quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Histórias de Natal

Histórias de Natal, parte 1


Em plena contagem regressiva para o Natal, os próximos posts do blog vão explorar um pouco do que se sabe, do ponto de vista histórico e de estudo textual do Novo Testamento, sobre as narrativas que deram origem a uma das festas religiosas mais importantes do planeta.


A Anunciação, em pintura de Rubens. Crédito: Reprodução




 Em quase todas as religiões cristãs, a liturgia de Natal está cheia de momentos tocantes e inspiradores, da estrela de Belém aos “Reis Magos” (que na verdade não eram reis; taí uma discussão interessante…), dos pastores ao anjo Gabriel. O que pouca gente percebe de forma consciente, no entanto, é que o quadro tradicional do Natal foi construído com base em duas narrativas bem diferentes, com perspectivas bastante distintas, uma do Evangelho de Mateus, a outra do Evangelho de Lucas.
Vale a pena dar uma relida nesses textos, nos primeiros capítulos dos dois evangelistas, antes da festa natalina. Mas, em resumo, podemos dizer que:
1)Em Mateus, a perspectiva é basicamente a de José, pai adotivo do menino Jesus segundo a tradição cristã. É no Evangelho de Mateus (e só no Evangelho de Mateus) que temos a história de que José pensou em abandonar Maria quando soube que ela estava grávida, que temos o aparecimento dos Magos e da estrela que os guia, que Herodes manda matar as crianças de Belém forçando a fuga da Sagrada Família para o Egito etc.


A fuga para o Egito, passagem que só aparece no Evangelho de Mateus, em pintura de Giotto. Crédito: Reprodução
2)Em Lucas, por outro lado, a perspectiva é a de Maria, com momentos célebres como a Anunciação (quando o anjo Gabriel anuncia a Maria que ela ficará grávida), a história da gestação milagrosa de João Batista, considerado parente de Jesus por Lucas, os anjos e os pastores presentes na gruta de Belém e, aliás, toda a história da viagem de Nazaré a Belém por causa do recenseamento romano (Mateus não menciona esse fato).
Em diversos pontos, as narrativas parecem até se contradizer (Mateus, por exemplo, dá a entender que José e Maria moravam em Belém mesmo; as genealogias de Jesus são muito diferentes, como veremos etc.). Muito mais do que simplesmente apontar essas contradições, no entanto, meu objetivo nos próximos posts é mostrar como os antigos autores cristãos usaram suas narrativas, dentro de sua mentalidade e do contexto do século 1º d.C., de modo que o nascimento de Jesus fosse retratado como um microcosmo de sua vida e sua missão. Até a próxima postagem!

