulalato, diante de decisões da ONU contra países violadores de direitos humanos –m e por aí vai.
Há quem apoie, até quem ostenta reputação de “maturidade” e “sensatez”, coisas que nem sempre a idade traz. O colunista pró-PT e pró-Dilma Janio de Freitas, da Folha de S. Paulo, por exemplo, acha (e escreveu) que as falas de Dilma contra os ataques dos EUA e aliados aos ninhos terroristas é “a política externa de afirmação da soberania brasileira”.
Tem gosto para tudo. Quando até a pacífica, idílica Holanda manda caças de sua Real Força Aérea investir contra os meliantes, quando o presidente socialista francês François Hollande garante que a gloriosa França “vai continuar a combater terroristas em todo lugar” e que “as operações contra o Estado Islâmico vão continuar”, há quem ache uma maravilha termos uma presidente pusilânime e frouxa, que transige e desconversa, que faz demagogia e jogo de cena diante da maior ameaça existente, hoje, à segurança mundial: o terror islâmico.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O autorretrato de Dilma.

O autorretrato de Dilma. Ou: “Assim não dá para ser presidente da República”

Leiam editorial do Estadão desta quarta. Irretocável!
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Por ter chorado numa entrevista ao dizer que fora “injustiçada” pelo ex-presidente Lula, a candidata Marina Silva foi alvo de impiedosos comentários de sua rival Dilma Rousseff. “Um presidente da República sofre pressão 24 horas por dia”, argumentou a petista. “Se a pessoa não quer ser pressionada, não quer ser criticada, não quer que falem dela, não dá para ser presidente da República.” E, como se ainda pudesse haver dúvida sobre a sua opinião, soltou a bordoada final: “A gente tem que aguentar a barra”. Passados apenas oito dias dessa suposta lição de moral destinada a marcar a adversária perante o eleitorado como incapaz de segurar o rojão do governo do País, Dilma acabou provando do próprio veneno.
Habituada, da cadeira presidencial, a falar o que quiser, quando quiser e para quem quiser – e a cortar rudemente a palavra do infeliz do assessor que tenha cometido a temeridade de contrariá-la -, a autoritária candidata à reeleição foi incapaz de aguentar a barra de uma entrevista de meia hora a três jornalistas da Rede Globo, no “Bom dia, Brasil”. A sabatina foi gravada domingo no Palácio da Alvorada e levada ao ar, na íntegra, na edição da manhã seguinte do noticioso. Os entrevistadores capricharam na contundência das perguntas e na frequência com que aparteavam as respostas. Se foram, ou não, além do chamamento jornalístico do dever, cabe aos telespectadores julgar.
Já a conduta da presidente sob estresse, em um foro público, por não ditar as regras do jogo nem, portanto, dar as cartas como de costume entre as quatro paredes de seu gabinete, é matéria de interesse legítimo da sociedade. Fornece elementos novos, a menos de duas semanas das eleições, sobre o que poderiam representar para o Brasil mais quatro anos da “gerentona” quando desprovida do conforto dos efeitos especiais que lustram a sua figura no horário de propaganda e, eventualmente, do temor servil que infundiu aos seus no desastroso primeiro mandato. Isso porque os reverentes de hoje sabem que não haverá Dilma 3.0 em 2018 nem ela será alguém na ordem das coisas a partir de então.
A presidente, que tão fielmente se autorretratou no Bom Dia, Brasil é, em essência, assim: não podendo destratar os interlocutores, maltrata os fatos; contestadas as suas versões com dados objetivos e ao alcance de todos quantos por eles se interessem, se faz de vítima como a Marina Silva a quem, por isso, desdenhou. Cobrada por não responder a uma pergunta, retruca estar “fazendo a premissa para chegar na conclusão (sic)”, ensejando a réplica de ficar na premissa “muito tempo”. É da natureza dessas situações com hora marcada que o entrevistado procure alongar-se nas respostas para reduzir a chance de ser atingido por novas perguntas embaraçosas. Some-se a isso o apreço da presidente pelo som da própria voz – e já estaria armado o cenário de confronto entre quem quer saber e quem quer esconder.
Mas o que ateou fogo ao embate foram menos as falsidades assacadas por Dilma do que a compulsiva insistência da candidata, já à beira de um ataque de nervos, em apresentá-las como cristalinas verdades. Quando repete que não tinha a mais remota ideia da corrupção em escala industrial na diretoria de abastecimento da Petrobrás ocupada por Paulo Roberto Costa de 2004 (quando ela chefiava o Conselho de Administração da estatal) a 2012 (quando ocupava havia mais de um ano o Planalto), não há, por ora, como desmascarar a incrível alegação. Mas quando ela afirma e reafirma – no mais desmoralizante de seus vexames – que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) não mede desemprego, mas taxa de ocupação, e não poderia, portanto, ter apurado que 13,7% dos brasileiros de 18 a 24 anos estão sem trabalho, é o fim da linha.
Depois da entrevista, o programa fez questão de convalidar os números da jornalista que a contestava. De duas, uma, afinal: ou Dilma, a economista e detalhista, desconhece o que o IBGE pesquisa numa área de gritante interesse para o governo – o que simplesmente não é crível – ou quis jogar areia na verdade, atolando de vez no fiasco. De todo modo, é de dizer dela o que ela disse de Marina: assim “não dá para ser presidente da República”.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-autorretrato-de-dilma-ou-assim-nao-da-para-ser-presidente-da-republica/

