A lei é mais tolerante com o lesbianismo: mulheres pilhadas em atos homossexuais são punidas com 50 chibatadas. A pena de morte é aplicada só depois da terceira reincidência. Alguém aí consegue imaginar um Jean Willys disparando cusparadas no cadafalso? Ou uma Gleisi Hoffmann contestando aos berros o mandamento xiita segundo o qual uma mulher deve total obediência ao marido? Essas audácias só acontecem no viveiro de homofóbicos e machistas em que se transformou, na cabeça dessa dupla de vigaristas e seus similares, o Brasil de Jair Bolsonaro.
Como Lula ensinou a seus discípulos, inimigo dos Estados Unidos é amigo do PT. Seus governantes são companheiros, e todo companheiro é gente fina. Mesmo que se trate de algum assassino patológico - como Mahmoud Ahmadinejad, o ex-primeiro-ministro iraniano que o então presidente Lula promoveu a amigo de infância. Ou como Qassim Suleimani, que segue ostentando a patente de general nas redações infestadas de torturadores da verdade. O "general" exerce o ofício de fabricante de matanças desde 1998, quando assumiu o controle da Guarda Revolucionária e o comando da Força Quds, sopa de letras concebida para fomentar o terrorismo na região mais violenta do planeta.
Seja qual for a religião que professam, generais costumam descansar em companhia da família quando termina o ano cristão. Terroristas vocacionais não podem parar. No fim de dezembro, Soleimani esteve no Líbano, na Síria e no Iraque, alternando visitas a ramificações da rede criminosa que teceu com desafios letais ao poderio militar dos Estados Unidos. Foi ele quem ordenou o ataque à base americana que matou um civil e a ofensiva contra a embaixada em Bagdá. Nada disso mereceu a repulsa da imprensa convencional. Só virou manchete o contra-ataque que fulminou o xiita que passou a vida tentando afogar Israel no Mar Morto.
Na edição desta segunda-feira, duas submanchetes superpostas na primeira página da Folha de S. Paulo compuseram o resumo da ópera. "Trump rasga compromissos e ignora acordos", anunciou o título que destacava um artigo de Mathias Alencastro. O texto afirmava que o presidente dos EUA "autorizou o assassinato ilegal de figura-chave no Irã e agora ameaça, no Twitter, cometer crimes contra a humanidade". Logo abaixo, o delírio foi implodido pelas três linhas que remetiam à análise de Thomas Friedman: "General era um estrategista burro e superestimado".
O articulista americano foi até clemente com um psicopata que morreu achando uma boa ideia transformar o mundo moderno num imenso Irã.
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