sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PAC? PEC, PIC, POC ou PUC? Qual a diferença?


Lula investiu menos do que FHC: 0,71% contra 0,83% do PIB. Os números são oficiais!

Leia primeiro os dois posts abaixo
Tenho cobrado tanto a presença na oposição no debate que, quando um representante do grupo de manifesta, faz-se necessário destacar e comentar. As críticas do líder tucano, João Almeida (BA) ao andamento do PAC estão corretas. O programa, com efeito, é “fantasia” e “mentira”, além de ser uma enorme cratera lógica.
A mentira e a fantasia ficam por conta do fato de que se chama PAC ao que é uma lista de obras — incluindo as das estatais e da iniciativa privada. Aí fica fácil. Como brinco aqui: se você resolver fazer um puxadinho na sua casa, Lula vai lá e estatiza o mérito. Empresa que pegar uma nesga de financiamento do BNDES para tocar algum empreendimento que diga respeito, ainda que remotamente, a infra-estrutura entra no PAC… Fica até parecendo que, não houvesse a marca-fantasia PAC, e as obras não estariam em curso…
Almeida também diz a verdade quando afirma que a média de investimentos federais no governo FHC foi superior à havida no governo Lula. ATENÇÃO! ESTES SÃO DADOS OFICIAIS: ao longo dos oito anos da gestão petista, essa média foi de 0,71%, contra 0,83% da gestão tucana. É claro que, em números absolutos, parece que o governo Lula leva vantagem, mas esse dado só faz sentido se a referência for o PIB. Sob FHC, o governo investiu, proporcionalmente, 14,1% a mais do que sob Lula.
A farsa
Quando se diz que o PAC é uma farsa,  não se está negando a existência de obras. Isso é besteira. Alguma existem mesmo. E estariam ali ainda que o marketing fosse outro ou que o programa chamasse PEC, PIC, POC ou PUC. Finalmente, cumpre destacar: se, com a aceleração, 40% das obras não foram realizadas, e se Lula conseguiu investir menos do que o antecessor — apesar das sucessivas crises que o outro enfrentou —, pergunta-se: como teria sido sem a aceleração?
Lula é um prodígio: acelerou para entregar 60% do que prometeu — e olhem que esses são dados oficiais.
Por Reinaldo Azevedo

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