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João Santana é titular do 41º ministério de Dilma; é o mais poderoso hoje; oficialmente, ele trabalha… de graça! Ou: “Por que essa boca tão grande, vovozinha?”
Com o recém-aprovado ministério da Micro e Pequena Empresa, que ainda aguarda titular, a presidente Dilma Rousseff já conta 40 pastas. Não deve haver paralelo no mundo, a exemplo da nossa jabuticaba e da nossa pororoca. A China tem quase 1,4 bilhão de pessoas, um PIB que beira os US$ 9 trilhões e apenas 28 ministérios — incluindo seu Banco Central. Com 300 milhões de habitantes e US$ 15 trilhões de PIB, os EUA se contentam com 15 Departamentos de Estado. Os US$ 2,931 trilhões do Brasil e pouco menos de 200 milhões de brasileiros precisam de 40 ministérios!!! “Por que essa boca tão grande, vovozinha?” É para te comer!!! Mas este post nem vem a propósito desse descalabro.
Mesmo com essa multidão na Esplanada, quem anda dando as cartas no Planalto é o 41º ministro, o que não tem pasta. Trata-se do marqueteiro João Santana. Reportagem de Otávio Cabral e Adriano Ceolin na VEJA desta semana mostra a crescente influência de Santana sobre a presidente. Pode-se afirmar, sem favor, que o marqueteiro virou uma espécie de estrategista de políticas de estado. “Para quê? Para fazer o Brasil glorioso?” Marqueteiros cuidam da reputação de quem lhes paga a conta. Leiam trechos da reportagem. A íntegra está na revista.
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O jornalista João Santana exerce um papel fundamental no cotidiano do atual governo. Ele é o idealizador da bem-sucedida campanha da reeleição de Lula em 2006 e alquimista com o dom de transformar “postes” em candidatos vitoriosos, feitos notórios na eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República e na condução de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo no ano passado. Ninguém discute sua eficiência na construção da imagem de um postulante a cargo público. Comete um erro fatal quem menospreza sua precisa leitura dos hemisférios invisíveis das massas eleitorais. Santana é capaz de mapear os pontos fracos dos adversário com a precisão de um acupunturista. São habilidades inquestionáveis que ampliara sua contínua influência na administração Dilma mesmo depois de fechadas as urnas, a ponto de ele ter se tornado um poderoso ministro sem pasta, um conselheiro político sem partido, o estrategista sem gabinete e, mais recentemente, o principal roteirista das ações do governo.
O jornalista João Santana exerce um papel fundamental no cotidiano do atual governo. Ele é o idealizador da bem-sucedida campanha da reeleição de Lula em 2006 e alquimista com o dom de transformar “postes” em candidatos vitoriosos, feitos notórios na eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República e na condução de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo no ano passado. Ninguém discute sua eficiência na construção da imagem de um postulante a cargo público. Comete um erro fatal quem menospreza sua precisa leitura dos hemisférios invisíveis das massas eleitorais. Santana é capaz de mapear os pontos fracos dos adversário com a precisão de um acupunturista. São habilidades inquestionáveis que ampliara sua contínua influência na administração Dilma mesmo depois de fechadas as urnas, a ponto de ele ter se tornado um poderoso ministro sem pasta, um conselheiro político sem partido, o estrategista sem gabinete e, mais recentemente, o principal roteirista das ações do governo.
Na última segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff desembarcou de um helicóptero em Serra Talhada, cidade de 90000 mil habitantes no sertão do Pajeú, em Pernambuco. Sob um sol inclemente de mais de 35 graus, ela acenou para a multidão que a aguardava, mandou beijos, afagou crianças e fez coraçõeszinhos com as mãos. Abraçou prefeitos e vereadores e entregou a eles chaves de tratores, escavadeiras e caminhões doados pelo governo federal para o combate à seca. Minutos depois, subiu ao palanque ao lado do governador de Pernambuco e virtual candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, antigo aliado que se tornou o adversário do momento. Em um discurso longo, disparou petardos na direção do anfitrião, cobrando, sem ser explícita, lealdade e condenando, também sem ser explícita, a ambição presidencial. Pouco depois, voou ao Rio de Janeiro, onde participou de uma missa em memória das vítimas das enchentes. Nenhum movimento da presidente — gestos, palavras e ações — foi fruto de improviso. Tudo foi exaustivamente treinado e discutido previamente com João Santana, a partir do momento em que as pesquisas encomendadas pelo marqueteiro detectaram que uma possível candidatura do governador pode pôr em risco a supremacia eleitoral PT no Nordeste, que vem garantindo vantagens ao partido desde a primeira vitória de Lula, em 2002.
João Santana é o responsável por promover a fusão das políticas de governo com a estratégia da campanha de Dilma à reeleição em 2014.
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O jornalista [João Santana] é muito bem remunerado para dar sugestões e responder às questões de seus clientes. Mas há uma pergunta que ele se recusa a responder: quem paga pelo seu trabalho com a presidente? Oficialmente, João Santana não recebe nada do Palácio do Planalto. Ele já fez campanhas na Venezuela, República Dominicana, Argentina e em Angola. No Brasil, tem apenas um cliente conhecido: o PT. Em 2010. o marqueteiro cobrou 50 milhões de reais pela campanha de Dilma. É possível que esses gastos embutam a consultoria ao longo do governo. “É preciso regulamentar a atuação desse tipo de profissional. Todo hibridismo entre o público e o privado é condenável”, avalia Clovis de Barros Filho, professor de ética da USP.
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Aqui as caricaturas de 38 ministros e a Dilma, presidenta em exercício.
Estão faltando 3 ministros e Lula, o presidente de fato.
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