terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos cubanos...,

Salvador tem 'apartheid' entre cubanos e demais médicos estrangeiros

NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
A segregação entre os profissionais de Cuba e das demais nacionalidades no programa Mais Médicos, do governo federal, não se resume ao salário na capital baiana.
Em Salvador, além de só receberem uma parte da bolsa de R$ 10 mil (como acontece em todo o restante do Brasil), os cubanos são os únicos instalados em um alojamento militar.
Médicos de outras nacionalidade recém-chegados ao país se hospedaram em um hotel numa região nobre da cidade, com diárias pagas pelo governo, ou mesmo na casa de familiares.

Uma outra desvantagem para os cubanos envolverá o benefício de trazer parentes ao Brasil, exclusivo aos demais.
O valor varia de acordo com a região onde ele trabalhará: até R$ 30 mil na região Norte, até R$ 20 mil no Nordeste e até R$ 10 mil nas capitais.
Segundo o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, há uma diferença porque a contratação dos cubanos é através do governo de Cuba.
"Eles são funcionários do governo cubano, não são médicos desempregados. São funcionários do governo cubano cedidos pela cooperação multilateral", afirmou.
O médico cubano Juan Hernandez, 47, que faz o curso preparatório para o Mais Médicos em Fortaleza, afirmou não saber quando conseguirá trazer seus parentes para lhe visitar. "Temos que arrumar uma graninha para pagar a passagem", disse.

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