Histórias de Natal, parte 2: genealogias

Rei Davi, retratado como Imperador Bizantino

Muita gente costuma passar batido pelas enormes genealogias que costumam aparecer nos textos bíblicos. Mas, para quem tem olhos para ver, elas são uma fonte riquíssima de informação, seja sob o ponto de vista histórico, seja sob o prisma teológico. No mundo antigo (como, de resto, até o começo do século passado, na verdade), comprovar a descendência a partir de algum ancestral famoso era um elemento importante de autoafirmação social e até política. E o mesmo vale para as listas de dezenas de ancestrais de Jesus que aparecem no Evangelho de Mateus e no Evangelho de Lucas.
Começando com o mais óbvio, Mateus e Lucas enxergam os ancestrais de Cristo de maneiras bem diferentes. (Para quem tem interesse em acompanhar a discussão mais detalhadamente, vale a pena abrir sua Bíblia em Mateus, capítulo, versículos de 1 a 16, e em Lucas, capítulo 3, versículos de 23 a 38). O Evangelho de Mateus, o primeiro do Novo Testamento, inspira-se diretamente nas genealogias do Gênesis, o primeiro livro do AntigoTestamento, certamente porque tem o ponto de vista mais judaico de todos os evangelistas. Não é à toa que, logo de cara, Jesus recebe o título de “filho de Davi” (o maior rei da história de Israel) e “filho de Abraão” (o primeiro patriarca do povo israelita). A genealogia é o que nós esperaríamos hoje: começa-se com o ancestral mais antigo, Abraão, e chega-se ao descendente mais recente, Jesus.
Já Lucas, muito provavelmente escrevendo para um público não judeu, e talvez não sendo também de origem judaica, adota o que poderíamos chamar de uma perspectiva mais universalista. De um jeito mais esquisito para o nosso ponto de vista, começa com o próprio Jesus e vai recuando no tempo — mas, desta vez, em vez de parar em Abraão, chega até o próprio Adão, o “pai” de toda a raça humana, e ressalta ainda que Adão era “filho de Deus”, deixando claro que o interesse de Lucas é pregar Jesus como Salvador não só para os judeus, mas para toda a humanidade.
Não que esse preocupação estivesse totalmente ausente dos pensamentos de Mateus, no entanto. O primeiro evangelista é o único, em sua lista genealógica, a citar mulheres, e não só homens — e, curiosamente, com exceção de Maria, são todas mulheres não israelitas, originalmente “pagãs”: Tamar, Raab e Rute. Talvez seja uma pista de como os não judeus também seriam incorporados à “família” do Messias.
NOMES QUE NÃO BATEM


Anjo impede Abraão de sacrificar seu filho Isaac. Crédito: Reprodução
Até aí, tudo OK. Cada evangelista tinha sua própria técnica literária e seu público-alvo. A coisa começa a se complicar, no entanto — ao menos do ponto de vista de quem acha que cada vírgula do texto bíblico é a verdade literal incontestável —  quando se olha com atenção o “miolo” das genealogias. Eles simplesmente não batem, e as diferenças estão longe de serem triviais.
Mateus, por exemplo, organiza sua genealogia em três grandes períodos de 14 gerações. O período do meio, o da monarquia israelita, mostra como ancestrais de Jesus todos os reis de Israel (e, depois, do reino de Judá), de Davi até a destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586 a.C. Na fase seguinte, chegamos a José e Jesus — só que há um problema aritmético sério: a conta dá 13gerações, não 14, como Mateus explicitamente afirma. Ou algum escriba que copiou o evangelho “pulou” um ancestral, que desde então ficou perdido, ou Mateus simplesmente errou a conta. Mas o rolo é ainda mais complexo.
