quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Recuperação dos EUA e da Europa deve causar turbulências na economia brasileira

Primeiros sinais de reação das potências mundiais deve aumentar disputa por investimento com os países emergentes

Cinco anos depois da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, que empurrou os Estados Unidos, a Europa e o restante do mundo para a maior crise financeira dos últimos 70 anos, começam a se consolidar sinais consistentes de reação.
Assim como tremeram à beira do abismo na época, agora países emergentesexperimentam a vertigem da recuperação alheia. Americanos e europeus começam a sair da recessão e, com isso, disputam investimentos com as economias mais promissoras do que desenvolvidas.
A tormenta começou em 2007, com problemas no mercado de hipotecas de alto risco, o chamado subprime. Mas ganhou dimensões globais com a quebra do banco de investimentos, dirigido pelo “Gorila” de Wall Street, Dick Fuld (veja quadro).
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, avalia que a crise começa a dar sinais que está no fim da sua pior fase, de recessão e alto desemprego, mas sequelas como endividamento dos países e fragilização dos bancos apontam para um crescimento global mais lento no futuro. Brasil, Índia e Rússia já experimentam os efeitos do ganho de musculatura do dólar e seu efeito na inflação.
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