Família Schurmann - Expedição Oriente

UMA PAUSA EM ASSUNTOS ÁRIDOS: A Expedição Oriente, terceira volta ao mundo da família Schurmann em veleiro, partiu neste domingo de Itajaí (SC); a volta, só daqui a mais de dois anos

O veleiro Kat, ancorado em Itajaí, será o lar da família Schurmann pelos próximos dois anos (Foto: Tamara Fisch)
O veleiro “Kat”, ancorado em Itajaí (SC), será o lar da família Schurmann pelos próximos dois anos
Por Tamara Fisch
Em 1984, Vilfredo e Heloísa Schurmann decidiram abandonar a vida em terra firme e fazer do mar sua nova casa. Ele trabalhava como consultor financeiro para grandes empresas, e ela era professora de inglês. O casal partiu para a sua primeira volta ao mundo, numa expedição que durou dez anos, com seus três filhos, Pierre, então com 15 anos, David, de 10, e Wilhelm, de 7. Os Schurmann tornaram-se então a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro.
Para ajudar a financiar a viagem, a família costumava oferecer passeios turísticos pelos lugares por onde passava.
Foi algo surpreendente para o Brasil. O casal criou seus filhos a bordo doAysso, um veleiro de 55 pés (17 metros), que completou com os Schurmann duas voltas ao mundo. As crianças estudavam por correspondência enquanto percorriam uma rota de 120 mil quilômetros com os pais. Antes do final da expedição, Pierre desembarcou nos Estados Unidos para estudar e formou-se em administração, para depois trabalhar como corretor na empresa de investimentos Smith Barney. Seu irmão, David, ficou na Nova Zelândia para estudar cinema. Apenas Wilhelm passou os dez anos a bordo, e acabou se tornando campeão de windsurfe após a expedição.
Para a segunda volta ao mundo, em 1997, os Schurmann já garantiram fontes de renda mais estáveis. Foram feitos acordos com patrocinadores e criados empreendimentos familiares, como palestras e workshops, além de empresas como a Schurmann Produções Cinematográficas (responsável por projetos como o longa O Mundo em Duas Voltas, que conta a história de uma das expedições da família) e o Instituto Kat Schurmann, que mantém projetos educacionais. O casal também conta com a renda de quatro livros escritos e publicados por Heloísa. O que era apenas aventura profissionalizou-se.
Ao todo, foram quatro expedições completadas pela família. Após a primeira volta ao mundo, foi feita uma reconstituição da rota do navegador português Fernão de Magalhães, viagem que chamaram de Magalhães Global Adventure, na qual navegaram o globo pela segunda vez. Depois disso, quando foram completados 20 anos da partida da primeira expedição, a família decidiu comemorar velejando pela costa brasileira durante oito meses. Por fim, os Schurmann passaram dois anos explorando a costa catarinense em busca de onze submarinos nazistas afundados durante a II Guerra Mundial e nunca encontrados — até que descobriram o U-513, conhecido como Lobo Solitário, a única das embarcações localizada até hoje.
Agora, com os filhos adultos e um novo veleiro, os Schurmann iniciam uma nova empreitada: a Expedição Oriente. Baseando-se em uma teoria do ex-comandante submarinista inglês Gavin Menzies, que acredita que, na realidade, foram os chineses os primeiros a dar a volta ao mundo, e não os espanhóis e ingleses – tendo, inclusive, descoberto a América e a Austrália anos antes do que seria registrado por Cristóvão Colombo e James Cook –, a família Schurmann percorrerá parte das rotas chinesas para de alguma forma tentar reescrever a história.
Assessorados à distância por Menzies, os Schurmann buscarão provas da passagem dos exploradores chineses pelos locais visitados.
Perspectiva: o Aysso, que abrigou os Schurmann nas duas primeiras voltas ao mundo, cabe dentro do Kat -- e sobra espaço (Foto: Tamara Fisch)
Perspectiva: o “Aysso”, que abrigou os Schurmann nas duas primeiras voltas ao mundo, cabe dentro do “Kat” — e ainda sobra espaço
A Expedição Oriente saiu de Itajaí (SC) neste domingo (21), e tem retorno previsto para o dia 22 de dezembro de 2016. Até lá, serão percorridas mais de 30 mil milhas (quase 50 mil quilômetros) no caminho que passará por 50 portos em 29 países. Desta vez, não vão todos os filhos — apenas Wilhelm estará presente durante todo o período –, mas a grande novidade é que um membro da terceira geração dos Schurmann fará a jornada: Emmanuel, filho mais velho de Pierre, se juntará ao tio e aos avós na Antártica, por onde a família vai passar pela primeira vez, e terminará a expedição com eles. David, o filho do meio, coordenará a equipe de terra da expedição, e Pierre continuará tocando projetos pessoais, como a empresa Bossa Nova Investimentos.
