sexta-feira, 31 de julho de 2009

Esperteza idiota


A esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono

31 de julho de 2009
Augusto Nunes

Lula em 17 de junho: “Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum. O que ganharia o Senado em ter uma contratação secreta se tem mais de 5 mil funcionários transitando por aqueles corredores? Por que haveria de ter alguém secreto? O que não se pode é todo dia mudar um vírgula e repetir a mesma matéria. O resultado da política de denuncismo não é bom. A imprensa corre o risco porque ela também tem de ter a certeza de que não pode ser desacreditada”.

Lula em 23 de julho: “Sarney foi eleito, os senadores elegeram ele. O que não pode é em um país que tem coisas importantes para fazer a gente ficar um mês inteiro tratando de coisas menores”.

Lula em 25 de julho: “Não se pode vender tudo como se fosse um crime de morte. Uma coisa é matar, outra é roubar, outra é pedir emprego, outra coisa é relação de influência, outra é lobby”.

Lula em 30 de julho: “Sarney não é problema meu”.

Quando compreendia que se equivocara, Juscelino Kubitschek justificava a mudança de opinião com a mesma frase: “Não tenho compromisso com o erro”. Quando percebe que pegou a trilha que leva ao penhasco, Lula debita a abrupta mudança de rota na conta da metamorfose ambulante. Nunca teve compromisso com a própria palavra. “Deus me poupou do sentimento do medo”, gostava de dizer JK. Lula foi poupado de sentir vergonha. Quem cultiva valores morais tem de enfrentar a própria consciência, todas as noites, durante os 10 minutos que precedem o sono ou anunciam que não virá tão cedo. Lula não sabe o que é isso.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

VOCÊ APRENDE - Willian Shakespeare

“… Depois de um tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.

Começa aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar por muito tempo exposto a ele, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam…

Aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa aprender a perdoá-la.

Aprende que as pessoas que mais te amam, são justamente aquelas pessoas que recebem o seu desprezo.

E descobre que existem pessoas tão fúteis, que são capazes de trocar uma vida inteira de amor e carinho, por um curto período de prazeres e farras.

Aprende como a vida é engraçada e como sonhos são tão facilmente destruídos. E, em algum momento pensamos no amor… E isso se torna engraçado… É engraçado… Às vezes a gente sente, fica pensando que está sendo amado, e está amando, e pensa que encontrou tudo aquilo que a vida podia oferecer, e em cima disso a gente constrói nossos sonhos, nossos castelos, e cria um mundo de ilusão onde tudo é belo… Até que a pessoa que a gente ama vacila, e põe tudo a perder, e põe tudo a perder…

Aprendemos que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se levam anos para construir confiança, e apenas segundos para destruí-la, e que você poderá fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que Deus nos permitiu escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que eles mudam, percebe que você e seus amigos podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Basta você querer.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que a vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós; Mas nós somos responsáveis
por nós mesmos? Começa a aprender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se conquistar a pessoa que se ama, e que o tempo é curto.
Aprende que ou você controla seus atos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoa que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que a paciência requer muita pratica.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas, do que o número de aniversários você celebrou.

Aprende que há mais de seus pais em você do que você imagina.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes… e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se esta com raiva se têm o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não te ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que perdoar a você mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que você julga você será em algum momento julgado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não volta para trás, portanto plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar; que a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

Willian Shakespeare


segunda-feira, 27 de julho de 2009

27/07/2009 - 08:12

O Retrato do Poder

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Texto de: O Vampiro de Curitiba

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DESVENDADO O SEGREDO DO SUCESSO DO PRESIDENTE LULA

(Lula 2002)


"Havia covis de ópio, onde se podia comprar o esquecimento, onde a memória de pecados antigos podia ser destruída pela loucura dos pecados novos".

(O Retrato de Dorian Gray, Orcar Wilde)

Existe alguma outra frase que possa expressar com tamanha clareza a natureza do nosso sistema político? Desse covil que ainda tem o poder de nos surpreender, de nos indignar? José Sarney, presidente do Senado, tenta nos fazer esquecer seus antigos pecados utilizando-se, para isso, e a cada dia, pecados novos. Quando estamos nos esquecendo das proezas de algum de seus filhos, aparece sua neta para nos lembrar que ainda estamos muito distantes da idéia de sermos um país sério.

