quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Imagine se ela vai saber, aí já é querer demais..., é como diz o Plínio, ela é um blefe!


Dilma não sabe o significado da palavra “institucional”; Tio Rei explica pra ela — já que isso Lula não pode lhe “transferir”

Tentando negar o óbvio — é uma candidata sob tutela, incapaz de dar as próprias respostas —, Dilma afirmou que Lula foi ontem ao ar para dar uma resposta “institucional” à oposição (ver post abaixo). A petista certamente desconhece o sentido da palavra. Eu poderia fazer aqui um ensaio sobre mentalidades e  encontrar a raiz dessa ignorância em sua trajetória política. Afinal, escolheu métodos nada institucionais de atuar na vida pública — e se orgulha até hoje da opção que fez. Não há uma só pessoa afinada com os princípios da dignidade humana que possa achar que ações terroristas, que vitimam inocentes, acabam concorrendo para o bem. A oposição não levou tal questão, nem levaria, ao horário eleitoral. Há coisas que a marquetagem considera “baixaria”. Às vezes, a “baixaria” é nada menos do que a biografia do sujeito. Adiante. Dizia que Dilma não sabe o que quer dizer o adjetivo “institucional”.
A “instituição”, substantivo em nome do qual Lula DEVERIA FALAR, se chama “Presidência da República”, o cimo do Executivo, um dos Poderes da República (no caso do Brasil, uma tríade garante a unidade política) regulados pela Constituição, por leis complementares e códigos que organizam a vida em sociedade.
Embora o chefe do Executivo seja eleito pela maioria dos votantes, a sua função institucional é governar a todos sem distinção, mesmo àqueles que lhe recusaram seu voto. A República faz a devida distinção entre o chefe de um partido e o chefe de um governo. Assim, é descabido, inaceitável, absurdo, que um presidente da República, ainda que evocando a sua condição de simples militante partidário, se refira ao candidato da oposição como “aquele do contra”, que “torce o nariz para as conquistas do povo brasileiro” — , especialmente quando, como no caso do presidencialismo brasileiro, esse líder também é chefe de estado. Essa é a fala de um chicaneiro, não a de um chefe máximo de um Poder.
Ainda mais sério: um presidente da República jura cumprir a Constituição no curso de seu mandato. Os petistas de Lula agrediram essa Constituição. Em seu discurso, ele os protege e ataca as vítimas: ignora o crime e fala em “falsidades e mentiras”, como se tudo não passasse de uma grande farsa. É a isso que Dilma chama fala “institucional”? A observação só prova que, sozinha, ela é mesmo uma sem-jeito. Se eleita, a disputa de foice no escuro entre PMDB e PT vai ser pela tutela do governo e da presidente. E, nessa hipótese, torçamos para que Deus esteja conosco — porque todo o resto estaria contra nós.
Não! Dilma não sabe o que quer dizer a palavra “institucional”. Tio Rei explica para ela. Isso Lula não pode lhe “transferir”. Tampouco pode falar em lugar dela.
Por Reinaldo Azevedo

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