segunda-feira, 18 de outubro de 2010


O tiro no pé poderia atingir a testa

Como ocorreu no debate na Band, também neste domingo Dilma Rousseff acertou no próprio pé ao mirar em Fernando Henrique Cardoso. José Serra novamente comparou os ex-presidentes que apoiam cada candidato. Dilma tem a seu lado José Sarney e Fernando Collor, que só não conseguiram acabar com o Brasil porque depois deles vieram Itamar Franco e Fernando Henrique, que estão com Serra.
A bala seria desviada para a testa da adversária se o candidato da oposição sugerisse a Dilma que convença Lula a topar o desafio lançado publicamente por FHC: um debate entre os dois na TV. Enquanto ambos passam a limpo os oito anos de cada um, os candidatos à sucessão tratam do futuro. Serra deixou escapar uma chance preciosa talvez porque ainda veja um problema onde já está claro que existe um trunfo eleitoral.
O candidato deveria parar por uns tempos de ouvir marqueteiros e conversar mais com Aloysio Nunes Ferreira. Único protagonista do horário eleitoral do PSDB a apresentar-se ao lado do presidente que matou a inflação, Aloysio saltou de 4% nas pesquisas para mais de 32% nas urnas. Além de superar o recorde de Aloízio Mercadante, baixar a crista de Marta Suplicy e impedir que os paulistas piorassem a Casa do Espanto com Netinho de Paula, o senador mais votado da história restabeleceu a verdade assassinada: como aprendeu Lula em duas lições inesquecíveis, Fernando Henrique é muito bom de urna.
Mostrou agora que também transfere prestígio: em 3 de outubro, Aloysio Nunes Ferreira teve 11,2 milhões de votos em São Paulo. Quase 2 milhões a mais que Serra.

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