segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cruz credo...,


Preconceito uma ova!

Há mais de mil comentários publicados naquele post sobre a presença de Edir Macedo na fila das autoridades estrangeiras, na solenidade de posse da presidente Dilma Rousseff. E deixei de publicar algumas dezenas, como vocês podem supor. A maioria deles trazia mais ou menos a seguinte questão: “Se fosse alguém da Rede Globo ou se fosse uma autoridade da Igreja Católica no lugar de Edir Macedo, gostaria de saber se o senhor (estes são os “respeitosos”) escreveria alguma coisa”…
Pois é… Vão ficar sem saber!!! Pela simples, óbvia e objetiva razão de que não havia ninguém da Rede Globo na fila, tampouco autoridade eclesiástica da Igreja de Roma. Logo, petralhinhas, a questão é absolutamente improcedente. É claro que eu entendo a ilação: na hipótese aventada, eu me calaria ou, então, acharia tudo muito normal, e minha crítica estaria embasada num preconceito - no caso, contra a Igreja Universal.
Sou vacinado contra a canalhice intelectual que consiste em defender a irregularidade, o malfeito ou o indecoroso acusando o crítico de “preconceituoso”. Trata-se de um notável refúgio da vigarice moral. A ser assim, haveremos um dia de reprimir as transgressões cometidas apenas por homens brancos, heterossexuais e católicos - gente que não poderia, em suma, chamar em sua defesa qualquer “minoria” organizada.
Li em algum lugar que a Globo teria interrompido a transmissão justamente na hora do beija-mão do Macedão para não levar o rival ao ar… Huuummm… Em primeiro lugar, chamar o homem de “rival” da Globo é licença poética, né? O ibope médio da emissora é superior à soma de todas as outras. Em segundo lugar, pergunto que interesse poderia haver na coisa. A audiência, àquela altura, já havia despencado. Fico cá a imaginar o excelente Heraldo Pereira a narrar: “E esse, na fila das autoridades estrangeiras, é Edir Macedo, o dono da Rede Record, acompanhado da cúpula da emissora…” Seria preciso explicar o que fazia aquele jabuti em cima da árvore… Se Heraldo tivesse dado uma esculhambada naquele despropósito, teria sido até divertido. E sempre apareceria alguém para acusar uma “guerra entre emissoras”.
Preconceito uma ova! Aquela fila foi organizada pelo Itamaraty, impiedosamente desmoralizado nos oito anos de governo Lula, sob o comando do megalonanico Celso Amorim. O episódio dos passaportes diplomáticos coroa a sua gestão indecente. Além dos filhos e do neto de Lula, um pastor da Igreja Universal - aquela do Macedão - também recebeu o agrado… Como se nota, estamos diante de um sistema.
Conformem-se, petralhas! Há as coisas certas, e há as coisas erradas. O dono de um emissora de TV e seu diretor de jornalismo na fila do beija-mão presidencial é uma coisa errada. E este blog chama o certo de “certo” e o errado de “errado”.
Aí grita o inconformado: “E quem é o juiz?” Eu, ora essa!!! E quem não gostar que vá procurar outro blog. São milhões!
Por Reinaldo Azevedo

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