terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cabelo pintado, rabo preso e pau mole...,


O Rock errou


Basta abrir os jornais para perceber que a oposição não existe mais. Ou como entender que o apagão no Nordeste não tenha causado nenhum protesto ou alvoroço? Posso estar errado – devo estar, invariavelmente estou –, mas o que se chama “oposição” hoje é um amontoado de homens (deve haver algumas mulheres, embora não me ocorra nenhuma) com cabelos pintados, rabos presos e – perdão pelo termo chulo – paus moles.
Claro, não me refiro à virilidade dos distintos, que não me diz respeito, mas à nítida falta de tesão pelo ofício de combater, questionar e se opor à situação. De cabeça, posso dizer que as duas pessoas que mais fazem oposição ao governo no país, hoje – e o fazem sem dúvida com um invejável grau de paudurescência -, são um poeta, Ferreira Gullar, e um ex-presidente meio que desacreditado, que retorna triunfante depois do ostracismo a que foi condenado pelos próprios companheiros políticos durante as eleições, FHC.
E eu, agora. Que vergonha de oposição, hein? Quase um exército de Brancaleone. Estamos esperando o alistamento de Dom Quixote de La Mancha para botar a banda na estrada. Por outro lado, vejo os chato boys e o coro dos contentes em êxtase. Dilma é elogiadíssima por não ser uma pentelha falastrona a proferir bravatas em mau português e por não adular ditadores de quinta categoria. Uau! Que marravilha de estadista! A presidente de perfil “progressista” entrega o Ministério das Minas e Energia a um membro honorário dos feudos de Sir Ney, Edison Lobão – o ministro com perfil de mordomo paradoxal de filme trash, o paradoxal por conta de NUNCA ser culpado de nada.
E olha que pelas minhas contas ele já está, no mínimo, no seu segundo apagão. Quer dizer, que progresso é esse? Se a Energia é um setor fundamental para o desenvolvimento do país, porque entregá-lo a velhos oligarcas que mais do que patrocinar, simbolizam o atraso? Ah, não se dê ao trabalho de tentar responder. Eu não entendo de política. Desculpe. Na próxima, falarei de arte, cultura, utopia e suicídio. Não necessariamente nessa ordem.
DVD…
 O Incrível Exército de Brancaleone. Comédias para tempos de tragédias…
Por Tony Bellotto

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