quarta-feira, 29 de julho de 2015

“Eu sou só cérebro, o resto é mero apêndice.”

"O mundo está cheio de coisas obvias, que ninguém, em momento algum, observa!""A mediocridade nada enxerga além de...

Posted by Marcos Lourenço Vanz Wanz on Segunda, 2 de julho de 2012

“Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.” ―Voltaire

"Deus me defende dos amigos, que dos inimigos me defendo eu." "Um livro aberto é um cérebro que fala; Fechado, um...

Posted by Marcos Lourenço Vanz Wanz on Terça, 3 de julho de 2012

A meta do Brasil com cérebro é livrar-se da governante que duplica metas inexistentes


Um discurso de Dilma Rousseff só não é pior que o próximo, aqui se constatou no fim de junho, durante a passagem da comitiva presidencial por Nova York. Alguns leitores duvidaram: como poderia superar-se a campeã que conseguira, num único palavrório, enxergar no Petrolão a reedição da Inconfidência Mineira, promover-se a Tiradentes, comparar a Operação Lava Jato a uma gigantesca sessão de tortura e rebaixar a inimigos da pátria os réus que optaram por um acordo com o Ministério Público Federal?
O ceticismo foi destroçado pela saudação à mandioca, que precedeu a comunhão com o milho, à qual sobreveio a descoberta da mulher sapiens. Mais alguns dias e outro delírio em dilmês castiço ensinou que pouquíssimos “processos tecnológicos” foram tão relevantes para a Humanidade quanto a conquista do fogo e a cooperação. Não era pouca coisa para um julho só. Mas não era tudo, demonstrou nesta terça-feira a proeza consumada na festinha de batizado do Programa Pronatec Jovem Aprendiz na Micro e Pequena Empresa.
Dilma descobriu uma fórmula que permite duplicar o nada, resumiu o site de VEJA. O vídeo de 18 segundos eternizou o momento soberbo. “E nós num vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta”, decola a oradora. Se é assim, não há meta a alcançar, certo? Errado, corrige a continuação da maluquice: “Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”. Animada com a salva de palmas, caprichou no bis: “Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”. Mais aplausos. (É uma pena que sabujice não dê cadeia. Mas isto é assunto para outro post).
A presidente que multiplica por dois metas inexistentes quer ficar no emprego mais três anos e meio. A meta do Brasil com cérebro é ver legalmente dissolvido ─ e o quanto antes ─ um governo que deixou de existir sem ter começado.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Moro manda prender quem barrar buscas na Odebrecht

Advogados da empreiteira impediram que PF copiasse e-mails de diretor investigado durante a 16ª fase da Lava Jato, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro


Por: Felipe Frazão - Atualizado em 
Fabio Gandolfo, diretor da Odebrecht Infraestrutura, investigado na 16ª fase da Lava Jato
Fabio Gandolfo, diretor da Odebrecht Infraestrutura, investigado na 16ª fase da Lava Jato(Reprodução/VEJA)
O juiz Sergio Moro determinou que a Polícia Federal prenda os funcionários e advogados da Odebrecht que se opuserem à busca realizada pelos agentes nesta terça-feira na sede da empresa na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro. A empreiteira também é alvo de uma ordem judicial de busca e apreensão na 16ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada para levantar provas e apurar a suspeita de crimes em contratos com a estatal Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras.
Moro determinou que a PF cumpra o mandado "se necessário mediante a utilização de força e prisão daqueles que se opuserem" pelo crime de impedir investigação contra organização criminosa, cuja pena varia de três a oito anos de prisão.
Na manhã desta terça, o delegado da PF Igor Romário de Paula comunicou ao juiz que advogados da empreiteira "se recusaram" a ceder as senhas de acesso aos servidores para extração de dados e arquivos da conta de e-mail do diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura, Fábio Gandolfo, um dos investigados nesta fase. A PF suspeita que a postura da Obebrecht seja "uma mera estratégia de retardar a investigação policial".
"A alegação dos defensores baseia-se no fato de que o servidor de e-mails da empresa estaria estabelecido no exterior e não abrangido pela ordem judicial", escreveu o delegado.
O obstáculo criado pelo departamento jurídico da Odebrecht irritou o juiz Sergio Moro. Ele também considerou que a Odebrecht pode tentar destruir provas no arquivadas no e-mail de Gandolfo e por isso não liberou acesso imediato aos agentes da PF.
"Ora, não cabe aos empregados da Odebrecht, quer advogados ou não, se oporem ao cumprimento do mandado de busca. O crime investigado ocorreu no Brasil, o executivo investigado realizou comunicações no Brasil, não tendo qualquer relevância o suposto óbice apontado", anotou Moro. "Como o comportamento adotado indica possibilidade de destruição de provas, como também indicam anotações anteriores do presidente da holding [Marcelo Odebrecht], ao recomendar 'higienização de apetrechos', amplio a busca para deferir o pedido para a extração dos backups, cópias de segurança e logs de acesso da conta investigada das últimas 48 horas."