Ocorre que, de Davi em diante — um período de cerca de mil anos, veja bem — só três nomes de ancestrais de Jesus batem entre Mateus e Lucas: Salatiel, Zorobabel (na época do exílio dos judeus na Babilônia) e o próprio José. Segundo o primeiro evangelista, Jesus seria descendente direto do rei Salomão, filho de Davi, enquanto Lucas diz que ele descendia de Natã, um dos filhos menos conhecidos do rei Davi. O que é mais desconcertante ainda, enquanto Mateus conta apenas 14 gerações (oops, 13) do exílio da Babilônia até Jesus, Lucas conta… 22 gerações. Conciliar as duas listas como factualmente corretas com matemática não dá (talvez com matemágica…).
“Ah, mas a genealogia de Lucas é a de Maria e a de Mateus é a de José, fácil”, diriam alguns. Essa é a solução que algumas tradições religiosas adotaram, mas o problema — insuperável, a meu ver — é que Lucas diz explicitamente que aquela lista de ancestrais é a de José, não de Maria. Ademais, o próprio Lucas diz que Isabel, mãe de João Batista e “parenta” de Maria, era descendente do sacerdote Aarão, e não do rei Davi. O que, salvo engano, indica que Maria era da linhagem sacerdotal israelita, não da linhagem real judaica — ao menos segundo o evangelista.
Como, então, explicar as diferentes genealogias? Cada evangelista pode ter tido acesso a documentos diferentes listando os descendentes de Davi para montar seu “álbum de família” de Jesus. É o tipo de coisa que acaba ficando bagunçada depois de um milênio.
FILHO DE DAVI?
Uma última nota sobre questões genealógicas envolvendo o Nazareno: faz algum sentido histórico se perguntar se ele descendia mesmo do jovem rei que matou Golias?
São José com o menino Jesus. Crédito: Reprodução
São José com o menino Jesus. Crédito: Reprodução
Do ponto de vista estritamente secular, deixando a fé entre parênteses, a resposta curta é: não dá para saber. Sem DNA dos dois (Davi e Jesus), nunca saberemos. Mas o que podemos nos perguntar é se os contemporâneos de Jesus acreditavam nisso, e nesse caso é provável que a resposta seja afirmativa.
Os mais antigos documentos cristãos, as cartas do apóstolo Paulo, escritas nos anos 50 do século 1º d.C. (uns 20 anos depois da morte do Nazareno, portanto), já mencionam a tradição da ascendência davídica. Em sua Carta aos Romanos, Paulo diz logo na abertura da epístola que Jesus tinha “nascido da semente de Davi, segundo a carne”. A afirmação parece estar inserida numa espécie de profissão de fé cristã muito antiga, que o próprio Paulo não formulou, mas apenas estaria citando. Parece, portanto, que a crença na pertença de Cristo à família de Davi era comum entre os primeiros cristãos.
Uma consideração probabilística cabe aí também, claro: se os reis israelitas tinham 5% da vasta quantidade de esposas e concubinas atribuídas a eles nos textos do Antigo Testamento, depois de um milênio, torna-se virtualmente certo que Jesus descendia de Davi — ele e boa parte da população judaica de seu tempo, claro.