O país acostumou-se a viver num eterno escândalo. Políticos são vistos pela sociedade como seres desprezíveis, desnecessários mesmo. Todos eles. De qualquer partido. Menos um! Sim, um deles resiste bravamente. Justamente o principal político do Brasil: seu presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Lula será analisado pela História como o político que mais traiu seus eleitores, mais frustrou as esperanças de seu povo. No entanto, no presente, sai imune a todos estes escândalos e alcança altos índices de aprovação. Qual seu segredo?


"- Como é triste! - Murmurou Dorian Gray, com os olhos fixos no seu retrato. - Ficarei velho e horrível, mas o quadro permanecerá sempre jovem. Estará sempre como neste dia de junho... se houvesse um modo! Se fosse eu que ficasse sempre jovem e o quadro envelhecesse! - Por isso - por isso - eu daria tudo! Sim, não há nada neste mundo que eu não desse! Daria minha alma por isso!"

(O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde)

Da mesma maneira com que Basil Hallward pintou o retrato de Dorian Gray, no romance de Oscar Wilde, Lula foi pintado pela Imprensa, na realidade brasileira. Lula e seu PT surgiram como o novo, os donos absolutos da verdade, da ética, da pureza. Ele estava acima de qualquer análise, de qualquer crítica. Não era como um de nós, que trazemos em nosso interior tanto o Céu como o Inferno. Lula era o oprimido que assumiria o poder e transformaria a política nacional. Como faria isso? Não importava. Ele representava a beleza do sonho em que o operário chega ao poder. E, como sabemos, a beleza não necessita de explicações.

Como Dorian Gray percebeu que seus excessos e seus vícios não afetavam sua aparência - pois se mantinha sempre belo, enquanto era seu retrato que adquiria as imperfeições resultantes de noites sem dormir, de bebedeiras, de toda sorte de perversões – seguiu sua vida certo de que assim seria eternamente. O mesmo ocorre com Lula: como todos os escândalos de corrupção, de “mensalão”, de caixa-dois que marcaram seu governo não afetavam sua popularidade, Lula sentiu-se livre para todo tipo de “acordo” com todo e qualquer tipo de gente. Hoje vemos nosso operário-presidente abraçado hora com Ahmadinejad, hora com Collor, hora com Sarney, com Renan Calheiros…

Não há limites para Lula, como não houve para Dorian Gray. O retrato para Dorian, assim como a Imprensa para Lula, impede que a cada pecado cometido haja em seguida o respectivo castigo. E no castigo há a purificação. Como não há castigo, Lula segue em sua trajetória de autodestruição.

Mas, então, qual a verdadeira face de Lula? Quem representa a imagem do retrato que envelhece e se deteriora?


"Os feios e estúpidos levam a melhor neste mundo. Podem sentar-se à vontade e assistir boquiaberto o espetáculo. Se não conhecem nada da vitória, pelo menos são poupados do conhecimento da derrota."

(O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde)

Enquanto oposição, os feios e estúpidos do PT eram imbatíveis. Não queriam nem saber. Na dúvida, detonavam qualquer figura política que não lhes fosse simpática. E hoje, no governo, o que faz o PT?

É o Partido dos Trabalhadores quem sofre os desgastes das depravações ideológicas de Lula. Na verdade, Lula já destruiu o PT. Olhem nas fisionomias do Mercadante, do Suplicy, daqueles que abandonaram o partido fundando o PSOL ou seguindo para o PSTU. São seres apáticos, envergonhados, constrangidos. Olhem a UNE, transformada em chapa-branca. Olhem os sindicatos, hoje bajuladores e dependentes do governo. Lula não acabou apenas com o PT, acabou com toda a esquerda, de maneira geral.

Pois é! Assim como um artista, a Imprensa tem o poder de fabricar seus ídolos. Criaram um Lula acima do Bem e do Mal. Lula tem hoje o poder de salvar ou destruir a reputação de quem quer que seja. No passado destruiu a reputação de muitos. No presente salva políticos que mereceriam estar nas páginas policiais, não nas de Política. Mas será que salva mesmo? Será que Sarney, por exemplo, está sendo salvo? Ou Sarney terá o mesmo destino do PT?