Dólar amplia alta e bate os R$ 3,43 nesta terça-feira

Alta foi intensificada após a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) piorar a perspectiva do Brasil para de "estável" para "negativa"

Dólar
Dólar sobe pelo quinto dia seguido(Gary Cameron/Reuters)
O dólar ampliou a alta a 2% e chegou a bater 3,43 reais na máxima do dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) piorar a perspectiva do Brasil para "negativa", em meio a preocupações com a situação fiscal brasileira e o cenário político conturbado. Na máxima da sessão, a moeda americana atingiu 3,4353 reais, com alta de 2%. Ao longo do dia, no entanto, a divisa perdeu força e fechou o dia cotada a 3,36 reais, o mesmo valor alcançado nesta segunda-feira e o maior desde 27 de março de 2003. Nas últimas quatro sessões, o dólar acumulou valorização de 6%.
A agência, que já tem a nota do Brasil no último degrau antes de perder o grau de investimento, argumentou que sua decisão vem da série de investigações de corrupção envolvendo empresas e políticos, que pesam cada vez mais sobre os cenários econômico e fiscal brasileiros. Informou ainda que o país enfrenta circunstâncias políticas e econômicas desafiadoras.
Investidores já vinham demonstrando preocupação com a possibilidade de o Brasil perder seu grau de investimento, após cortes nas metas fiscais do governo deste e dos próximos anos surpreenderem e decepcionarem os mercados financeiros.
Outro fator importante para os próximos passos do dólar é a reunião do Federal Reserve, banco central americano, que termina na quarta-feira. Sinalizações de que o Fed caminha para elevar os juros ainda neste ano podem servir de gatilho para a moeda norte-americana dar mais um salto, afirmaram operadores, uma vez que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.
"A verdade é que o dólar não tem motivo para cair. Qualquer queda vai ser um alívio temporário", disse mais cedo a operadora de um banco nacional.
Swap - O atual momento do mercado de câmbio também fez investidores redobrarem a atenção sobre a intervenção do Banco Central (BC), já que a valorização da moeda norte-americana tende a pressionar a inflação ao encarecer importados. O sinal mais imediato será o anúncio da rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, equivalentes a venda futura de dólares.

Corrupção é ‘modelo de negócio’ na Andrade Gutierrez, diz MPProcuradores da Lava Jato dizem que presidente da construtora e executivos cometiam crimes "de modo profissional"

