terça-feira, 13 de maio de 2014

Joinville - SC

Formação de mão de obra explica sucesso de Joinville

Equipe de VEJA passou o dia na cidade catarinense de Joinville, o segundo destino da expedição que percorre o país para mostrar bons exemplos

A boa infraestrutura e a localização privilegiada não seriam suficientes para impulsionar o progresso industrial de Joinville (SC) se a cidade não oferecesse mão de obra qualificada para manter funcionando a engrenagem do setor produtivo na cidade.

Nas conversas da equipe da Expedição VEJA nesta quinta-feira com empresários e autoridades do município, sempre surgia uma história: a de uma iniciativa pioneira, no final da década de 1950, que abriu caminho para a capacitação dos profissionais da cidade.

A Escola Técnica Tupy foi fundada em 1959 para atender a necessidade de capacitação de profissionais para as linhas de produção da Fundição Tupy, uma das principais indústrias da cidade.

Inicialmente, foram oferecidos cursos de mecânica e metalurgia. Uma parceria com o governo da Alemanha na década de 1970 permitiu que a escola técnica recebesse equipamentos avançados para a época, o que aumentou a procura pelos cursos.

Em 1985, a Escola Técnica Tupy passou a se chamar Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc). Hoje, a instituição tem 20.000 alunos do ensino fundamental à pós-graduação, espalhados por sete unidades.

O campus de Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também oferece sete cursos de engenharia, incluindo a única graduação em Engenharia Ferroviária do Brasil.

O prefeito Udo Döhler (PMDB), que conversou com nossa equipe no ônibus da Expedição VEJA, calcula que serão necessários 7.500 engenheiros nos próximos cinco anos para atender a demanda do setor industrial. E diz que vai ser possível suprir essa necessidade. Hoje, 16% dos moradores de Joinville têm ensino superior completo – o dobro da média nacional.

O destaque de Joinville na educação não se limita ao ensino técnico ou superior. Os alunos do 8º e 9º anos da rede municipal receberam tablets gratuitamente no ano passado. Estudantes dos 5º, 6º e 7º anos devem ser os próximos. No índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a cidade apresenta os melhores números de Santa Catarina.
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/formacao-de-mao-de-obra-explica-sucesso-de-joinville

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