O Partido dos Trabalhadores é o verdadeiro retrato do Lula. O PT ficou a cara do Sarney! E o Brasil ficou a cara do Maranhão!

E a imprensa?

Basil Hallward, apesar de considerar o retrato de Dorian Gray sua mais bela obra, nunca o expôs. Dizia que o retrato tinha muito de si mesmo. Lula, esse semideus criado pela Imprensa, também tem muito dela. Cuidado, B(r)asil! Dorian vai lhe enfiar uma faca na cabeça!

(Lula 2009)

sábado, 25 de julho de 2009

Claro que o Estadão se esqueceu de dizer no editorial que a fonte dos diálogos divulgados são gravações que estavam sob a guarda de segredo de Justiça, o que fere não apenas a lei, como também os direitos individuais das pessoas arroladas no processo, incluindo o coronel Ribamar. Ainda uma vez a Polícia Federal foi usada como gerdame do partido governante, uma prática muito perigosa para as instituições democráticas.

O editorial de hoje do Estadão (Linhas ocupadas) é um exemplo de como é possível transformar uma opinião verdadeira em uma peça de propaganda suja, que serve para desinformar o público leitor e para mobilizá-lo contra os inimigos políticos do petismo. Uma opinião verdadeira pode esconder uma grande mentira dentro da argumentação erística. Ninguém haverá de discordar quando o editorialista escreveu: "É material didático de primeira ordem para um curso introdutório de ciência política, quando se trata de explicar o conceito de patrimonialismo - a apropriação dos bens públicos por grupos enquistados em instâncias dos poderes de Estado -, descrever como o esquema funciona numa situação concreta e analisar a mentalidade dos envolvidos. O material são transcrições de telefonemas interceptados pela Polícia Federal, com autorização judicial, no curso da Operação Barrica. A investigação, por sinal, levou ao indiciamento, por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha, do primogênito do presidente do Senado, o empresário Fernando Sarney, que cuida dos negócios da família no setor de comunicação. A nora do senador, Teresa Murad, e outros oito suspeitos também foram indiciados".

O ponto é que ninguém informado na opinião pública ignorará que as coisas, de fato, em nossa política, se passam assim. O que o Estadão quer é aquilo que os corifeus do PT querem: que Sarney se desincumba da Presidência do Senado, pois lá ele está atrapalhando os projetos estratégicos do partido governante, a começar pela definição da equação sucessória, seja qual for o desejo real de Lula e do PT. Até agora ninguém, nem mesmo o Estadão, pediu a renúncia ao mandato ou a cassação. O foco é tirar Sarney do posto onde ele atrapalha. O Estadão não quer, e nunca quis, servir de pedagogo para que boas práticas políticas prevaleçam.

O jornal paulista usa duplamente da má fé. Primeiro, por esconder, por detrás do farisaísmo moralista, o moto real de sua campanha, que é tirar o velho coronel Ribamar do Maranhão de onde ele está. Segundo, por não revelar que o atual partido governante é ainda pior do que Sarney e toda a malta patrimonialista que tem governado este país. Os patrimonialistas sempre quiseram "se arrumar", para usar a consagrada expressão cunhada pelo genial Chico Anísio. Os petistas querem muito mais, querem se perpetuar no poder à moda de Chávez, querem colocar o Brasil integralmente na agenda globalista da esquerda internacional.

Claro que o Estadão se esqueceu de dizer no editorial que a fonte dos diálogos divulgados são gravações que estavam sob a guarda de segredo de Justiça, o que fere não apenas a lei, como também os direitos individuais das pessoas arroladas no processo, incluindo o coronel Ribamar. Ainda uma vez a Polícia Federal foi usada como gerdame do partido governante, uma prática muito perigosa para as instituições democráticas.

Se o patrimonialismo é uma prática política deletéria, mais é ainda aquela que o partido governante tem feito e que não levanta suspeita alguma do editorialista, até porque tudo leva a crer que o jornal está mancomunado com seus interesses inconfessos dessa gente. Malhar o velho Sarney ficou muito fácil, sobretudo depois de ter sua privacidade telefônica, uma conversa com a própria neta, gravada. O golpe foi mortal. Não sei se mesmo Sarney agüentará a pressão que o fato está colocando na opinião pública.