Otávio Marques de Azevedo, presidente da construtora Andrade Gutierrez é encaminhado para exames no IML de Curitiba (PR) - 20/06/2015
Otávio Marques de Azevedo, presidente da construtora Andrade Gutierrez: corrupção como modelo de negócios, segundo o MP(Vagner Rosário/VEJA)
Ao embasar os pedidos de prisão da 16ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, o Ministério Público Federal disse que a construtora Andrade Gutierrez utiliza práticas de corrupção e pagamento de propina como um verdadeiro "modelo de negócio". De acordo com os procuradores, a construtora, cuja cúpula foi presa em junho na 14ª etapa das investigações, tem executivos que cometem crimes "de modo profissional". Nesta categoria, o MP elenca, por exemplo, o presidente da companhia, Otávio Marques de Azevedo. Nesta fase da Lava Jato, batizada de Radioatividade, os procuradores chegaram a pedir uma nova prisão preventiva de Azevedo, detido há mais de um mês em Curitiba. Foram presos nesta manhã o presidente da AG Energia Flávio David Barra e o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Pinheiro Silva.
"A Andrade Gutierrez utilizava o pagamento de propinas como modelo de negócio, e Flavio David Barra e Otávio Marques de Azevedo eram responsáveis por, em nome da empreiteira, praticar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro", diz a acusação. "Mesmo depois de revelada a Operação Lava Jato, inclusive com a prisão de diversos empreiteiros em novembro de 2014, a Andrade Gutierrez continuou com a sistemática de pagar vantagens indevidas em contratos públicos. O presidente Otávio Marques, que poderia fazer cessar a conduta à época nada fez, e permitiu que o 'modelo de negócio' de sempre continuasse intacto", completa.
A prisão de Barra e Othon nesta terça-feira foi motivada, entre outros pontos, pelos depoimentos de delação premiada do executivo Dalton Avancini, que integrava os quadros da construtora Camargo Correa e concordou, em acordo de delação premiada, em detalhar o bilionário esquema de corrupção na Petrobras e em estatais. Além de apontar para o pagamento de propina em Angra 3, Avancini disse que cabia a Flavio Barra discutir a distribuição de vantagens indevidas, em nome da Andrade, nas obras da hidrelétrica de Belo Monte. "As propinas repassadas pelos dirigentes da Andrade Gutierrez para o investigado Othon Luiz tinham concordância do seu principal gestor, no caso, Otávio Marques, presidente do grupo desde 2007", afirma o Ministério Público.
Para reforçar a participação do presidente da AG no esquema de pagamento de propina, os procuradores elencam também os encontros entre o executivo e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para a negociação de repasses de dinheiro aos cofres petistas. Flávio David Barra, preso nesta terça, se encontrou 17 vezes com Vaccari entre julho de 2012 e maio de 2013. Otávio Marques de Azevedo se reuniu com o petista por 27 vezes entre novembro de 2007 e julho de 2014. Vaccari é réu em dois processos da Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

domingo, 26 de julho de 2015

Lula se diz “cansado de mentira e safadeza”. Nós também!!!

Lula se diz “cansado de mentira e safadeza”. Nós também!!! Ah, sim: Dilma e “Zé do Breu” serão estrelas do megapanelaço do dia 6 de agosto

