terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Governo mais perdido que cego em tiroteio. Sinceramente, esperavam o quê? Sobrevoou a região atingida olhou e voltou para o Rio toda sorridente para ser homenageada pelo Fluminense, abraçada com Sérgio Cabral. Demagogos! O "fluminense" depois dessa tremenda cagada deveria ser rebaixado para a quinta divisão. Fazer homenagem em plena tragédia? O pior é os dois imbecis aceitarem. Leiam a matéria do Reinaldo Azevedo, um dos poucos que não perderam a coragem...,


Rezem para Santa Bárbara e para Nossa Senhora de Forma Geral! O governo sumiu!

Quando escrevi ontem o post “NINGUÉM DIZ? ENTÃO EU DIGO: DILMA E CABRAL DÃO SHOW DE INCOMPETÊNCIA NO RIO. OU: IMPRENSA QUE CHORA NÃO PENSA!, sabia o que viria. Eu sou melhor para prever a reação dos petralhas do que é o governo do Rio para prever chuvas. Acusaram-me de várias coisas: de insensível a explorador da tragédia alheia. Eu??? Quem explora a desgraça dos outros? Aquele que aponta a óbvia incompetência do poder público no socorro às vítimas — leia o post abaixo — ou quem transforma o desastre numa espécie de janela de oportunidades para novas mistificações?
Uma semana hoje de caos no Rio, e os repórteres continuam a falar de “áreas inacessíveis”. As famílias enterram seus mortos nos barrentos quintais de suas casas. Ainda não chegou um centavo de dinheiro público às vítimas, e as medidas anunciadas pelos governos são patéticas — algumas delas beirando o escárnio. A imprensa não existe para incensar incompetentes sob o pretexto de que o momento é de união nacional. É também! Mas há um propósito na existência de governos: atender às necessidades dos cidadãos. Não fosse o voluntariado, que faz o que pode, a população da região serrana do Rio estaria reduzida à condição de zumbis da lama.
Dilma Rousseff e Sérgio Cabral tomaram chá de sumiço. Ela continua a flanar no noticiário como a gerentona pudorosa, que não gosta de aparecer — e o governo federal, com efeito, se faz ausente na região da catástrofe. Ele se limita a pedir mais dinheiro e a distribuir broncas por conta das ocupações irregulares, que são, sim!, um problema. Quando se candidatou ao cargo duas vezes, já sabia disso. Deveria ter declinado da tentação: “Ah, com tanta gente morando em área ilegal, não quero ser governador!”. O seu problema, ao menos, estaria resolvido. Mas ele quis. E como!!! E não dispensou os votos de quem mora em área imprópria.
Falando por intermédio de seus muitos intérpretes, a presidente competente, embora quase clandestina, baixou um pacote de medidas. Coube a Aloizio Mercadante, o ministro da Ciência e Tecnologia, anunciar para daqui a quatro anos o pleno funcionamento de um centro de prevenção de catástrofes, com um supercomputador capaz de fazer prognósticos mais precisos sobre a ocorrência de chuvas e coisa e tal. O PT está no nono ano de governo. Mas promete o tal centro para daqui a quatro, depois de 12 no poder! Até Mercadante parecia um pouco constrangido ao tratar do assunto — e olhem que ele não se constrange com facilidade, não é?
Incompetência, sim! O post abaixo deixa isso claro com impressionante clareza. Tenho a impressão de que o tempo vai se esgotando também para certo sotaque que a cobertura jornalística adquiriu nesses dias. A dor já foi dramatizada o que basta. Está chegando a hora de o cidadão-leitor-telespectador-ouvinte se perguntar: “Mas, afinal, o que há de errado com essa gente, que não consegue pôr um mínimo de ordem no trabalho de assistência?”
É uma boa pergunta.
Por Reinaldo Azevedo

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