terça-feira, 15 de janeiro de 2013

(Assads & Castros e os restos)



O pai de Bashar com o irmão de Raúl
Que foto velha, assim como algumas ditaduras. Um dos personagens desta foto é familiar dos leitores. Dispensa maiores apresentações. O outro é Hafez Assad, já morto, cujo herdeiro é o atual ditador da Síria, Bashar Assad. Fidel está vivo [sic], mas seu irmão Raúl herdou o patrimônio cubano.
A foto é de fevereiro de 1979, quando papai Assad visitava Havana e em Teerã acontecia o triunfo da revolução islâmica do aiatolá Khomeini. O regime iraniano vive, mas trocou de aiatolá-chefe (agora é Khamenei). Todos estes regimes (castrista, assadista e aiatolista) são amigos. Aqui falta mencionar outro integrante desta confraria infame, o chavismo.
O regime presidido [sic] por Hugo Chávez é o mascote da turma, mas, como sabemos, está vigoroso no noticiário devido ao estado de saúde do presidente e à bizarra situação do povo bolivariano que tomou posse no seu lugar na quinta-feira passada. É verdade que o regime com a saúde mais abalada é o de Bashar Assad.
Nesta coluna, existem os rituais de estimar, apostar, profetizar e, é verdade, torcer sobre qual destes regimes irá falecer antes. Mas o ponto aqui é mais ressaltar a dependência mútua. Em termos mais específicos, são duas conexões diretas; Caracas-Havana e Damasco-Teerã. Em linguagem hospitalar, um precisa assistir o outro para garantir a sobrevida. A coisa está tão decadente em Cuba, que o chavismo substituiu o comunismo soviético como grande patrono. A sorte de Assad é que, além da ajuda de Teerã, ele ainda pode contar com Moscou, como nos velhos tempos.
Alguns desses regimes são mais jurássicos do que os outros (isto, obviamente não é o mesmo que anunciar morte à vista). Há uns bichos que vivem muito tempo antes da extinção, mas dá para estimar, apostar e profetizar UTI e necrotério para alguns destes regimes. Ok, ok, torcer também.
*Caio Blinder

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