O "hater" Zé de Abreu,  que era o chefe do lixão na novela "Avenida Brasil", vai apresentar o programa do PT
O “hater” Zé de Abreu, que era o chefe do lixão na novela “Avenida Brasil”, vai apresentar o programa do PT
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, diz estar “cansado de mentiras e safadezas”. Uau! E nós, então, né? E o Brasil? É isto mesmo, Lula! Chega de mentiras e safadezas! Ele fez essa declaração insólita na posse do novo presidente do Sindicado dos Bancários do ABC, informa Andréia Sadi, naFolha deste sábado. Que diabos Lula fazia lá? Ora, o tal sindicato é um braço do PT e atua segundo seus interesses. Essa mistura entre partido e sindicalismo, diga-se, está na raiz de muita… mentira e safadeza!!!
Lula repetiu o conteúdo de vídeo indigno que circula nas redes sociais, feito pelos “companheiros”, que associa antipetismo a nazismo. Já escrevi a respeito. Com aquela capacidade de ler a história que só ele demonstra, afirmou:
“Tenho a impressão de que. muitas vezes. a gente vê na televisão e parece os nazistas criminalizando o povo judeu. Parece os romanos criminalizando os cristãos, parece os fascistas criminalizando o povo italiano, parece tantas outras perseguições.”
Não sei o que é mais chocante: se a arrogância, se a ignorância abissal.
Pois é… Na quinta e na sexta, ficamos sabendo que os petistas estão querendo bater um papinho com os tucanos para ver se conseguem impedir o impeachment de Dilma. O próprio Lula estaria disposto a falar com FHC. Ironizei aqui o esforço e evidenciei tratar-se de uma tolice. Vejam como tenho razão. No discurso que fez no sindicato, o Babalorixá de Banânia voltou a espumar. Referindo-se claramente aos tucanos, afirmou que as pessoas que dizem que o país vai quebrar “já quebraram o Brasil duas vezes”.
Eis o Lula do diálogo… É uma fala muito instrutiva para tucanos que estejam eventualmente pensando em dar uma namoradinha com o PT…
Dilma
A presidente Dilma também estaria interessada numa conversa com a oposição. Entendo. E, ora vejam, tomou uma decisão realmente sábia!!! Participará do programa do horário político do PT, que vai ao ar no dia 6, com panelaço garantido país afora. Como já escrevi aqui, mais do que fascinada pela mandioca como conquista verdadeiramente nacional, Dilma é mesmo atraída pela casca de banana. É ver uma, e não resiste: lá vai ela com, aqueles seus passinhos em ângulo de mais ou menos 60º, pisar da dita-cuja.
O PT e a própria Dilma estão de tal sorte alheios à realidade que o conteúdo do programa, comandado por João Santana, vai se dedicar à defesa do partido e do governo, estreitando ainda mais essa relação, que será, então, um exemplo acabado de massa negativa, de soma que diminui: ao grudar do PT, Dilma fica ainda mais por baixo; ao grudar em Dilma, o PT passa a ser ainda mais rejeitado. Mas fazer o quê?
Aquela que também diz, por intermédio de ministros, querer um papo com FHC vai participar de um programa que deve sustentar que, apesar das dificuldades, o país ainda vive numa situação bem melhor do que antes da chegada do PT ao poder — estará se referindo, é óbvio, aos oito anos de mandato tucano. Sabem como é, gente… Ela quer o diálogo…
O PT está lendo de forma tão enviesada a realidade que o apresentador do programa será o ator José de Abreu, um petista que é visto como um caricato até por… petistas! Chamar o do “Zé do Breu” — como é conhecido das redes — para tal tarefa corresponde a optar por um “hater”, por um “odiador” contumaz, por um polemista grosseiro. Aliás, se a gente for considerar os artistas que o partido mobilizava antes e os que mobiliza agora, tem-se uma clara noção da decadência da legenda. Nos tempos de glória,”Zé do Breu” lutava para ser alguma coisa na legenda. Foi até papagaio de pirada em comício. Era desprezado. Se agora o chamaram para ser uma estrela, adivinhem como está o partido… Zé de Abreu, como sabem, deu o que falar na novela “Avenida Brasil” pela verossimilhança que conferiu ao personagem “Nino”, chefe mafioso de um lixão.
Não tem jeito, não! Essa gente já não aprende mais nada. O ciclo de despetização do Brasil teve início. Infelizmente, será um processo lento. Mas inexorável. E deem uma coisa como certa: eles quebraram a cara no esforço de instituir, na prática, um regime de partido único, em torno do qual se multiplicariam irrelevâncias.
O projeto do PT já era, felizmente! E, como se nota, os petistas não aprenderam nada e ainda esqueceram as suas táticas mais eficazes de manipulação. Pior para eles. Bom para o país.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/lula-se-diz-cansado-de-mentira-e-safadeza-nos-tambem-ah-sim-dilma-e-ze-do-breu-serao-estrelas-do-megapanelaco-do-dia-6-de-agosto/

sábado, 25 de julho de 2015

No mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório, VEJA revela os motivos da iminente separação da dupla Lula e Léo