Pelo andar da carruagem, a tática usada pelo velho Ribamar, de tentar administrar nos bastidores, não está funcionando, pois o inimigo é de outro calibre, tem outro ímpeto. Revolucionários sabem muito bem o que querem e não medem os meios para alcançar os objetivos. Sarney terá que ir para o revide, se quiser sobreviver não apenas no cargo, como também na vida política. Lula não é FHC e o PT não é o PSDB. É ver o que está sendo feito na Venezuela e em Honduras e em toda parte que gente da laia petista chegou ao poder. Nunca se esqueça, caro leitor, que apenas uns poucos votos no Senado, entre eles o de José Sarney, separam o PT do seu projeto político continuísta, em rumo do poder total. Eu realmente espero que Sarney não seja derrotado desta vez. É o melhor para o Brasil


A soma que jamais deu certo

24 de julho de 2009
Augusto Nunes

A UNE, fábrica de carteirinhas que dão direito à meia-entrada, é monitorada por militantes do Partido Comunista do Brasil, que prega a instauração da ditadura do proletariado. Nesse regime de partido único, não há eleições livres e oposicionistas se reúnem só na cadeia. ”Em nome da democracia”, que sempre menosprezou por ser coisa de burguês, a UNE exige a volta de Manuel Zelaya à presidência de Honduras.

O MST faz de conta que luta pela reforma agrária para declarar guerra ao sistema capitalista. Quem deseja a morte do capitalismo só pode sonhar com a ressurreição do comunismo, que sobrevive na semiclandestinidade com o codinome “socialismo revolucionário”. O MST acha que o direito de propriedade é um odioso privilégio das elites dominantes, que o convívio dos contrários é conversa fiada de neoliberal e que quem não pensa assim merece a guilhotina. “Em nome da liberdade” que sempre menosprezou por ser coisa de reacionário, a sigla fora-da-lei exige a volta de Zelaya ao emprego que perdeu.

O PT está sob o controle de remanescentes dos grupos extremistas que embarcaram na luta armada contra o regime militar. O cientista político Daniel Aarão Reis, ex-dirigente de uma dessas organizações, analisou todos os documentos produzidos nos anos 60 e 70 pelos prolixos comandantes da guerrilha urbana. São quilômetros de parágrafos. A palavra democracia não aparece uma única vez. Nenhuma. A turma não queria a restauração da democracia. Queria substituir a ditadura militar pela ditadura do proletariado. Hoje no PT, os nostálgicos dos anos de chumbo também exigem a volta de Zelaya. “Em nome da democracia”, claro.

A soma dessas más companhias não permite afirmar que o novo chefe de governo de Honduras é o homem certo. Mas é mais que suficiente para convencer até um bebê de colo de que Manuel Zelaya é o homem errado.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

A revoluçao dos bichos

É vergonhoso o que a UNE anda fazendo.

Perderam completamente a identidade, se é que um dia tiveram.
UNE hoje é "União Nacional dos estúpidos"
Leiam o que escreve o Reinaldo Azevedo...,





A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

terça-feira, 21 de julho de 2009 | 21:11


É evidente que, de volta às suas respectivas casas, os Remelentos e as Mafaldinhas recobram as noções básicas de higiene. Ao menos a maioria. Ou levam umas chineladas no traseiro dos pais. Dizer o quê? Todos sabem que esses “congressos” servem ao, como direi?, desregramento dos sentidos… Os nojentos poderiam, no entanto, cuidar um tanto do espaço público.

O rastro de nojeiras deixado pela UNE faz jus ao processo eleitoral que escolheu o presidente ancião e ao comportamento da entidade, hoje mero apêndice do governo federal — ou isso não é bastante nojento numa organização que tem um caráter essencialmente sindical e que deveria ter, na independência, sua mais evidente e inegociável característica? Se o Brasil escolhesse o seu presidente como a UNE escolhe o dela, ainda estaríamos vivendo a era das eleições indiretas, do colégio eleitoral — com a diferença de que o colégio da ditadura era mais representativo.

