SYLVIO DO AMARAL ROCHA
O que fazer quando algo a que estamos acostumados muda repentinamente? Quando a rotina que nos induz a agir da mesma maneira é transformada de uma hora para outra? Essa é a reflexão proposta pela animação Wind, de Robert Löbel.
O filme de quase quatro minutos tem o vento como fio condutor. As pessoas e os objetos do curta-metragem vivem em meio à ventania e todas as ações são executadas com essa corrente de ar como fundo sonoro. A sensação é de movimento constante. É curioso como os seres humanos conseguem adaptar-se às situações mais absurdas – muitas vezes criadas por eles mesmos.
Neste filme, fruto de um projeto de graduação do curso de design da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, não fica clara a origem do vento primordial. O que se percebe nitidamente é o que acontece quando ele some, mesmo que por um minuto.
Será simplesmente o sopro da vida? Faz sentido imaginar que o vento foi imposto e que todos são obrigados a conviver com ele. Pode-se também acreditar que é prazeroso — e uma opção — viver daquela maneira. Bons ventos.
Do Blog do Augusto Nunes
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