Histórias de Natal, Parte 4: Quando Jesus nasceu?

Nosso tema de hoje parece absurdamente simples, mas na verdade é um vespeiro. Afinal, se estamos em 2013, Jesus nasceu há 2013 anos, certo? Errado, a começar pelo fato de que ninguém conhecia o zero no Mediterrâneo da Antiguidade, então começamos a contar os anos diretamente no ano 1, em vez de esperar que todos os 12 meses do “ano zero” transcorressem. Além disso, como muita gente talvez saiba, já é consensual entre os historiadores que a própria fixação da data do nascimento de Jesus como o início do nosso calendário, feita originalmente pelo monge Dionísio, o Pequeno (470-544), infelizmente contém um erro de cálculo.
Dionísio, nascido em algum lugar entre as atuais Romênia e Bulgária, fixou a data do nascimento  de Cristo no ano 753 AUC (sigla da expressão latina “ab urbe condita”, ou seja, “depois da fundação da cidade” — a cidade em questão sendo Roma). Ocorre que, se essa data fosse a correta, Jesus teria vindo ao mundo depois da morte do rei Herodes, o Grande (o qual partiu desta para uma melhor — ou pior, levando em conta as malvadezas que praticou — no ano 4 a.C.). E, se há uma coisa a respeito da qual todas as fontes antigas concordam, é que Jesus nasceu quando Herodes ainda era rei. No mínimo, portanto, no ano 4 a.C., ou antes.
Mas quando exatamente, afinal? O Evangelho de Mateus é vago — diz apenas que foi “no tempo do rei Herodes”. Já Lucas parece ser muito mais detalhado e promissor para chegarmos a uma resposta histórica. Afinal ele associa a ida de Maria a José de Nazaré a Belém para cumprir as determinações de um censo decretado pelo imperador Augusto para todos os moradores do Império Romano. Esse censo teria sido decretado quando Quirino era o governador da Síria e, de novo, quando Herodes reinava na Judeia. Além disso, Lucas também diz que Jesus tinha “cerca de 30 anos” no décimo-quinto ano do reinado do imperador Tibério, ou seja, em torno dos anos 28-29 d.C. do nosso calendário. Agora ficou fácil, hein?
Só que não. O problema, de novo, é que as informações não batem.
Começando do começo: não há indícios, fora do Novo Testamento, de que Augusto tenha de fato ordenado um recenseamento geral de todos os habitantes de seu império em qualquer momento – nem que, aliás, esse tipo de censo de todos os domínios romanos tenha jamais acontecido.
É verdade que Augusto pediu, certa feita, que os governadores das províncias fizessem uma lista de todos os cidadãos romanos de suas jurisdições, mas isso é algo bem diferente, porque os cidadãos romanos eram uma proporção minúscula de gente privilegiada e da classe alta no século 1 d.C. – carpinteiros de Nazaré certamente não se encaixavam nessa categoria. E, para piorar a coisa do ponto de vista cronológico, essa ordem de Augusto só foi dada no ano 6 – dez anos depois da morte de Herodes, portanto.
E tem mais esquisitices cronológicas nessa história. O consenso entre historiadores é que Quirino só se tornou governador romano da Síria depois da morte de Herodes — de novo, no famigerado ano 6 d.C., permanecendo no cargo até o ano 12. Pode até ser que ele tenha tido uma primeira passagem pelo governo da Síria, mas ainda assim no ano 3 a.C. – o rei vilão dos judeus já tinha morrido, de qualquer modo.
SÓCIO DOS ROMANOS
Outros detalhes importantes não são propriamente cronológicos, mas de plausibilidade histórica mesmo. Herodes era o que os romanos chamavam de rex socius, um soberano aliado, e as populações sob o mando desse tipo de rei títere dos romanos não costumavam ser recenseadas porque o propósito desse tipo de censo era cobrar impostos, coisa que Roma não fazia diretamente nesses casos.
Outro ponto esquisito é a ideia de que José, um descendente de Davi, teria de ir se registrar em Belém, cidade de seus ancestrais remotos (Davi nasceu em Belém cerca de mil anos antes de Jesus, é bom lembrar). A prática romana era exigir que apenas o chefe de família se registrasse num centro administrativo próximo, para facilitar as coisas – José, portanto, deveria ir até a cidade galileia de Séforis, não a Belém.
É por tudo isso que a verdadeira “data de nascimento” do Nazareno infelizmente continua sendo vaga. Os detalhes usados por Lucas provavelmente são criações literárias usadas para situar Jesus no contexto do Império Romano e, talvez, de retratá-lo em contraposição aos imperadores romanos — tema que vamos explorar melhor no próximo post.