Capa_2436A iminente separação da dupla formada pelo ex-presidente Lula e por Léo Pinheiro, diretor da empreiteira OAS, reafirma que sábado é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório. Como informa a reportagem de capa de VEJA, o executivo alcançado pela Operação Lava Jato foi instado a escolher entre a lealdade ao parceiro e a colaboração com a Justiça. A manchete de três palavras ─ A VEZ DELE ─ avisa que o empreiteiro do rei já se decidiu pela segunda opção.
O primeiro parágrafo do texto recorda que a parceria prestes a soçobrar parecia eterna enquanto durou:
Léo e Lula são bons amigos. Mais do que amizade, eles se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. Na linguagem dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa, em bom português, comprar. Agora operador e operado estão enfrentam circunstâncias amargas. O operador esteve até pouco tempo preso em uma penitenciária em Curitiba. Temporariamente solto, continua  enterrado até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público Federal, os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado. Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a participação de Lula no Petrolão, o gigantesco esquema de corrupção armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada do governo.
Aparentemente, nenhum dos empreiteiros do Petrolão conviveu tão intimamente com Lula, nem afagou a família do ex-presidente com tantos e tão custosos favores. Mas Léo Pinheiro não é o único que tem muito a dizer sobre o grande ausente do desfile de patifarias promovido pelo juiz Sérgio Moro e pelo Ministério Público Federal. Candidatos à delação premiada têm de contar o que os investigadores ignoram. A participação do chefão do PT no escândalo da Petrobras é uma das poucas peças que faltam para completar-se o mosaico do bilionário caso de polícia.
Léo Pinheiro teme que outro comparsa use segredos que envolvem Lula para livrar-se da prisão em regime fechado. Sabe que a derradeira porta de saída pode ser aberta por um informante mais ágil. E está convencido de que a perda da mais lucrativa parceria é infinitamente menos dolorosa do que a perda da liberdade.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Embraer lança seu primeiro 'avião apartamento'; confira fotos


Aeronave de setenta metros quadrados tem suíte master, cozinha equipada com dois ambientes, sala de estar e jantar, além de lavatório privativo

A Embraer apresentou nesta terça-feira seu primeiro avião com características de apartamento. Com 70 metros quadrados e diferentes opções de disposição e acabamento interno, o Lineage 1000-E possui suíte master com cama queen-​size e box com chuveiro, além de uma cozinha com dois ambientes totalmente equipada, sala de jantar, sala de estar, compartimento de bagagem acessível durante o voo e lavatório privativo com chuveiro. Os passageiros podem desfrutar ainda de TVs de até 42 polegadas, alto-falantes em todas as áreas, cabines e conexão de dados em alta velocidade. Como todo luxo tem seu preço, o caso do "avião apartamento" não seria diferente. O proprietário terá de desembolsar 55 milhões de dólares.
LEIA TAMBÉM:
O Lineage 1000-E é uma das maiores aeronaves particulares no mercado da aviação executiva de luxo. Também é a primeira aeronave com característica de apartamento a ser fabricada no Brasil. O avião está entre as atrações da 11ª edição da Latin American Business Aviation Conference and Exhibition (Labace), no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O presidente da área de jatos executivos da Embraer, Marco Tulio Pellegrini, acredita que o evento será um termômetro para avaliar o mercado de avião executiva. Ele explica que a desaceleração da economia brasileira no primeiro semestre prejudicou o comércio de aviões executivos no país. Segundo Pellegrini, o setor espera recuperar seus negócios com a exposição de novidades na feira. "Os aviões executivos são ferramentas de produtividade, de realizar negócios e estão relacionados à saúde da economia", disse.
(Com agência EFE)








quarta-feira, 22 de julho de 2015

Despencou de vez...,

Já foi o tempo em que a inflação empatava com popularidade de Dilma…

Já foi o tempo em que a inflação coincidia os índices de “ótimo/bom” do governo Dilma. Sendo o governo o que é, e sendo a economia o que é, aconteceu o óbvio: a inflação já é mais alta do que a popularidade de Dilma.
Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta, o IPCA-15, tido como uma prévia da inflação do mês, subiu 0,59% neste mês, maior taxa para o período desde 2008, quando atingiu 0,63%. No acumulado de 12 meses, o índice alcança 9,25%.
Nos primeiros seis meses, o IPCA-15 ficou em 6,9%, acima do teto da meta de inflação, que é de 6,5% para o ano todo. Boletim Focus de segunda estimou a inflação no ano em 9,15%.
Ah, sim: segundo dados da pesquisa CNT/MDA, divulgados nesta terça, apenas 7,7% acham o governo ótimo ou bom.
Há 7,7% de brasileiros ou generosos ou empedernidamente petistas.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ja-foi-o-tempo-em-que-a-inflacao-empatava-com-popularidade-de-dilma/

