quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Como Kim Jong-Il e Fidel Castro, Lula quer a imprensa livre, mas para noticiar as coisas certas

A tática é velhíssima. Felizmente, há mais pessoas atentas do que já houve. Lula engrola um discurso qualquer em que mistura críticas à imprensa com defesa da liberdade de expressão, e alguns bobos se dão por satisfeito. Enquanto isso, os bate-paus do petismo promovem a sujeira. Neste momento, um blog financiado pela Caixa Econômica Federal, por exemplo, promove uma “enquete” para saber que veículo Dilma Rousseff deve fechar primeiro caso se eleja presidente da República… Trata-se do maior festival de baixarias e de vigarices da Internet. E com apoio de um banco oficial — uma decisão do ínclito e muito sério Franklin Martins…
No Tocantins, ontem, Lula voltou a atacar a “mídia”. E deu a sua receita“A liberdade de imprensa é sagrada, mas isso não significa o direito de inventar as coisas o dia inteiro”. Foi ainda mais específico: a imprensa tem a liberdade de “informar corretamente a opinião pública” e de fazer “críticas políticas”. Qualquer crítica? Segundo este grande pensador, quando ele está “de fato errado, dá a mão à palmatória”.  Críticas honestas são aquelas com as quais ele concorda.
Kim Jon-Il, Fidel, Chávez e Ahmadinejad acham esse modelo bom! “Ah, mas a imprensa é livre no Brasil!”, dirá alguém. Por enquanto, eles fracassaram nas tentativas de encabrestá-la.
O maior mistificador da história brasileira, ainda referindo-se aos meios de comunicação, afirmou: “O que eles não percebem é que nós aprendemos. O que eles não percebem é que o povo de 2010 não é mais massa de manobra como era há 30 anos”. É verdade! Se o povo aprova Lula, então é sinal de que não é massa de manobra de ninguém, certo?
Não tem jeito! Ele despreza as noções elementares da democracia. E só não é um ditador porque não pode, não porque não queira.
Por Reinaldo Azevedo

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