sábado, 15 de março de 2014

Os comunistas de hoje não são como os de antigamente — pioraram muito.

 "Era difícil enfrentar comunistas numa discussão: sempre estavam preparadíssimos (...) se ouvissem Rabelo, certamente o obrigariam a fazer uma bela autocrítica"
“(Antigamente) era difícil enfrentar comunistas numa discussão: sempre estavam preparadíssimos (…) Jamais diriam, como o comunista moderno e governista Aldo Rebelo, que Napoleão ‘reconquistou a França em cem dias’. Foi em 12 dias”
O MUNDO COMO ELE ERA
Carlos BrickmannEste colunista é do tempo em que comunista estudava. Não apenas estudava: tinha de estar a par de todo o movimento cultural. Precisava ter lidoUlysses, de James Joyce, na tradução de Antônio Houaiss; precisava ter lido Júlio César, de Shakespeare, na tradução de Carlos Lacerda, para poder falar mal.
Filmes como Morangos Silvestres, ou O Ano Passado em Marienbad, eram essenciais. Era difícil enfrentar comunistas numa discussão: sempre estavam preparadíssimos.
E, claro, conheciam Napoleão Bonaparte. Sabiam tudo de seu sobrinho Luís Bonaparte, o Napoleão III, personagem de O 18 Brumário, de Marx.
Jamais diriam, como o comunista moderno e governista Aldo Rebelo, [ministro do Esporte] tentando explicar o atraso das obras da Copa, que Napoleão Bonaparte “reconquistou a França em cem dias”.
Não, Napoleão reconquistou a França em muito menos tempo: 12 dias, o suficiente para marchar triunfalmente de Golfe Juan, na costa francesa, até Paris.
Os Cem Dias foram o período em que governou novamente o Império Francês, até ser derrotado em Waterloo pelas tropas do Duque de Wellington.
Se João Amazonas e Maurício Grabois, os ícones do PCdoB, ouvissem Rabelo, certamente o obrigariam a fazer uma bela autocrítica.
E indicariam alguém mais adequado para evitar confusões nas obras da Copa.

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