No dia 16 de agosto, as ruas do Brasil estarão à nossa espera


REYNALDO ROCHA

16 de agosto. Dia da manifestação que poderá marcar uma mudança. Nunca foi tão importante ir às ruas para exigir decência. Vejo nas redes uma mobilização contrária. Os argumentos usados são os mais absurdos e risíveis, quando não abjetos.
Não se trata de “golpistas”. Nem de uma nova marcha de “coxinhas” ou de “inimigos do avanço social”. Seremos 91% da população brasileira gritando Basta! Chega de podridão.
O que exigíamos está acontecendo. As instituições, embora muitos ainda não tenham notado, estão fazendo o que delas esperamos. As ratazanas estão em pânico. Começam a brigar pelos restos do queijo que roubaram e pela toca onde se escondem.
São casos de “depressão”, confrontos entre criadores e criaturas, porta-vozes que falam muito e nada dizem, desculpas que ultrapassam os limites do ridículo, medo da putrefação acelerada, corrida para os botes do Titanic que afunda… Nós somos os responsáveis por isso. Nós fizemos que o Brasil decente agisse em nosso nome.
É hora de terminar o que começamos para iniciar-se uma nova etapa, lenta e dolorosa. Ou não seremos merecedores do futuro que exigimos e que está chegando. Movemos o paquiderme que parecia adormecido. Acordamos o aparelho constitucional que nos defende.
É hora de reafirmarmos que estamos juntos, animados com o que foi feito e lutando pelo que falta fazer. O que pedimos está sendo entregue. Ir às ruas em 16 de agosto é dar uma resposta a quem ainda aposta no contrário e soltar um grito de apoio a quem nos ouviu. O Brasil decente estará nas ruas.
Não será o momento de curtir ou compartilhar em rede social. Será o momento de sair de casa para apressar a retomada da ética, da liberdade e da democracia. Não faltarei.

terça-feira, 21 de julho de 2015

'Dilma não é vítima de coisa alguma'


Historiador analisa o atual cenário político e diz que o brasileiro não se sente representado pelos eleitos. Sobre as chances de Dilma deixar o poder, afirma: 'Há muito mandato e muita acusação pela frente...'

O historiador Boris Fausto
O historiador Boris Fausto: "Dilma está na corda bamba"(Raquel Cunha/Folhapress)

"Lula inventou uma pessoa que evidentemente está aquém da capacidade de governar o país"

