Catadores vão ganhar carrinho elétrico
O investimento desse primeiro lote, que beneficiará 15 parques de recepção de material reciclável do programa EcoCidadão, foi de quase R$ 1 milhão – cada carrinho custou R$ 8,7 mil. Os veículos foram fornecidos pela empresa Oficina de Metal Indústria e Comércio de Móveis e são parecidos com os modelos utilizados por empresas como a Coca-Cola e os Correios.
Hoje, de acordo com a prefeitura, cerca de 400 catadores estão cadastrados no EcoCidadão, mas a expectativa é de que até mil profissionais sejam incluídos no programa até o final de 2013. Os beneficiados pelos carrinhos elétricos serão escolhidos de acordo com o número de associados em cada parque de recepção e o espaço físico disponível.
A expectativa é de que a substituição faça aumentar a coleta seletiva na cidade. Segundo a prefeitura, os catadores coletam diariamente 445 toneladas de resíduos – quatro vezes mais do que o montante transportado pelos caminhões do programa Lixo que não é lixo.
Protótipo
A aquisição dos carrinhos foi possível graças a um convênio de R$ 26 milhões entre a administração municipal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além dos veículos, a verba será empregada na construção de 13 novos parques de recepção de recicláveis (previstos para o ano que vem), formação de capital de giro para catadores e aquisição de novas máquinas e equipamentos, como balanças digitais, elevadores de fardo, empilhadeiras, esteiras e prensas hidráulicas.
Os protótipos curitibanos são semelhantes ao modelo usado em Foz do Iguaçu há cerca de quatro anos. O veículo iguaçuense é fruto de uma parceria entre a Itaipu e a empresa Blest Engenharia, sediada em Curitiba. Em Foz estão 55 dos 83 carrinhos em operação para coleta de lixo reciclável no Paraná – os demais estão espalhados em outras cidades da Bacia do Paraná.
Autoestima
Segundo Rogério de Paula Guimarães, diretor de criação e desenvolvimento da empresa, a quantidade de veículos já prontos para o uso é muito maior. “Temos 200 carrinhos fabricados”, diz. O carrinho da Blest custa R$ 8,9 mil – custo pouco superior ao preço pago pela prefeitura de Curitiba –, carrega até 300 quilos e a bateria tem autonomia de 25 quilômetros.
Em Foz, os modelos são operados pelos catadores cadastrados na Cooperativa dos Agentes Ambientais – que mantém dez barracões na cidade. De acordo com Viviane Nertig, presidente da instituição, os veículos melhoraram a autoestima de catadores e a coleta seletiva da cidade. “Com os carrinhos, eles não precisam fazer força e conseguem levar mais materiais. Hoje, recolhemos 180 toneladas de resíduos por mês”.
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