A UNE, convenham, na redemocratização, sempre foi irrelevante. Mas agora ela foi da irrelevância para o escárnio. A Petrobras (claro!!!) foi uma das patrocinadoras do congresso. E os valentes fizeram uma marcha em defesa da… Petrobras, contra a CPI e contra as oposições! Puro lixo moral patrocinado.

Esses caras não fizeram cocô só na horta de estudantes carentes, não! Eles também largaram a sua obra mais sobre a história do movimento estudantil.

Mas vá lá… Ao menos não o fazem de graça. Desde 2004, Lula já lhes deu R$ 10 milhões. Podem defecar à vontade.

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Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 21 de julho de 2009



O lobisomem

"A vida com moela é..."
(escreve Lenson Ridrogues)

Barão de Itararé

O PAVOR DO MENINO


O menino era taludo mas meio bocó. De maneira que o pai não estranhou quando, muito afobado, o garoto, com voz tremula, lhe disse:

— Papai! Papai! Foi bom teres chegado agora! Estou morto de medo! Lá em cima, no quarto, tem um lobisomem!

— Não seja bobo, menino! Que tolice é essa? Então você não sabe que lobisomem não existe? Lobisomem é só conversa fiada!

— Não é papai! Quando tu bateste a campainha, ele saiu correndo e se meteu dentro do guarda-roupa. A mamãe ficou assustada e se fechou dentro do banheiro!


TREMENDA SURPRESA


0 chefe da família, homem resoluto e destemeroso, que voltava inesperadamente de uma viagem, decidiu subir as escadas, rapidamente, encontrando a sua alcova em desalinho. Abriu energicamente o guarda-roupa e recebe um impacto de surpresa. Encolhido, imóvel, cosido no fundo do móvel, estava o chefe do seu escritório, muito pálido e com a respiração suspensa:


REVOLTA E DESILUSÃO


— Bonito, seu Antônio! — balbuciou afinal, o dono da casa. E,dando à sua voz uma entonação de profunda, revolta e desilusão, prosseguiu:

— Parece mentira! Custa-me crer no que vejo! Então, o senhor, que veio me bater à porta, morto de fome, sem roupa, sem dinheiro e a quem eu atendi com a melhor boa vontade proporcionando-lhe trabalho honrado, com. um ordenado magnífico, dando-lhe um posto de inteira confiança no meu escritório, justamente no momento em que deveria estar trabalhando; fiscalizando os outros empregados, atento a seus deveres de chefe da firma, o senhor, aproveitando a minha ausência, o senhor vem a minha casa para assustar as crianças e a minha querida esposa? Acha que é correto esse seu procedimento? Vamos! Saia daí e vá cumprir as suas obrigações no escritório, antes que eu me zangue e lhe rebaixe o ordenado!


HUMILHAÇÃO E VERGONHA


O Sr. Antônio saiu muito humilhado do guarda-roupa, baixou a cabeça e retirou-se, profundamente envergonhado de seu mau procedimento.


LIÇÃO DE ALTA MORAL


O dono da casa, com o filho pela mão, vai, em seguida, ao banheiro, bate com força na porta e ordena à sua esposa para que abra ! A senhora transida de pavor, obedece. E, então, o marido tranqüiliza-a, explicando:

— Não sejas tola! Tamanha mulher com medo de lobisomens... Não vês que era "seu" Antônio o chefe do escritório que, em vez de estar trabalhando, veio fazer essa brincadeira besta de vir assustar vocês? Também ele ouviu poucas e boas...


Moral: Em mulher ordinária e porta de lotação só batendo com força.


Como podemos notar, nada escapava à pena do Barão de Itararé. No texto acima, publicado no jornal “A Manha” no primeiro semestre de 1955, ele parodia a coluna de Nelson Rodrigues — “A vida como ela é...”.


Texto extraído do livro “Almanhaque 1955 – 1º Semestre”, edição fac-similar publicada por Studioma/Kraft Comunicação/Letra & Imagem – São Paulo, com a participação da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, 1990, pág. 188.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Esta é a frase da semana

Esta é a frase da semana, absolutamente genial, confiram:

"O pior atentado que se pode cometer contra Lula, além de alvejá-lo com um Mortífero Dicionário, é atirar-lhe uma Carteira de Trabalho".

