domingo, 2 de agosto de 2009

FALCÃO PEREGRINO

FALCÃO PEREGRINO
O mais veloz dos seres vivos

A determinação da velocidade atingida no seu voo picado, e que o torna recordista absoluto e incontestado do reino animal, tem sido motivo de prolongada discussão entre vários autores. Foram já calculadas velocidades máximas instantâneas da ordem dos 350 km/h, e há quem defenda que em determinadas circunstâncias possa mesmo ultrapassar os 400 km/h, mas diversos autores consideram estes valores exagerados. No entanto, é consensual que na maioria dos seus ataques em picado, a velocidade máxima atingida situar-se-á entre os 200 e os 250 km/h. A sua técnica de caça assenta sobretudo na velocidade com que desfere o ataque, no entanto, esta varia consideravelmente entre indivíduos, e em função do tipo e comportamento da presa, assim como das condições climatéricas, com especial destaque para o vento. Nem sempre o ataque consiste num voo picado directo sobre a presa, já que muitas vezes realiza um picado ligeiramente atrasado, passando por detrás da ave para vir a capturá-la pouco depois, surgindo por baixo desta e aproveitando o seu ângulo morto de visão.


Frequentemente os falcões agarram as suas presas em voo no final dos seus picados, mas a situação mais clássica e de maior espectacularidade dá-se quando fazendo uso da sua incrível velocidade, abatem as presas simplesmente com o impacto, através de uma pancada dada com as patas recolhidas ou com a ajuda de uma das garras usada como uma lâmina mortal.


Na maior parte dos casos, a presa tomba imediatamente mortalmente ferida, largando um tufo de penas, e é por vezes recolhida antes mesmo de cair no solo.


A violência do impacto é de tal ordem, que muitas das aves deste modo abatidas apresentam geralmente asas partidas, contusões múltiplas, ou cortes profundos e mais ou menos extensos infligidos pelas garras do falcão em pontos vitais. São mesmo conhecidos casos em que a infeliz presa é decapitada em voo, o que diz bem do poder deste excepcional predador, o falcão peregrino.

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