Em março de 2004, o historiador Boris Fausto analisou em entrevista a VEJA os desdobramentos do caso Waldomiro Diniz, primeiro de uma escalada de escândalos com que o país lamentavelmente acostumou-se a conviver desde que o Partido dos Trabalhadores chegou à Presidência da República. Na época, porém, os brasileiros não imaginavam que os corredores do Planalto escondiam muito mais do que um assessor corrupto, mas um megaesquema de compra de votos de parlamentares - o mensalão, só seria descoberto um ano mais tarde. Ainda assim, o autor de estudos clássicos como Revolução de 30 e Crime e Cotidiano já alertava para o "risco de desmoralização do partido mais sólido do Brasil" - e para os efeitos disso no campo das ações sociais, bandeira histórica da legenda. Onze anos e dezenas de escândalos depois, Fausto analisa, em conversa com o site de VEJA, os efeitos da crise que parece sem volta na qual o governo Dilma Rousseff mergulhou. Ao analisar como os anos de governo do PT devem entrar para a história, Fausto afirma que os estragos provocados pela corrupção são graves o suficiente para ofuscar os resultados das ações sociais. "O que vai prevalecer no futuro: os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos associados ao PT?", diz. Leia a entrevista ao site de VEJA.
Quão grave é a crise que o governo atravessa hoje? Há semelhanças entre essa e as que culminaram nas quedas de Jango e Collor? São situações bem diferentes. O que elas têm em comum é a gravidade. As duas primeiras, de formas diversas, acabaram resultando na queda dos presidentes. Ainda não temos elementos suficientes para saber como esta vai terminar. Mas o fato de a presidente Dilma Rousseff ter concedido uma entrevista na qual diz que não vai cair revela uma situação em que ela e o Executivo estão, para usar uma linguagem do boxe, contra as cordas.
Diante das críticas, a presidente recorre com frequência a analogias sobre o período em que foi torturada pelo regime militar. O que isso representa para a imagem dela? Em relação àquela época, pode-se até discordar da forma de luta armada contra o regime, mas essa é uma circunstância absorvida pelo tempo. O que prevalece é que ela e milhares de brasileiros tiveram uma atitude corajosa de enfrentar dessa ou daquela maneira a ditadura. Mas a utilização desse passado como tentativa de valorizar ou reforçar a imagem da presidente hoje é um problema. Isso porque a situação é completamente outra. Dilma não é, atualmente, vítima de coisa alguma. Quando torturada nos porões da ditadura, sim. Hoje ela apenas é responsabilizada por comportamentos e decisões, para dizer o mínimo e ser bem leniente, muito discutíveis. É outra situação. E isso é uma demonstração de fraqueza muito grande - inclusive, o reconhecimento da gravidade da situação em que ela se encontra. Um presidente que vem a público pra afirmar "eu não vou cair" é porque está na corda bamba.
Há de fato chance de Dilma não terminar o mandato? Falta tanto tempo e a crise é tão grave que chance há. Essa história do impeachment vai depender de muitas coisas. É uma espécie de onda que vai e vem. Essa onda é muito rápida: com frequência parece que chegamos a um paroxismo, que não vai haver saída, e depois há certo arrefecimento. Mas há muito mandato e há muita acusação por ai...
Nesse cenário, qual o papel da oposição? O próprio PSDB não se entende sobre essa questão...O PSDB se modificou muito internamente, não do ponto de vista de quem o apoia, já que ele sempre foi um partido de classe média. O que acontece é que o partido tinha uma posição razoavelmente clara em outra época, em outro período. Tinha figuras politicas representativas, como Mário Covas, Franco Montoro, e figuras relativamente mais novas, como Fernando Henrique Cardozo. Mas a falta de homogeneidade interna se acentuou ao longo dos anos. O partido não soube ficar na oposição e, agora, quando teria todas as condições de captar o descontentamento popular, é um partido que as pessoas vêm com muitas restrições. Não é possível ser entusiasta do PSDB.
Falta coerência ao partido? Claro. Tome-se a votação que derrubou o fator previdenciário como um exemplo de oportunismo. Entre ser coerente com o que fez no passado ou atacar o PT, preferiu-se a segunda opção. Quando você prefere uma circunstância oportunista de ataque, é muito desmoralizante.
Aécio Neves teve mais de 50 milhões de votos no ano passado e saiu do pleito como nome forte para liderar a oposição. Ele conseguiu fazê-lo ou o país ainda carece dessa liderança? Não o fez e não sei se vai conseguir. As pessoas têm limites. Não é uma questão de culpa, é uma questão de aptidão. Eu o acho melhor que os outros, inclusive votei nele, mas sua capacidade de liderar é limitada por uma série de fatores, pessoais inclusive. Não tem uma postura de quem está se forjando como líder, vai entusiasmar e ditar rumos. Isso é difícil, depende de muito talento.