Esperidião Amim (ex-governador SC)


domingo, 19 de julho de 2009

País nascido por engano

O país nasceu por engano, balançou no berço da safadeza e agora é controlado pela aliança dos amorais

19 de julho de 2009
Augusto Nunes

O Brasil nasceu por engano. Buscavam o caminho das Índias as caravelas que em abril de 1500 perderam o rumo tão espetacularmente que acabariam caindo nos abismos do outro lado do mundo se não tivessem topado com aquela demasia de praias com areias finas e brancas, banhadas por ondas verdes ou azuis, muita mata, muita flor, muito rio, muito peixe, muito bicho de carne tenra, muita fruta sumarenta e, melhor que tudo, muita índia pelada.

O Brasil balançou no berço da safadeza. Souberam disso tarde demais aqueles viventes cor de cobre, sem roupas no corpo nem pelos nas partes pudendas, os homens prontos para trocar preciosidades por quinquilharias, as mulheres prontas para abrir o sorriso e as pernas para qualquer forasteiro, pois os nativos praticavam sem remorso o que só era pecado do outro lado do grande mar, e não poderiam ser tementes a um Deus que desconheciam.

O Brasil nasceu carnavalesco. Nem um Joãosinho Trinta em transe num terreiro de candomblé pensaria em juntar na avenida, como fez o português Henrique Soares, maior autoridade religiosa presente e celebrante da primeira missa naquelas imensidões misteriosas, um padre de batina erguendo o cálice sagrado, navegantes fantasiados de soldados medievais, marinheiros com roupa de domingo, índios com a genitália desnuda que séculos depois seria banida da Sapucaí por bicheiros respeitadores dos bons costumes e a cruz dos cristãos no convívio amistoso com arcos, flechas e bordunas.

O Brasil balançou no berço da maluquice. Marujos ainda mareados pela travessia do Atlântico, ainda atarantados com a visão do paraíso, decidiram que aquilo era uma ilha e deveria chamar-se Ilha de Vera Cruz, e assim a chamaram até perceberem, incontáveis milhas além, que era muito litoral para uma ilha só, e pareceu-lhes sensato rebatizar o colosso ausente de todos os mapas com o nome de Terra de Santa Cruz, porque disso ninguém duvidava: era firme a terra que pisavam.

O Brasil nasceu preguiçoso. Passou a infância e a adolescência na praia, e esperou 200 anos até criar ânimo e coragem para escalar o paredão que separava o mar do Planalto, e esperou mais um século até se aventurar pelos sertões estendidos por trás da floresta virgem, num esforço de tal forma extenuante que ficou estabelecido que, dali por diante, os nativos da terra, os estrangeiros e seus descendentes sempre deixariam para amanhã o que poderiam ter feito ontem.

Tinha de dar no que deu. Coerentemente incoerente, o Brasil parido pelo equívoco hostilizou os civilizadores holandeses para manter-se sob o jugo do império português, o Brasil amalucado teve como primeira e única rainha uma doida de hospício, o Brasil da safadeza acolheu o filho da rainha que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta, o Brasil preguiçoso foi o último a abolir a escravidão, o Brasil sem pressa foi o último a virar República, o Brasil carnavalesco transformou a própria História num tremendo samba do crioulo doido.

O cortejo dos presidentes, ministros, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores aberto em 1889 informa que a troca de regime não mudou a essência da coisa: o Brasil republicano é o Brasil monárquico de terno e gravata, só que mais cafajeste. Muito mais cafajeste, informa a paisagem deste começo de século. Depois de 500 anos, os herdeiros dos traços mais detestáveis do DNA nacional promoveram o grande acerto dos amorais, instalaram-se no coração do poder e vão tornando decididamente intragável a geleia geral brasileira.

Nascido e criado sob o signo da insensatez, o país que teve um imperador com 5 anos de idade que parecia adulto é governado por um presidente que parece moleque. Com um menino sem pai nem mãe no trono, o Brasil não sentiu medo. Com um sessentão no comando, o Brasil que pensa se sente sem pai nem mãe.

Imagem de pureza



















Que coisa linda!
Que futuro tem este país?
Tão rindo do que ou de quem?
Dos idiotas que votaram neles?
Olha a cara dos caga-cheiroso!