sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Julho tem a pior criação de vagas em 15 anos; é 'fundo do poço', diz ministro

O país registrou o menor saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para julho desde 1999.
O total de empregos formais gerados no mês foi de 11.796, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho.
O saldo de criação de vagas é 71,5% inferior ao de julho do ano passado, quando foram geradas 41,5 mil vagas.
O resultado de junho já havia sido ruim. Naquele mês, o total de vagas criadas (25.363) foi o pior para o mês desde 1998.
De janeiro a julho, foram criados 632,2 mil novos postos no país. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O número de julho é a diferença entre 1,746 milhão de contratações e 1,735 milhão de desligamentos.
FUNDO DO POÇO
Para o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o país chegou ao "fundo do poço", mas a partir de agosto haverá uma retomada do ritmo de criação de empregos.
Ele defendeu que o país continua criando vagas, ao contrário de muitos países no mundo, que sofreram forte impacto no mercado de trabalho em decorrência da crise.
Julho é o quarto mês seguido com fechamento de vagas na indústria de transformação. No mês, houve uma queda de 15,4 mil postos no saldo de vagas nesse setor. Segundo Dias, o governo ainda espera que o ano termine com saldo positivo de vagas nesse setor.
"Nos meses de maio e junho, a desaceleração da indústria levou à redução das contratações e aumento das demissões. Em junho tivemos decréscimo, redução do número de trabalhadores dispensados. Esperamos que agora, no Caged de agosto, ele venha positivo."
Outros setores que puxaram o fraco desempenho foram o de ensino, com menos 3.219 vagas, e o de serviços de alojamento e alimentação, com menos 1.231 postos –baixa registrada no mês de encerramento da Copa do Mundo.
Os setores de serviço e agricultura foram os que mais contribuíram para o saldo de contratações do mês, com a criação de 11,9 mil e 10 mil vagas, respectivamente.
As regiões que puxaram a criação de vagas no país foram Norte (9.438 novos postos), Centro-Oeste (6.324) e Nordeste (6.013 vagas).

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