segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A Aécio, Marina diz estar 'à disposição' para encontro

Bah! Marina foi saudada na entrada do evento pelo vice, Beto Albuquerque: “Não vamos desistir de mudar o Brasil!”. “Não vamos, tchê!”, respondeu a ex-senadora ao deputado, que é gaúcho.
Encontro marcado Na breve conversa que Aécio Neves teve com Marina Silva pelo telefone, no sábado, o tucano ouviu da nova aliada que ela está “à sua disposição” para um encontro. Aliados da ex-senadora esperam que ela entre “de cabeça” na disputa depois do ato de ontem, em que selou seu apoio. A transferência de votos só será “plena e eficaz”, diz um deputado próximo de Marina, se ela participar de atos com o tucano. As campanhas preparam a reunião entre os dois para amanhã ou quarta-feira.
Não, obrigada A equipe de Aécio abordou Marina depois do evento para pedir que ela gravasse para o programa de TV do tucano. A ex-presidenciável disse que, por ontem, bastava sua fala pública, e que depois conversariam.
Vai tu mesmo O jeito foi levar o discurso à TV. Parte da equipe de Aécio saiu no meio do ato, assim que Marina declarou o apoio, para tentar incluir a fala já no programa de ontem, que precisava ser finalizado até as 14h.
Quatro paredes Os termos que Marina esperava ver na carta de compromissos apresentada por Aécio para receber seu apoio foram sinalizados pela ex-senadora a Fernando Henrique Cardoso, na conversa que tiveram na quarta-feira em São Paulo.
Adolar
‌Bah! Marina foi saudada na entrada do evento pelo vice, Beto Albuquerque: “Não vamos desistir de mudar o Brasil!”. “Não vamos, tchê!”, respondeu a ex-senadora ao deputado, que é gaúcho.
Muito prazer Apenas dois tucanos compareceram ao evento: o deputado estadual Carlos Bezerra Jr. (SP) e o federal Vaz de Lima (SP), que não conhecia Marina. Coube a Miro Teixeira (Pros-RJ) apresentá-lo à ex-senadora.
Também te quero A Força Sindical, presidida pelo aecista Miguel Torres, começa hoje a distribuir 5 milhões de exemplares de um jornal acusando o governo Dilma de “prejudicar os mais pobres”.
Tô nem aí Para desdenhar o impacto do anúncio de apoio de Marina a Aécio, petistas lembravam que o tucano já havia herdado 70% dos votos dela. Para eles, a oficialização faria pouca diferença.
Pensando bem… Os dilmistas, no entanto, admitem preocupação com o apoio da família de Eduardo Campos ao tucano, anunciado anteontem. Em Pernambuco, Aécio teve 6% dos votos.
Pote de mágoa Para um ex-ministro de Dilma Rousseff, a aliança com o tucano “implodiu todas as pontes” que Marina poderia ter com o governo em um eventual segundo mandato da petista.
Chauí neles A campanha do PT em São Paulo organizará atos de apoio de intelectuais da USP e da Unicamp à presidente. O objetivo é atrair eleitores que anularam o voto no primeiro turno.
Na quebrada Outros dois atos programados miram a periferia paulistana: uma visita de governadores do Nordeste a um centro cultural e uma reunião de Dilma com jovens do movimento hip-hop. O partido tenta recuperar eleitores “cativos” da sigla que votaram em Marina.
Gangorra A eleição do novo Congresso alterou o equilíbrio da bancada do PTB na Câmara. Dos 25 deputados que assumem em fevereiro, uma maioria de ao menos 15 apoia Aécio. No primeiro turno, a direção da sigla fechou com o tucano, mas os parlamentares preferiam Dilma.
Governismo FC A ala aecista do partido acusa os rivais de manter um pé em cada canoa. Os deputados Jovair Arantes (GO), Alex Canziani (PR) e Nelson Marquezelli (SP) apoiaram Dilma e, ao mesmo tempo, defenderam tucanos em seus Estados.

TIROTEIO
“Com a aliança, não é Marina que passa uma tintura progressista na candidatura de Aécio. É ele que gruda nela a imagem de direitista.”
DE EMIDIO DE SOUZA, presidente do PT em São Paulo, sobre o apoio da ex-ministra de Lula à campanha presidencial do tucano Aécio Neves.

CONTRAPONTO
Segredos do marinês
Durante o anúncio de seu apoio ao tucano Aécio Neves, Marina Silva foi questionada sobre o que queria dizer com a promessa de “revisitar” o fator previdenciário.
Sem responder diretamente, ela contou ter aprendido o termo com o colega Celso Amorim, chanceler do governo Lula, durante as discussões sobre cortes no orçamento do Ministério do Meio Ambiente:
—Marina, não diga que você quer rever o orçamento. Diga: ‘Quero revisitar’! —ensinou o ex-chefe do Itamaraty.
Depois de testar, ela decidiu adotar a expressão.
—Com o Amorim funcionava… —brincou a ex-ministra.

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