sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Aprendeu bem a lição.., não sei, não vi, não sou, onde estou? Avião, passarinho?

Marina diz que não sabia que avião era de laranjas

No Jornal Nacional, candidata do PSB afirmou que só a Polícia Federal poderá dizer se houve irregularidade

PUBLICADO EM 27/08/14 - 20h35
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que não sabia da possibilidade de o avião em que ela e o então titular da chapa, Eduardo Campos, viajaram ser de "laranjas". As declarações foram dadas em entrevista ao "Jornal Nacional", da "TV Globo". A titularidade da aeronave que caiu, matando o ex-governador de Pernambuco, está sendo investigada pela Polícia Federal. Apurações da imprensa mostram irregularidades no caso.
"Eu não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião. As informações que tínhamos eram referentes à forma legal de adquirir o provimento desse serviço", afirmou.
Marina ainda disse ser cedo para tirar conclusões, destacando que a Polícia Federal é que irá dizer se houve problemas e afirmando que a sociedade não pode "cometer injustiças".
Marina Silva foi questionada se esse discurso de dizer que não sabia das irregularidades e de apontar que as investigações não foram concluídas não seria semelhante aos daqueles que fazem parte do que costuma chamar de "velha política". 
"Minha postura difere no sentido de que esse é o discurso que eu tenho usado para todas as situações.Inclusive com meus adversários. O meu compromisso e o de todos aqueles que querem a renovação da política: é com a verdade. E ela não virá pelas mãos do partido e nem também pela investigação da imprensa. Terá que ser aferida pela investigação da Polícia Federal", afirmou.
Marina disse que o valor gasto com o avião seria ressarcido pelo comitê financeiro, e que isso não tem relação com a eventual postura dos donos do avião.
Ela ainda foi confrontada com o fato de que, em 2010, terminou em terceiro no Acre, seu Estado de origem e onde é mais conhecida. A candidata culpou os interesses que enfrentou na região.
"Há um provérbio que diz: 'é muito difícil ser profeta em sua própria terra', pois temos que confrontar os os interesses.Contrariei muitos interesses no Acre ao lado de Chico Mendes, índios e seringueiros", afirmou, citando as dificuldades de sua trajetória.
"Cheguei a ficar quatro anos sem andar no meu estado. Eu não podia trocar o futuro das futuras gerações pelas próximas eleições. Preferi pagar o preço de perder os votos", disse, citando ainda o baixo tempo de TV e tradição familiar da política no Estado.
Marina Silva negou contradições na chapa com Beto Albuquerque, seu vice, que defendeu no Congresso políticas ligadas à produção da soja transgênica e ao uso de células-tronco embrionárias, das quais ela discorda.
"Nós somos diferentes, mas a nova política sabe trabalhar na diversidade. Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas eu defendia a coexistência: áreas com transgênicos e áreas livres de transgênicos. Infelizmente, no Congresso, não passou a proposta de coexistência e o Beto votou na que avançou", disse, antes de citar convergências entre os dois, sobretudo na gestão de florestas públicas e na Lei da Mata Atlântica.

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