Especialmente para esta viagem, a família construiu um novo veleiro, oKat, cujo nome é uma homenagem à filha adotiva dos Schurmann, falecida em 2006, aos 13 anos. O Kat tem 80 pés (quase 25 metros), pesa 67 toneladas e comporta até catorze tripulantes em suas sete cabines. É o primeiro veleiro construído pela família, e também o mais tecnológico já utilizado por eles em uma expedição.
A construção do veleiro levou mais de dois anos. A ideia era que o lar marítimo dos Schurmann fosse inovador, eficiente e sustentável. Para isso, foram acrescentados ao barco vários itens inéditos. Há um sistema de geração de energia limpa, composto por turbinas eólicas, painéis solares, hidrogeradores e bicicletas ergométricas, que geram energia enquanto a tripulação se exercita.
Estima-se que 40% da energia utilizada pelo Kat possam ser produzidos por esses meios, minimizando o consumo de diesel. Todas as necessidades domésticas de energia serão supridas com fontes limpas, e o restante será alimentado por dois geradores com baixo consumo de combustível.
Além disso, o veleiro tem diversos equipamentos para evitar poluição. O lixo orgânico, por exemplo, é colocado em uma composteira para a geração de adubo para a horta que a família mantém a bordo; há, também, um sistema de tratamento das águas utilizadas no barco, que são descartadas com níveis de limpeza dentro dos limites internacionais.
A sustentabilidade é uma das principais características do veleiro Kat. Na foto, a composteira que recicla o lixo orgânico do barco (Foto: Tamara Fisch)
A sustentabilidade é uma das principais características do veleiro “Kat”. “Na” foto, a composteira que recicla o lixo orgânico do barco, que é transformado em adubo para a horta cultivada no barco
As outras marcas registradas do Kat são tão impressionantes quanto a sustentabilidade. No quesito eficiência, basta dizer que o plano é percorrer entre 180 e 200 milhas por dia (mais de 320 quilômetros). Além disso, a inovação está presente a todo momento: com transmissão de 600kbp/s, os Schurmann podem enviar dados, fotos e vídeos para atualizar o público sobre o andamento da viagem. O site da expedição, traduzido para quatro idiomas além do português, terá imagens novas a cada cinco minutos – há tripulantes especificamente para registrar o dia a dia e as possíveis descobertas.
Pode parecer uma viagem de férias, mas a família Schurmann garante que não é para qualquer um. A todo momento há um grupo de pessoas trabalhando – normalmente, as equipes são divididas em turnos de três horas. Cada tripulante tem sua função claramente definida, ou seja, não há folga, apenas um compromisso de dedicar os próximos dois anos de suas vidas à expedição.
O planejamento da Expedição Oriente foi extremamente trabalhoso. Os locais por onde passarão, o tempo de permanência em cada porto, a logística de tudo… Sem contar os novos desafios: em alguns canais da China, foi necessário checar se havia pontes pelas quais o Kat não conseguiria passar (o mastro mais alto do veleiro tem a altura de um prédio de quatro andares). Antes da partida, foi necessário listar todos os vistos e autorizações para entrar e navegar no território de todos os países que serão visitados e os procedimentos necessários para consegui-los. Meticulosidade foi um pré-requisito.
Ao zarpar de Itajaí (SC), os Schurmann se despedem de milhares de pessoas que acompanharam a preparação para a Expedição Oriente (Foto: Tamara Fisch)
Ao zarpar de Itajaí (SC), os Schurmann se despedem de milhares de pessoas que acompanharam a preparação para a Expedição Oriente
Itajaí, por ser uma cidade pequena (cerca de 200 mil habitantes e menos de 300 quilômetros quadrados), foi muito movimentada pela família Schurmann tê-la escolhido como sede para sua empresa. A comoção foi grande na hora da partida, com milhares de pessoas assistindo do porto e acenando carinhosamente aos doze tripulantes que zarparam no domingo. Pode-se esperar que o mesmo aconteça quando o Kat retornar, daqui a 27 meses.
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/uma-pausa-em-assuntos-aridos-a-expedicao-oriente-terceira-volta-ao-mundo-da-familia-schurmann-em-veleiro-partiu-neste-domingo-de-itajai-sc-a-volta-so-daqui-a-mais-de-dois-anos/