Ao término de sua mesa na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o senhor foi bastante aplaudido quando criticou tanto governo quanto oposição. O brasileiro está descrente da classe política? Sim. Existe sim uma descrença em relação aos políticos e instituições: o Congresso Nacional em primeiro lugar, mas hoje também o Executivo. O Congresso esgotou, pelo menos nessa conjuntura, a capacidade de representação da cidadania. Já o Executivo entrou em crise com uma série enorme de acusações, como nunca se viu na história deste país. Salva-se o Judiciário, que tem avançado. Salvam-se órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Mas isso tudo se dá num clima de muita desesperança porque, no fundo, os órgãos especificamente políticos entraram em crise.
Embora essa crise atinja também o Congresso, é ele quem tem ditado a agenda política nacional. Nosso Parlamento evoluiu ao longo dos anos? O Congresso ganhou uma relevância, nesse momento, que não tinha quando o Executivo estava forte. Quando a presidente ou o presidente, no caso do Lula, era forte, o Congresso tinha uma posição de quase subordinação em relação ao Executivo. Isso acabou por força do desprestigio, da fraqueza do Executivo. Mas não acredito que do ponto de vista da legitimidade, dos senadores e deputados realmente representarem a cidadania, as coisas tenham mudado muito. Já me chamaram em certa ocasião de saudosista quando eu disse o que vou dizer, mas não é uma questão de saudosismo, trata-se de uma constatação. O Parlamento no período democrático que começou em 1945 e findou com o golpe de 1964 era muito mais representativo, tinha muito mais qualidade. Os partidos tinham mais significado ideológico, tinham mais significação, enfim, tudo considerado, aquele parlamento era melhor do que esse.
O senhor se lembra em algum momento na história de algum presidente da Câmara como Eduardo Cunha? Não. Eduardo Cunha é sui generis. Ele conhece bem o regimento, brinca com ele, faz manobras heterodoxas. Ele está aparecendo com destaque nesse momento, mas o percurso político que vai seguir é difícil de prever. É bom lembrar que ele está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal, o que não é confortável...
O Brasil vive hoje uma onda conservadora? Claramente. Em terrenos como a questão do aborto, do casamento gay e da separação de Igreja e Estado, que vem sendo arranhada com muita frequência, o retrocesso é evidente. Não que o país já não fosse conservador, mas isso está se acentuando. Esse quadro tem muito a ver com o avanço das denominações religiosas evangélicas e da criação de uma bancada evangélica bastante forte, além da característica geral do Congresso que foi eleito em 2014.
O ambiente político hoje permitiria ao país enfrentar um processo de impeachment sem risco à consolidação da democracia? Nesse momento, a não ser que decisões do TCU e do TSE agravem muito mais a situação e o Congresso se mova a reprovar contas, eu não creio, apesar de toda essa gravidade, que estejamos caminhando para um impeachment. Mas esse é um processo previsto em lei. Se houver fundamento, ele terá legitimidade. É, contudo, uma operação traumática, difícil. Será um momento delicado, como é delicada a atual situação. É difícil saber como o país se comportaria. Se a situação se arrastar ao longo do próximo ano e, eventualmente, houver impeachment, quem ganha com isso é o Lula.
De que maneira? Se isso acontecer - e estou falando como hipótese -, haverá protestos e o PT se utilizará do discurso, como já vem fazendo, de que houve golpe e a presidente foi vítima de uma conspiração da direita. Mas com o passar do tempo, o cenário ficará mais favorável ao Lula. Seria possível separar com mais facilidade as figuras dele e de Dilma, sobretudo pelo reforço da ideia de que os tempos do ex-presidente eram outros, sem crise na economia, por exemplo. Hoje Lula está numa posição difícil, e se fossem convocadas eleições neste ano é muito duvidoso que ele conseguisse reverter a situação negativa, o "volume morto", em que se encontra. A hipótese mais provável em caso deimpeachment, contudo, é a de que o vice-presidente Michel Temer assuma o Planalto até 2018. Dessa forma, o quadro pode pender para uma virada em que o Lula volte a aparecer como figura muito forte. A longo prazo, a constatação de que Dilma sucumbiu aos próprios erros podem descolar sua imagem da de Lula. A queda da criatura ajuda o criador. Mas é preciso dar tempo ao tempo.
Como esses mais de dez anos de governo do PT serão lembrados? A imagem das gerações futuras é dada pela transmissão de conhecimento. Portanto, precisamos nos perguntar se o que vai prevalecer são os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos, como nunca houve na história deste país, associados ao PT. Não se deve negar os ganhos no terreno social, mas é preciso dizer que os males causados pelo partido nas instituições, na decência administrativa, são de tal ordem que indicam uma apreciação negativa desses anos no futuro.
E Dilma, a primeira mulher na Presidência da República, como entrará para a história? Sou muito a favor do ingresso das mulheres na politica, mas a essa altura isso não tem muita importância. O que prevalece é que o Lula inventou uma pessoa que evidentemente está aquém da capacidade de governar o país.