segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Dólar amplia alta e chega próximo a R$ 2,80

Entre os fatores que estão ligados à forte busca pela moeda americana está a expectativa de crescimento zero para a economia brasileira em 2015

No exterior, alta do dólar era puxada por preocupações com China e Grécia
No exterior, alta do dólar era puxada por preocupações com China e Grécia (Jessica Rinaldi/Reuters/VEJA)
O dólar dispara frente ao real nesta segunda-feira. Após abrir o pregão em alta de 0,27%, a moeda americana chegou a ser negociada 2,7929 reais na venda, alta de 0,53% no fim da manhã. Por volta de 12h50, ela estava sendo vendida por 2,7914. Na sexta-feira, o dólar fechou a 2,77 reais, maior valor em dez anos, desde 10 de dezembro de 2004.
Internamente, o foco continuava nos riscos crescentes de crescimento negativo da economia brasileira, com inflação alta. A insatisfação com a escolha de Aldemir Bendini para a presidência da Petrobras também ajudou a pressionar a busca por dólares, moeda considerada mais segura.
pesquisa Focus, do Banco Central, trouxe piora nas projeções das instituições do mercado financeiro para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB). Pela primeira vez, a mediana das projeções do mercado financeiro para a atividade brasileira deste ano ficou em zero, ante uma ligeira expansão de 0,03% no levantamento da semana passada. Para 2016, a expectativa de 1,50% foi mantida. Já a mediana das previsões para o IPCA deste ano subiu de 7,01% para 7,15%. Para o final de 2016, a projeção foi mantida em 5,60%.
No exterior, as preocupações eram renovadas com China e Grécia. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, insistiu domingo que Atenas não vai pedir uma prorrogação do atual programa de resgate do país aos credores internacionais, mas sim um empréstimo-ponte, podendo deixar as partes envolvidas incapazes de chegar a um acordo de curto prazo, o que trouxe de volta o temor em relação à permanência ou não do país na zona do euro. Na China, a balança comercial registrou superávit recorde em janeiro, com as exportações caindo 3,3% ante estimativa de alta de 4,0% e as importações recuando 19,9% ante previsão de queda de 3,3%.
Ações - Na BM&FBovespa, o Ibovespa opera com volatilidade. O principal índice da bolsa de valores brasileira chegou a cair 0,76% (48.423 pontos)) no meio da manhã, mas, por volta de 12h50, operava em sua máxima do pregão, alta de 0,51% (49.043 pontos).


(Com Estadão Conteúdo)

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