segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mercado prevê PIB de 0,03% e inflação além de 7% em 2015

Mercado aposta em PIB praticamente zero para 2015

A mediana das projeções de economistas ouvidos para o relatório Focus desta semana apontou para crescimento econômico de apenas 0,03% neste ano e inflação de 7,01%

Na semana passada, projeção para PIB estava em expansão de 0,18%
Na semana passada, projeção para PIB estava em expansão de 0,18% (Marcelo Almeida/EXAME/VEJA)
O mercado financeiro já vê 2015 como um ano perdido para a economia. A mediana das projeções dos economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus é de crescimento de apenas 0,03%. Na semana passada, ela estava em 0,18%. Para 2016 a projeção também caiu, de 1,54% para 1,50%.
A expectativa para a inflação também piorou. A mediana das projeções apontou para alta de 7,01% nos preços, acima dos 6,99% esperados na semana passada. Para 2016, porém, ela se mantém em 5,60%.
A meta oficial é de 4,5%, com margem de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo (2,5% a 6,5%). A última vez que a inflação oficial brasileira ficou acima de 7% foi em 2004, quando o IPCA subiu 7,60%.
Na semana passada, o BC elevou sua estimativa da alta dos preços administrados em 2015 para 9,3%, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Comitê ressaltou, porém, que está confiante que a inflação fique no centro da meta em 2016.
A alta dos preços administrados é uma das maiores fontes de pressão neste ano, e no Focus a estimativa subiu a 9%, contra 8,7% anteriormente. Para o final de 2016, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,6%, com avanço de 5,8% dos administrados.
Juros - A pesquisa mostrou ainda que os agentes consultados não mudaram a perspectiva para a Selic neste ano, e mantêm a projeção de nova elevação de 0,25 ponto porcentual em março, com a taxa básica de juros encerrando 2015 a 12,5%.
Em janeiro o BC manteve o ritmo e elevou a Selic em 0,5 ponto porcentual, a 12,25% ao ano.
Para o final de 2016, a perspectiva da Selic no Focus também não mudou, permanecendo em 11,50%. Já o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções, continua vendo a Selic a 13% ao final deste ano, e a 11,75% no fim de 2016.
(Com agência Reuters)

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