Sentimentos antagônicos

aécio
Aécio: esperança nas delações
O centro nervoso da eleição presidencial voltou a ser a delação premiada. Ou melhor, as delações premiadas – a de Paulo Roberto Costa e a do doleiro Alberto Yousef. O depoimento de Paulo Roberto já acabou; o de Youssef vai começar em muito breve.
Na campanha de Dilma Rousseff o medo dobrou de intensidade. Antes, temia-se o vazamento de uma bomba atômica disparada por Paulo Roberto. Agora, o PT tem que se preocupar também com o doleiro preferido por nove entre dez políticos e empreiteiras que tratavam com a Petrobras.
Os petistas avaliam, não sem razão, que sem fatos novos Dilma tem boas chances de vitória no segundo turno. Mas um petardo saído da delação premiada tem o poder de estragar a festa.
Na campanha de Aécio Neves, a delação também é uma esperança. Avalia-se ali que os tiros de Paulo Roberto e Yousseff poderiam atingir Eduardo Campos e, por tabela, respingar em Marina.
No final das contas, tem-se pela frente são dez dias até o primeiro turno e um mês até o segundo turno. Até lá, é bom olhar para o céu para ver se vem bomba.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/eleicoes-2014/as-delacoes-premiadas-o-medo-do-pt-e-a-esperanca-de-aecio/

Impávido Colosso

Desafio: encontre o país que tem o governo com a pior política econômica

há 1 semana17/9/2014 14:22
Quando comparado economicamente com os países que formam a Aliança do Pacífico, o Brasil passa vergonha. O grupo comercial é composto por México, Peru, Chile e Colômbia, com a Costa Rica, já admitida, esperando a entrada em vigor dos tratados de livre comércio para se tornar um membro oficial. Os cinco países batem o Brasil em três importantes índices: crescimento do PIB em relação a 2013, inflação e taxa de juros.  O que ratifica que a política econômica do governo brasileiro é um desastre.
Enquanto na Aliança do Pacífico prevalece a política do livre mercado e da competitividade, os membros do Mercosul, do qual o Brasil faz parte, se apoiam no estatismo e estão ficando cada vez mais atrasados.
Fonte: Trading Economics