Histórias de Natal, parte 4: A política da manjedoura

Como tenho tentado explicar nos últimos dias, é importante pensar nos chamados Evangelhos da Infância, os textos sobre o nascimento e os primeiros anos da vida de Jesus escritos pelos evangelistas Mateus e Lucas, como algo mais do que um simples relato factual do que aconteceu em Nazaré, Belém e Jerusalém no “ano 1″ — até porque, do ponto de vista factual, esses textos estão longe de contar a mesma história. Levando em conta a mentalidade e o contexto cultural da época, é mais lógico e produtivo pensar no que os evangelistas estão tentando dizer quando montam suas narrativas de determinada maneira.
Os Evangelhos da Infância, em outras palavras, mais do que uma transcrição dos vídeos que José e Maria fizeram da gravidez e do nascimento do menino (vídeos inexistentes, claro), são introduções ao que os evangelistas querem dizer com a história geral de Jesus. São o primeiro esboço da resposta às perguntas: quem é Jesus? E o que a vinda dele ao mundo significa? É desse ponto de vista que não é nem de longe inexato dizer que essas narrativas também têm forte conteúdo político.
Estátua do imperador romano Augusto. Crédito: Reprodução
Estátua do imperador romano Augusto. Crédito: Reprodução
É assim que muitos historiadores têm lido os Evangelhos da Infância, em especial os primeiros capítulos do Evangelho de Lucas. Um bom detalhamento dessa posição está no livro “O Primeiro Natal”, de Marcus Borg e John Dominic Crossan. Eles e outros pesquisadores enxergam uma série de paralelos intrigantes entre o relato de Lucas e a chamada teologia imperial romana — essa, basicamente, é o sistema ideológico usado por Roma para justificar sua dominação de boa parte do mundo antigo.
AUGUSTA PROPAGANDA
Sabemos que, nas décadas imediatamente anteriores ao nascimento de Jesus, vários anos de guerra civil entre os principais políticos romanos chegaram ao fim com a ascensão ao poder de Augusto, o primeiro imperador, que reinou de 27 a.C. a 14 d.C. Augusto não perdeu tempo do ponto de vista ideológico, fortalecendo a ideia de que seu pai adotivo e tio-avô, Júlio César, teria se tornado um deus (tornando-se, por tabela, filho de um deus, claro) e dando impulso a um culto de si próprio com honras divinas.
Textos espalhados por boa parte das províncias romanas, em especial na Ásia Menor (atual Turquia), passaram a louvar Augusto como o governante de origem divina que trouxe paz ao mundo. Logo surgiram histórias de que Augusto não era filho de um ser humano, mas do próprio deus Apolo, que teria fecundado a mãe dela na forma de uma serpente. E adivinhe o verbo grego usado pela propaganda oficial do império para exaltar os feitos de Augusto? O mesmo verbo que deu origem ao nosso “evangelizar” — ou seja, a “boa nova” de Augusto e de seus sucessores, todos os quais seguiram o exemplo de se autodivinizar.
É claro que boa parte disso era conversa pra boi dormir. Sim, de fato, o domínio com mãos de ferro de Augusto acabou com as guerras civis que mobilizaram o Mediterrâneo, mas a “pax romana” do novo imperador foi forjada para beneficiar apenas as elites do Império. Com a centralização política cada vez maior e a ânsia imperial por monumentos cada vez mais magníficos, quem pagava a conta dessa paz eram as grandes massas de camponeses do Império, obviamente sem os privilégios da cidadania romana — sem falar, é claro, dos inúmeros escravos.
E, é claro, na terra de Israel, a população judaica tinha perdido sua independência política, sendo governada por Herodes, um rei fantoche dos romanos, sanguinário e viciado em obras faraônicas. Ainda não havia a pressão para que os judeus se juntassem ao culto pagão do imperador. Mas, nas gerações seguintes ao nascimento de Jesus, com a revolta judaica contra Roma (no ano 66 d.C.) e a entrada cada vez maior de gentios (não judeus) no movimento religioso iniciado por ele, esse tipo de pressão em favor da idolatria ao imperador logo surgiria, fazendo mártires.
É nesse contexto que as escolhas narrativas e de linguagem que Lucas e Mateus fazem precisam ser entendidas. É muito plausível que seu significado seja o de uma forma de resistência pacífica, mas determinada, ao “projeto de mundo” da “Pax Romana”, propondo um projeto alternativo: o de Jesus. Nas palavras de Borg e Crossan:
“As histórias do primeiro Natal são, em geral, anti-imperiais. Em nosso contexto, isso significa afirmar, seguindo as histórias da natividade, que Jesus é o Filho de Deus (e o imperador não é), que Jesus é o Salvador do mundo (e o imperador não é), que Jesus é o Senhor (e o imperador não é), que Jesus é o caminho para a paz (e o imperador não é)”.
De fato, são esses os termos usados em grego pela teologia imperial romana para falar de Augusto: filho de Deus, Senhor, Salvador do mundo, portador da boa nova (“evangelho”). Só que essas palavras, em Lucas, são colocadas na boca dos humildes e dos oprimidos: a jovem Maria, sua parenta Isabel (desprezada por ter chegado aparentemente estéril à velhice antes de engravidar e ser mãe de João Batista), os pastores de Belém.
Para terminar, e deixando de lado a objetividade jornalística para falar como cristão: é essa visão, revolucionária no bom sentido, que está no centro da saga de Jesus e do Deus que ele pregou, e é graças a ela que o Natal continua sendo um símbolo tão poderoso do que é divino. Que todos, portanto, tenham um Natal maravilhoso. Até breve!

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